Pesquisar no Blog

sexta-feira, 11 de março de 2022

Flexibilização: SBGG faz recomendações à população idosa quanto ao uso de máscara

Embora a vacinação tenha reduzido drasticamente a proporção de óbitos dentre pessoas idosas, entidade reforça que este ainda é o público mais vulnerável

 

Frente ao cenário de redução do número de casos de COVID 19, diversas cidades brasileiras iniciaram o movimento de flexibilização do uso de máscaras nas últimas semanas. 

Considerando o impacto desta decisão para a saúde pública, e particularmente para a saúde dos idosos, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) faz algumas recomendações importantes.   

Embora a vacinação tenha reduzido drasticamente a proporção de óbitos dentre os idosos, esse grupo segue sendo o de maior vulnerabilidade às formas graves da doença, mesmo entre os que receberam a dose de reforço (terceira dose). Em janeiro, 63,3% das mortes por COVID-19 no Brasil foram de pessoas com 70 anos ou mais.  

Existem muitas razões que tornam o idoso mais vulnerável, dentre elas, o fato de acumular diversas comorbidades, além da imunossenescência, que gera uma resposta menos previsível quanto à eficácia das vacinas.  

Sendo assim, apesar das orientações locais de flexibilização, recomendamos, por ora, a manutenção do uso de máscaras para pessoas idosas, mesmo com esquema vacinal completo e, em especial, para aquelas não vacinadas ou com esquema incompleto de vacinação, principalmente em ambientes fechados, bem como evitar aglomerações sempre que possível.  

Ressaltamos o dado divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro em 24/02/2022, de que a taxa de vítimas de Covid-19 a cada 100 mil habitantes entre idosos com vacinação incompleta é 27 vezes maior que a dos idosos vacinados com todo o esquema de doses. Entre os idosos que receberam a dose de reforço, houve 2,9 mortes a cada 100 mil habitantes, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Dentre aqueles que receberam duas doses ou dose única, sem a dose de reforço, a taxa sobe para 16,2 vítimas a cada 100 mil habitantes. A taxa se eleva para 78 mortes por 100 mil habitantes quando são considerados aqueles que não receberam nenhuma dose ou não chegaram à segunda dose.


 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados