Consumo de chocolate pode ser
prejudicial para a saúde de gatos e cães. ROYAL CANIN® aponta outros alimentos
que também são danosos para o bem-estar dos animais
A Páscoa é uma celebração bastante
presente nos lares brasileiros e, entre as tradições que ela traz, está o
consumo de diversos pratos, como a tradicional bacalhoada, arroz de forno,
salada de maionese e, ainda, o protagonista da comemoração: os ovos de
chocolate.
Todas essas delícias, porém, são uma
verdadeira ameaça para a saúde dos pets. Os tutores precisam ter cuidado
redobrado com os gatos e cães durante as celebrações para que os animais não
sejam prejudicados, afinal esses alimentos podem ser tóxicos para eles.
A ROYAL CANIN®, que tem como
compromisso oferecer Saúde Através da Nutrição a gatos e cães, alerta sobre os
alimentos que podem ser prejudiciais para a saúde e bem-estar dos animais.
Saiba quais são eles e confira as dicas de Natália Lopes, Médica-Veterinária e
Gerente de Comunicação Científica da ROYAL CANIN®, sobre como o tutor pode
proceder caso tenha algum problema neste sentido.
Chocolate
A teobromina, substância presente no
cacau (em maior concentração nos chocolates do tipo amargo e de preparo
culinário), pode causar intoxicação quando consumida mesmo em pequenas
quantidades, acarretando vômito, diarreia, agitação, arritmia cardíaca,
espasmos musculares e convulsões, podendo levar à morte. Geralmente os sintomas
de intoxicação ocorrem cerca 6 a 15 horas após o consumo de qualquer tipo de
chocolate ou receitas com o ingrediente.
A teobromina é lentamente eliminada do
organismo, e possui um efeito cumulativo, o que significa que ingestões
repetidas em quantidades menores (não tóxicas) ainda podem causar a
intoxicação.
Alho e cebola
Desde 1930 é conhecida a sensibilidade
dos cães e gatos ao alho e cebola, sejam crus, cozidos ou desidratados. Essas
substâncias provocam alterações nas hemácias (células sanguíneas) dos gatos e
cães, levando-as à ruptura, e consequentemente, anemia.
A gravidade do efeito é
dose-dependente, e mesmo quantidades muito pequenas podem ser tóxicas. Os
sintomas são secundários à anemia, aparecem dias após a ingestão, e incluem
membranas mucosas pálidas, taquicardia, taquipneia, letargia e fraqueza.
Vômito, diarreia e dor abdominal também podem se apresentar. Casos graves
evoluem para icterícia e insuficiência renal, podendo levar à morte.
Uvas e passas
Cães acometidos normalmente apresentam
dores gastrintestinais seguidas por insuficiência renal aguda. Os sinais
iniciais de toxicidade neste caso são vômito, seguido por letargia, anorexia,
diarreia, dor abdominal, ataxia e fraqueza, que podem aparecer nas primeiras
5-6 horas após a ingestão. Os sinais da insuficiência renal aguda são menos
frequentes e podem ocorrer com 24 horas ou dias depois, e se caracterizam por
anorexia, apatia, vômito, diarreia, ataxia e convulsões. A gravidade da
intoxicação não parece estar relacionada diretamente à quantidade ingerida.
De modo geral, evite fornecer quaisquer
alimentos que não foram desenvolvidos especificamente para cães e gatos ou não
prescritos pelo Médico-Veterinário. Além dos riscos citados acima relacionados
a intoxicações, outros alimentos podem provocar desconfortos digestivos,
flatulência, vômitos e diarreia. Também existem riscos relacionados à segurança
do animal, por exemplo, quando da ingestão de ossos e o risco de perfuração
esofágica. Além disso, desenvolver este hábito de ceder nossos alimentos aos
nossos pets também pode levar a uma desnutrição, uma vez que provoca um
desbalanço nutricional.
Meu
pet comeu os alimentos proibidos, e agora?
Se o tutor vir ou suspeitar que seu pet
tenha ingerido alguns desses alimentos, ou qualquer outra coisa fora do
habitual, deve conectar-se imediatamente com o seu Médico-Veterinário e
explicar a situação.
Caso perceba sintomas de intoxicação, o
tutor deve levar o pet imediatamente ao Médico-Veterinário para que o
tratamento adequado possa ser realizado o mais rápido possível, para evitar
danos à saúde do animal. Para agilizar o atendimento em caso de emergência, o
tutor ou acompanhante pode ligar na clínica ou hospital veterinário enquanto se
dirige até o estabelecimento, a fim de preparar a equipe para um atendimento de
urgência, se for necessário. Não é recomendado a administração de qualquer
substância ou medicamento que não tenham sido orientados.
Referências:
FEDIAF Diretrizes Nutricionais - 2018
ROYAL CANIN®
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