Psicóloga recomenda limitar tempo
conectado e evitar comparações, como formas de não deixar que o universo online
afete a saúde, inclusive levando à depressão
Vários artistas e influenciadores digitais já anunciaram dar um
tempo das redes sociais para cuidar da saúde mental. Na semana passada,
foi a vez de duas figuras muito conhecidas. Iran Ferreira, o Luva de Pedreiro,
resolveu deixar as mídias e buscar mais tranquilidade, ao menos por um tempo, e
Carlinhos Maia, diagnosticado com síndrome do pânico, também deu um ‘até logo’
para as redes sociais a fim de se recuperar de uma crise recente.
A carreira meteórica do influencer Luva de Pedreiro começou no
TikTok e depois se expandiu para outras redes, inclusive com aparições na TV.
Em poucos meses houve uma avalanche de exposição, o que levou o famoso a tomar
a decisão de se afastar. Já Carlinhos Maia, na mídia há mais tempo, viu seu
quadro de síndrome do pânico piorar com o assalto a seu apartamento em Maceió,
em maio deste ano.
Assim como eles, outras personalidades já fizeram essa escolha,
inclusive aqueles que dependem do mundo virtual para seguir com suas carreiras.
Influenciadores como Whindersson Nunes, Kéfera e Manu Gavassi já deram pausas
na carreira para cuidar da mente e da vida fora das telas.
“Para grande parte das pessoas, é complicado separar a vida real
da virtual e alguns estudos têm relacionado as redes sociais com a depressão.
Esses ambientes costumam ter alto nível de toxicidade, com comentários maldosos
e julgamentos presentes livremente. A exposição a isso tudo afeta negativamente
a saúde mental”, explica Milene Rosenthal, psicóloga co-fundadora da
Telavita, clínica online de saúde mental.
A psicóloga aponta que o uso descuidado das redes sociais traz
ainda outros impactos aos usuários. “No caso das mulheres, por exemplo, elas
ficam expostas a julgamentos envolvendo padrões de beleza, o que pode provocar
sérios problemas na autoestima”. Milene enfatiza a necessidade de cada um
proteger a sua saúde mental, a partir de um uso equilibrado das redes sociais.
Para isso, ela traz três dicas importantes:
Lembre-se que a vida online não é real -- Nas redes sociais, temos a tendência
de fazer comparações com a vida de outras pessoas. É preciso ter em mente que o
que é postado nas plataformas é somente um aspecto da vida que queremos que seja
visto e que não reflete a realidade. Por isso, evitar comparações é um grande
passo para não ser afetado mentalmente e emocionalmente pelo universo virtual.
Limite seu tempo conectado -- Estar nas redes sociais sem fazer
pausas é prejudicial para a saúde. O indicado é limitar os momentos em que se
fica online e ter tempo para pensar fora delas. Ter uma disciplina estabelecida
em relação a isso aumenta o nível de satisfação, felicidade e diminui o
estresse.
Tenha vida além das redes sociais -- É importante lembrar que precisamos de
interações reais com as pessoas, cara a cara, e não restringir nossas relações
às plataformas online. As redes sociais são somente um canal a mais de
comunicação e não o todo.
Telavita
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