Diretora do
Aquarela Residencial Sênior dá 7 dicas para lidar de forma adequada com o idoso
com Alzheimer e explica como conviver e cuidar para ele ter mais autonomia e
qualidade de vida
No mundo todo, o Alzheimer, doença
neurodegenerativa, atinge mais de 45 milhões de pessoas, sendo que somente no
Brasil 12% da população idosa sofre com a doença, que geralmente aparece depois
dos 60 anos. Podem ser um pai, uma mãe, avós, tios, irmãos. Depois do
diagnóstico e com o avanço progressivo da enfermidade, que vem acompanhada por
confusão mental, depressão e irritabilidade, para os familiares e pessoas
próximas surge a delicada questão da convivência com alguém querido que deixa
de agir de acordo como todos estavam acostumados e passa a necessitar de
cuidados especiais, de uma equipe multidisciplinar e dedicação em tempo
integral.
Apesar de existirem tratamentos à base de
medicamentos, os cuidados mais importantes acontecem dentro de casa, entre os
familiares. Por esse motivo, no dia 21 setembro, Dia Mundial do Alzheimer,
é preciso promover a conscientização da sociedade sobre a importância do
diagnóstico precoce e do cuidado ofertado, bem como do apoio e suporte aos
familiares e cuidadores das pessoas que vivem com a doença de Alzheimer.
De acordo com a enfermeira e
diretora do Aquarela Residencial Sênior, Juliana Araújo, muitos familiares que buscam o residencial para idosos em BH chegam
preocupados e relatam não saberem lidar com o parente com Alzheimer por falta
de conhecimento sobre a doença ou por pela falta de tempo para cuidar do ente
querido e, por isso, procuram o residencial para apoio integral de uma equipe
multidisciplinar. “Ainda não há cura para o Alzheimer, mas existem tratamentos
como fisioterapia e terapia ocupacional que realizamos aqui no Aquarela capazes
de retardar sua progressão”.
“De uma hora para outra, a memória começa a falhar,
principalmente a lembrança dos acontecimentos mais recentes, o que pode
comprometer hábitos do dia a dia, como fechar a porta de casa. O comportamento
também se altera, com episódios de agitação e agressividade e, de repente, o
idosos já não consegue se lembrar onde mora ou até mesmo como se alimentar
sozinho”. Juliana conta que a doença possui três estágios principais: inicial,
moderado e avançado. “O papel dos cuidadores no estágio inicial inclui lidar
com impacto e aceitação do diagnóstico, decidir sobre a revelação ou não desse
diagnóstico, procurar saber mais sobre a doença e os sintomas e decidir sobre
os tratamentos”.
Já na moderada, a enfermeira conta que também é
preciso garantir a segurança física, emocional e financeira do paciente,
considerar a necessidade de um residencial com cuidadores em tempo integral e
estabelecer novas formas de relacionamento. “Na fase avançada já é necessário
oferecer cuidados intensivos e constantes e buscar alternativas de comunicação,
interação e manifestação de afeto”.
Os sintomas surgem aos poucos e ficam mais
evidentes com o passar do tempo, especialmente no estágio avançado, momento em
que o doente precisa de ajuda para realizar até as tarefas mais básicas, como
tomar banho e se alimentar. “Por isso, a escolha de um residencial que conta
com profissionais capacitados e infraestrutura adequada para cuidar do idoso
24h por dia, em muitos casos, é a melhor escolha”. Um diferenciais do Aquarela
Residencial Sênior é justamente o atendimento personalizado de idosos grau 2 e
3, que demandam cuidados full time seja para moradia permanente ou temporária.
Juliana ressalta que cuidar
dos detalhes do dia a dia relativos à alimentação, higiene e até mesmo ao afeto
aumentam a qualidade de vida do idoso. Ela enumerou abaixo 7 dicas para lidar
de forma adequada com o idoso com Alzheimer.
1 – Rotina é imprescindível – Planejando o dia, os horários, de alimentar-se, almoçar, tomar os
remédios, banhar-se, vestir-se, passear na rua, ou no jardim, etc, cria uma
ordem, e menor confusão na mente dos idosos com Alzheimer, ou com outros tipos
de demência.
2 - Muita calma nessa hora – Ter calma é uma das regras básicas para os cuidadores e famílias de
idosos com demências. Se você ou o cuidador são impacientes, o que acontecerá?
Você ou quem cuida tenderá a fazer a atividade pela pessoa, como, por exemplo,
se vestir ou escovar os dentes, ou tomar o banho. Isso cria um ciclo vicioso,
onde o doente perderá lentamente a capacidade de fazer ou ajudar a fazer aquela
tarefa. Tenha calma, e deixe que o doente faça o máximo de coisas que possa fazer,
mesmo que com sua supervisão.
3 - Limite as opções de
escolha – Se for o caso de uma escolha de roupas, por
exemplo, não mostre o armário todo, e prefira dar duas opções de camisa ou
calça, ou vestimenta, por exemplo. O idoso, que já está meio confuso por causa
da doença, irá te agradecer por você facilitar a mente dele. Quanto menores as
opções, mais fáceis as escolhas e o trabalho mental dos doentes, e menor a
possibilidade de se criar irritação e confusão mental, ou agitação nestas
horas.
4 - Oriente com instruções
simples – Ao orientar como fazer uma tarefa, não instrua
tudo de uma vez. Um passo de cada vez facilitará o seu trabalho como cuidador,
e o entendimento do paciente. E poderá evitar, inclusive, que este fique
nervoso, irritado em não conseguir fazer o que no passado conseguia mais
facilmente.
5 - Minimize distrações
durante uma tarefa – Ao comer, se possível,
desligue a TV; ao vestir o doente, por exemplo, evite conversar sobre outro
assunto; tentar fazer uma tarefa de cada vez, sem arrumar outras distrações
durante aquela ação, facilita o fazer para o paciente, e agiliza o terminar da
tarefa para o cuidador.
6 - Seja flexível quando
precisar mudar algo – Se o doente não gosta mais
daquela comida, ajuste o cardápio; se só quer agora usar a mesma roupa todos os
dias, tente comprar outras roupas semelhantes. Esqueça de tentar convencê-lo do
contrário, quando o doente insistir fixamente naquela ideia. Não se desgaste,
nem desgaste a pessoa doente.
7 - Previna quedas – Evite ter tapetes pela casa, muitos móveis atrapalhando o caminho,
espaços pequenos e apertados, caminhos muito sinuosos. Se puder, instale barras
para ajudar a pessoa a se equilibrar e evitar quedas, em locais mais críticos
(como banheiros, escadas, corredores longos, ou nos boxes dos banheiros, por
exemplo).
Aquarela Residencial Sênior
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