A utilização de remédios por conta própria é
considerada um problema de saúde pública
O
uso de medicação sem prescrição ou orientação médica é um fenômeno universal,
mas pode ser muito perigoso. Estudos clássicos mundiais revelam que a cada mês,
considerando uma população de mil pessoas, cerca de 750 destes indivíduos vão
sentir algum problema de saúde e apenas 250 vão procurar assistência médica, o
que significa que muitos utilizarão medicamentos por conta própria.
Segundo
Dr. Martim Elviro de Medeiros Junior, Médico de Família e docente do curso de
Medicina da Faculdade Santa Marcelina, essa questão pode ser particularmente
perigosa quando temos sintomas ou doenças que a pessoa nunca sentiu ou quando
estas vierem de forma mais intensa ou acompanhadas de sinais de alerta (perda
da consciência, diminuição da capacidade de se comunicar, aumento da frequência
respiratória, dificuldade para respirar e queda da pressão, por exemplo) ou
quando os sintomas, mesmo que já tenham aparecido antes, persistirem por mais
tempo que o normalmente.
“Nestas
situações a automedicação é muito perigosa. Mesmo quando a doença não é
potencialmente grave, o uso contínuo e abusivo de medicamentos como
anti-inflamatórios, analgésicos, antiespasmódicos, medicamentos para perder
peso, medicamentos que induzem o sono entre muitos outros, podem provocar
sérios problemas renais, hepáticos, hemorragias, além da possibilidade de
reações alérgicas graves pelo uso de drogas com doses inadequadas”, explica.
A
automedicação é um problema muito sério, e situações que facilitem a
comunicação entre pacientes e médicos, mesmo de forma virtual, quando feita de
forma ética e padronizadas é uma excelente ferramenta para minorar este
importante problema de saúde pública, finaliza Dr. Martim.
Faculdade
Santa Marcelina
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