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terça-feira, 20 de setembro de 2022

Dia Mundial do Alzheimer: Maioria das famílias não sabe como cuidar e lidar com o idoso que sofre com a doença

Diretora do Aquarela Residencial Sênior dá 7 dicas para lidar de forma adequada com o idoso com Alzheimer e explica como conviver e cuidar para ele ter mais autonomia e qualidade de vida

 

No mundo todo, o Alzheimer, doença neurodegenerativa, atinge mais de 45 milhões de pessoas, sendo que somente no Brasil 12% da população idosa sofre com a doença, que geralmente aparece depois dos 60 anos. Podem ser um pai, uma mãe, avós, tios, irmãos. Depois do diagnóstico e com o avanço progressivo da enfermidade, que vem acompanhada por confusão mental, depressão e irritabilidade, para os familiares e pessoas próximas surge a delicada questão da convivência com alguém querido que deixa de agir de acordo como todos estavam acostumados e passa a necessitar de cuidados especiais, de uma equipe multidisciplinar e dedicação em tempo integral.

Apesar de existirem tratamentos à base de medicamentos, os cuidados mais importantes acontecem dentro de casa, entre os familiares. Por esse motivo, no dia 21 setembro, Dia Mundial do Alzheimer, é preciso promover a conscientização da sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce e do cuidado ofertado, bem como do apoio e suporte aos familiares e cuidadores das pessoas que vivem com a doença de Alzheimer.

De acordo com a enfermeira e diretora do Aquarela Residencial Sênior, Juliana Araújo, muitos familiares que buscam o residencial para idosos em BH chegam preocupados e relatam não saberem lidar com o parente com Alzheimer por falta de conhecimento sobre a doença ou por pela falta de tempo para cuidar do ente querido e, por isso, procuram o residencial para apoio integral de uma equipe multidisciplinar. “Ainda não há cura para o Alzheimer, mas existem tratamentos como fisioterapia e terapia ocupacional que realizamos aqui no Aquarela capazes de retardar sua progressão”.

“De uma hora para outra, a memória começa a falhar, principalmente a lembrança dos acontecimentos mais recentes, o que pode comprometer hábitos do dia a dia, como fechar a porta de casa. O comportamento também se altera, com episódios de agitação e agressividade e, de repente, o idosos já não consegue se lembrar onde mora ou até mesmo como se alimentar sozinho”. Juliana conta que a doença possui três estágios principais: inicial, moderado e avançado. “O papel dos cuidadores no estágio inicial inclui lidar com impacto e aceitação do diagnóstico, decidir sobre a revelação ou não desse diagnóstico, procurar saber mais sobre a doença e os sintomas e decidir sobre os tratamentos”.

Já na moderada, a enfermeira conta que também é preciso garantir a segurança física, emocional e financeira do paciente, considerar a necessidade de um residencial com cuidadores em tempo integral e estabelecer novas formas de relacionamento. “Na fase avançada já é necessário oferecer cuidados intensivos e constantes e buscar alternativas de comunicação, interação e manifestação de afeto”.

Os sintomas surgem aos poucos e ficam mais evidentes com o passar do tempo, especialmente no estágio avançado, momento em que o doente precisa de ajuda para realizar até as tarefas mais básicas, como tomar banho e se alimentar. “Por isso, a escolha de um residencial que conta com profissionais capacitados e infraestrutura adequada para cuidar do idoso 24h por dia, em muitos casos, é a melhor escolha”. Um diferenciais do Aquarela Residencial Sênior é justamente o atendimento personalizado de idosos grau 2 e 3, que demandam cuidados full time seja para moradia permanente ou temporária.

Juliana ressalta que cuidar dos detalhes do dia a dia relativos à alimentação, higiene e até mesmo ao afeto aumentam a qualidade de vida do idoso. Ela enumerou abaixo 7 dicas para lidar de forma adequada com o idoso com Alzheimer.

1 – Rotina é imprescindível – Planejando o dia, os horários, de alimentar-se, almoçar, tomar os remédios, banhar-se, vestir-se, passear na rua, ou no jardim, etc, cria uma ordem, e menor confusão na mente dos idosos com Alzheimer, ou com outros tipos de demência.

2 - Muita calma nessa hora – Ter calma é uma das regras básicas para os cuidadores e famílias de idosos com demências. Se você ou o cuidador são impacientes, o que acontecerá? Você ou quem cuida tenderá a fazer a atividade pela pessoa, como, por exemplo, se vestir ou escovar os dentes, ou tomar o banho. Isso cria um ciclo vicioso, onde o doente perderá lentamente a capacidade de fazer ou ajudar a fazer aquela tarefa. Tenha calma, e deixe que o doente faça o máximo de coisas que possa fazer, mesmo que com sua supervisão.

3 - Limite as opções de escolha – Se for o caso de uma escolha de roupas, por exemplo, não mostre o armário todo, e prefira dar duas opções de camisa ou calça, ou vestimenta, por exemplo. O idoso, que já está meio confuso por causa da doença, irá te agradecer por você facilitar a mente dele. Quanto menores as opções, mais fáceis as escolhas e o trabalho mental dos doentes, e menor a possibilidade de se criar irritação e confusão mental, ou agitação nestas horas.

4 - Oriente com instruções simples – Ao orientar como fazer uma tarefa, não instrua tudo de uma vez. Um passo de cada vez facilitará o seu trabalho como cuidador, e o entendimento do paciente. E poderá evitar, inclusive, que este fique nervoso, irritado em não conseguir fazer o que no passado conseguia mais facilmente.

5 -  Minimize distrações durante uma tarefa – Ao comer, se possível, desligue a TV; ao vestir o doente, por exemplo, evite conversar sobre outro assunto; tentar fazer uma tarefa de cada vez, sem arrumar outras distrações durante aquela ação, facilita o fazer para o paciente, e agiliza o terminar da tarefa para o cuidador.

6 - Seja flexível quando precisar mudar algo – Se o doente não gosta mais daquela comida, ajuste o cardápio; se só quer agora usar a mesma roupa todos os dias, tente comprar outras roupas semelhantes. Esqueça de tentar convencê-lo do contrário, quando o doente insistir fixamente naquela ideia. Não se desgaste, nem desgaste a pessoa doente.

7 - Previna quedas – Evite ter tapetes pela casa, muitos móveis atrapalhando o caminho, espaços pequenos e apertados, caminhos muito sinuosos. Se puder, instale barras para ajudar a pessoa a se equilibrar e evitar quedas, em locais mais críticos (como banheiros, escadas, corredores longos, ou nos boxes dos banheiros, por exemplo).

 

Aquarela Residencial Sênior


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