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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Influenciadores acendem alerta para uso prejudicial das redes sociais para a saúde mental

Psicóloga recomenda limitar tempo conectado e evitar comparações, como formas de não deixar que o universo online afete a saúde, inclusive levando à depressão
 

Vários artistas e influenciadores digitais já anunciaram dar um tempo das redes sociais para cuidar da saúde mental. Na semana passada, foi a vez de duas figuras muito conhecidas. Iran Ferreira, o Luva de Pedreiro, resolveu deixar as mídias e buscar mais tranquilidade, ao menos por um tempo, e Carlinhos Maia, diagnosticado com síndrome do pânico, também deu um ‘até logo’ para as redes sociais a fim de se recuperar de uma crise recente. 

A carreira meteórica do influencer Luva de Pedreiro começou no TikTok e depois se expandiu para outras redes, inclusive com aparições na TV. Em poucos meses houve uma avalanche de exposição, o que levou o famoso a tomar a decisão de se afastar. Já Carlinhos Maia, na mídia há mais tempo, viu seu quadro de síndrome do pânico piorar com o assalto a seu apartamento em Maceió, em maio deste ano. 

Assim como eles, outras personalidades já fizeram essa escolha, inclusive aqueles que dependem do mundo virtual para seguir com suas carreiras. Influenciadores como Whindersson Nunes, Kéfera e Manu Gavassi já deram pausas na carreira para cuidar da mente e da vida fora das telas. 

“Para grande parte das pessoas, é complicado separar a vida real da virtual e alguns estudos têm relacionado as redes sociais com a depressão. Esses ambientes costumam ter alto nível de toxicidade, com comentários maldosos e julgamentos presentes livremente. A exposição a isso tudo afeta negativamente a saúde mental”, explica Milene Rosenthal, psicóloga co-fundadora da Telavita, clínica online de saúde mental. 

A psicóloga aponta que o uso descuidado das redes sociais traz ainda outros impactos aos usuários. “No caso das mulheres, por exemplo, elas ficam expostas a julgamentos envolvendo padrões de beleza, o que pode provocar sérios problemas na autoestima”. Milene enfatiza a necessidade de cada um proteger a sua saúde mental, a partir de um uso equilibrado das redes sociais. Para isso, ela traz três dicas importantes:
 

Lembre-se que a vida online não é real -- Nas redes sociais, temos a tendência de fazer comparações com a vida de outras pessoas. É preciso ter em mente que o que é postado nas plataformas é somente um aspecto da vida que queremos que seja visto e que não reflete a realidade. Por isso, evitar comparações é um grande passo para não ser afetado mentalmente e emocionalmente pelo universo virtual.
 

Limite seu tempo conectado -- Estar nas redes sociais sem fazer pausas é prejudicial para a saúde. O indicado é limitar os momentos em que se fica online e ter tempo para pensar fora delas. Ter uma disciplina estabelecida em relação a isso aumenta o nível de satisfação, felicidade e diminui o estresse.
 

Tenha vida além das redes sociais -- É importante lembrar que precisamos de interações reais com as pessoas, cara a cara, e não restringir nossas relações às plataformas online. As redes sociais são somente um canal a mais de comunicação e não o todo.
 

Telavita


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