Pesquisas mostram
que a geração Z tem 24% da força de trabalho global no mercado atual
Trabalhar em um ambiente inseguro psicologicamente,
com baixos salário, seguido das questões de clima e relações interpessoais no
trabalho, resultou em mais de 600 mil demissões voluntárias de brasileiros em
agosto deste ano, segundo dados da LCA Consultores. O fenômeno também ocorre em
vários países ao redor do mundo e têm preocupado as companhias.
Segundo Eliziane Jacqueline dos Santos,
coordenadora do curso de Tecnologia em Gestão Hospitalar EAD da Faculdade Santa
Marcelina, hoje o desafio das organizações têm sido trabalhar a diversidade
como fator competitivo, além de rever suas políticas de gestão de pessoas com a
oferta de benefícios corporativos, apostas em novos modelos focados no
desenvolvimento e aprendizagem permanente, bem como a nova arquitetura
organizacional para contemplar as lideranças e as estruturas de carreira em Y.
“O diagnóstico de clima é um termômetro importante para identificar os pontos
de insatisfação na empresa quanto à gestão e processos de trabalho”, explica.
A seguir, a professora
Eliziane fala dos desafios de atrair e reter os talentos.
A geração Z é a conectada e suas relações e
produtividade, estão interligadas às redes sociais, uso da tecnologia nos mais
diferentes dispositivos e internet. Pesquisas mostram que a geração Z tem 24%
da força de trabalho global no mercado atual. Contudo, hoje, comparada com as
demais gerações, possui dificuldades de adaptação às estruturas organizacionais
mais rígidas e que entram em choque com os valores desses jovens,
principalmente no tocante à inclusão e diversidade. Nestes casos, torna-se
pertinente que as organizações ofereçam políticas mais liberais e atrativas com
foco na qualidade de vida, criatividade, remuneração e participação nos
resultados.
Quais são os desafios de reter
esses talentos?
O desafio é o RH criar várias estratégias que
atendam às demandas dessa geração e as empresas reverem sua cultura
organizacional no sentido de serem mais flexíveis às demandas da geração Z:
transparência, equidade, diversidade e inclusão são as palavras de retenção
para eles, além das políticas valorizarem o conhecimento e o reconhecimento em
curto prazo.
Como as companhias podem reter
os talentos?
- Desenvolver
a inteligência emocional e a gestão das relações no ambiente de trabalho,
para que essa geração saiba lidar com as pressões, metas e valorize os
relacionamentos interpessoais.
- Oferecer
oportunidades de desenvolvimento à curto, médio e longo prazo, associadas
aos planos de carreira da organização, articulando com pacotes de
benefícios atrativos.
- Preparar
para a liderança humanizada, com foco na humanização das relações de
trabalho, a fim de dialogarem sobre metas e prazos, de acordo com as
necessidades de áreas e expertise dos jovens.
- Focar
na qualidade de vida e incluir ações que permitam lazer e liberdade para
os jovens, no sentido de sentirem reconhecidos em suas necessidades, com
um ambiente acolhedor, diversificado, que valorize as opiniões e o diálogo
com seus superiores, com jornadas flexíveis e possibilidades de inovarem
seus processos de trabalho.
- E
por fim, redefinir aos valores organizacionais no sentido de incluírem os
novos perfis profissionais e aproximar as demais gerações que ali
transitam para trabalharem em equipe com os jovens da geração Z, pois a
troca de experiências potencializa o desenvolvimento das relações
interpessoais, além de ser ótima oportunidade de aprendizado entre ambos.
Faculdade Santa Marcelina
Nenhum comentário:
Postar um comentário