Historicamente o
brasileiro tende a rejeitar quem valoriza suas próprias competências
Embora seja uma temática bastante falada na
atualidade, sabemos que fazer um bom marketing não é tarefa fácil, ainda mais
quando é pessoal e não deve parecer arrogante, vaidoso e mentiroso. No entanto,
a questão é, antes de tudo, cultural.
Muitos repudiam o tema, uma vez que nas corporações
a temática pode parecer bastante “fake” e ensaiada. ”É importante desconstruir
o tema como conhecemos, simplesmente porque não funciona mais”, comenta
Patricia Y Agopian, especialista em carreira executiva.
Ela ressalta que é possível sim fazer marketing
pessoal executivo de modo transparente, assim como ela ensina a seus alunos na
Bussola Executiva.
“A temática na atualidade é sobre construir uma
imagem sem ferir seus valores e sua essência, uma vez que são nossas fortalezas
que nos diferenciam, somos únicos e precisamos explorar isso sem mentir ou
fingir ser alguém que não somos”, explica Patricia.
“Ser antes de ter” é o lema da Bússola Executiva
criado pela especialista que significa que antes de desejar ser um executivo,
você precisar ser um, mostrar robustez, se comportar como tal e aprender o
dialeto executivo, assim será visto como um potencial talento para a empresa.
Executivo não nasce pronto, ele se transforma em um!
O mais importante é a imagem que o profissional
transmite. Para manter-se na jornada e crescer é preciso cuidar do que é
comunicado. A forma de falar, de se posicionar e de se conectar é o que faz
toda a diferença. E não de forma ensaiada, muito pelo contrário, se trata de
inspirar e transmitir seus valores, sua essência.
“Para se tornar um executivo ‘imparável’ é
necessário desenvolver habilidades executivas, mindset executivo,
mas acima de tudo é obrigatório aprender o dialeto executivo, que vai auxiliar
o profissional a realizar e construir por meio de pessoas inspiradas e
engajadas por ele. Liderança é comunicação, conexão.”, detalha.
A especialista lembra também que muitos executivos
na ansiedade de fazer dar certo, no ímpeto de buscar um resultado acima do
padrão acabam se atropelando em suas emoções, passam a ser vistos como
inacessíveis e arrogantes, quando muitas vezes não são.
É muito importante cuidar da autoimagem em uma
empresa. Uma coisa é a maneira como o executivo pensa, e a outra é como essa
imagem está sendo interpretada pela sua equipe, pares e superiores. Pode-se ter
a melhor das intenções, mas dependendo da forma como se transmite isso, isso
vai atrapalhar o profissional mais cedo ou mais tarde.
“Mais do que parecer arrogante, quando a equipe não
valoriza ou não respeita seu superior, tende a fazer o mínimo possível no
trabalho, passam a não escutar mais aquele profissional e tudo pode ir por água
abaixo. É preciso analisar se a fala está conectada com o que o profissional
pensa, sente e acredita”, explica.
A reputação profissional está inteiramente ligada a
inteligente emocional corporativa que depende de autoconhecimento e
autenticidade no cenário de atuação. Entender quais os pontos fracos e fortes, o
que desestabiliza e irrita? O que promove uma sensação de bem estar e
contentamento?
“Na ansiedade de fazer o melhor, o profissional não
se coloca de forma positiva, se desconecta, perde força, fica sozinho.
Comunicação é conexão, e pessoas fazem por pessoas. Profissionais valorizam e
respeitam quem elas entendem”,finaliza.
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