Após um ano de montanha-russa para o valor das
criptomoedas em 2022, o inverno cripto parece ter passado e o valor das
criptomoedas teve um período de estabilidade. De acordo com a CoinsPaid, o mercado
de criptomoedas sinalizou uma saída do "inverno cripto" ao registrar
U$2.9 bilhões no volume de transações das criptomoedas nos dois primeiros meses
de 2023. A empresa já havia registrado um crescimento anual de 89% em valor de
transações e mais de 100% em volumes em 2022 quando comparado ao mesmo período
de 2021. Um outro ponto de destaque para o ecossistema de pagamentos
criptográficos da Estônia foi o aumento no quadro de funcionários durante o ano
passado: houve um crescimento de 65% no staff.
Agora, com a crise do sistema financeiro após a falência do SVB, o cenário
cripto parece estar experimentando um dos momentos mais propulsores desde o
colapso da FTX.
"Temos boas expectativas para o desenrolar do cenário para o mercado de
criptomoedas e acreditamos que estamos entrando em uma nova fase de crescimento
e maturidade do mercado como um todo. Acreditamos que os ativos digitais tenham
potencial para ganhar destaque em meio aos impactos que o sistema financeiro
tradicional tem sofrido - já que a economia digital visa dar mais autonomia aos
usuários e as pessoas possam criar um ceticismo em relação aos bancos
tradicionais. Todo o ecossistema da CoinsPaid foi desenvolvido para oferecer
soluções seguras e intuitivas para os usuários que querem utilizar criptomoedas
como forma de pagamento", afirma Max Krupyshev, CEO e co-fundador da
CoinsPaid.
O mês de março começou positivo para as criptos com as principais moedas
mostrando uma consistente recuperação e, após o socorro do governo americano ao
banco SVB, levou o BTC a ter uma alta de aproximadamente 18% (dia 13) e com
expectativa que esse novo impulso beneficie também outras moedas.
Além disso, a CoinsPaid, líder europeia em processamento de criptomoedas,
destaca o aumento de 19% no volume de transações globais das stablecoins ano
passado, ultrapassando US$ 7,2 trilhões - com investidores olhando para essas
moedas como um porto seguro - e o crescimento do Tether (USDT) em
aproximadamente 15% no volume de transações dentro de sua plataforma nos dois primeiros
meses de 2023 e uma estabilidade no volume de transações para as demais
criptomoedas transacionadas pelo ecossistema até o final de fevereiro.
“Entendemos que o que houve com o SVB levante certos questionamentos sobre o
mercado cripto, no entanto, quando observamos o número crescente de
possibilidades de uso e o número de pessoas aderindo a criptomoedas, reforça o
potencial deste mercado como um todo e traz luz a necessidade da
regulamentação. E, apesar do ocorrido com o SVB e também com o Signature, isso
deve acelerar o processo regulatório não só para a proteção do sistema
financeiro, mas como proteger aqueles que possuem criptomoedas”, comenta
Krupyshev.
Além do suporte por parte do governo, as instituições financeiras privadas
também devem se atentar à segurança de seus ecossistemas que, com o avanço
tecnológico, pode se tornar obsoleta. De acordo com Krupyshev, a CoinsPaid
passa por uma auditoria de segurança anual por vários especialistas
independentes em segurança o que a posiciona entre uma das empresas mais
seguras por conta da avaliação constante - os testes incluem métodos manuais e
ferramentas automatizadas.
As recentes crises envolvendo a FTX e SVB reforçam a necessidade das
instituições de garantir a segurança de suas operações e credibilidade para
seus clientes em meio a um possível contexto de recessão global. Isso remete a
situações semelhantes a “bolha da tecnologia” no início dos anos 2000 e a crise
do mercado financeiro em 2008, onde tanto o sistema financeiro quanto o de tecnologia
passaram por uma situação semelhante pela falta de controle e caráter
especulativo.
Qual a relevância dos dados de volume de transações para a América
Latina?
As criptomoedas devem enfrentar alguns desafios nos próximos meses não só
pela crise do SVB, mas por isso acelerar debates sobre a regulamentação
nos EUA. Além disso, somado a proposta de regulamentação de criptomoedas em
Hong Kong, outros países, especialmente os da América Latina, que nos últimos
anos tem tido um forte crescimento na adesão das criptomoedas, também devem se
movimentar neste sentido como uma forma de também proteger seu sistema
financeiro de uma situação semelhante ao ocorrido com o SVB.
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