Embora a vacinação tenha reduzido drasticamente a proporção de óbitos dentre pessoas idosas, entidade reforça que este ainda é o público mais vulnerável
Frente ao cenário de redução do número
de casos de COVID 19, diversas cidades brasileiras iniciaram o movimento de
flexibilização do uso de máscaras nas últimas semanas.
Considerando o impacto desta decisão
para a saúde pública, e particularmente para a saúde dos idosos, a Sociedade
Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) faz algumas recomendações
importantes.
Embora a vacinação tenha reduzido
drasticamente a proporção de óbitos dentre os idosos, esse grupo segue sendo o
de maior vulnerabilidade às formas graves da doença, mesmo entre os que
receberam a dose de reforço (terceira dose). Em janeiro, 63,3% das mortes por
COVID-19 no Brasil foram de pessoas com 70 anos ou mais.
Existem muitas razões que tornam o idoso
mais vulnerável, dentre elas, o fato de acumular diversas comorbidades, além da
imunossenescência, que gera uma resposta menos previsível quanto à eficácia das
vacinas.
Sendo assim, apesar das orientações
locais de flexibilização, recomendamos, por ora, a manutenção do uso de
máscaras para pessoas idosas, mesmo com esquema vacinal completo e, em
especial, para aquelas não vacinadas ou com esquema incompleto de vacinação,
principalmente em ambientes fechados, bem como evitar aglomerações sempre que possível.
Ressaltamos o dado divulgado pela
Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro em 24/02/2022, de que a taxa de
vítimas de Covid-19 a cada 100 mil habitantes entre idosos com vacinação
incompleta é 27 vezes maior que a dos idosos vacinados com todo o esquema de
doses. Entre os idosos que receberam a dose de reforço, houve 2,9 mortes a cada
100 mil habitantes, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Dentre aqueles
que receberam duas doses ou dose única, sem a dose de reforço, a taxa sobe para
16,2 vítimas a cada 100 mil habitantes. A taxa se eleva para 78 mortes por 100
mil habitantes quando são considerados aqueles que não receberam nenhuma dose
ou não chegaram à segunda dose.
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
- SBGG
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