Especialista explica como aplicar o conceito de checagem para chegar ao ruído que pode indicar um problema muito sério ou não
Quando um veículo já deixou de ser seminovo é
natural que ele emita alguns ruídos recorrentes, principalmente quando não há
uma manutenção preventiva. Alguns motoristas geralmente se acostumam com aquele
barulhinho irritante e outros acabam o driblando com a instalação de um sistema
de som ou colocando feltros em porta-moedas ou em compartimentos. Os psicólogos
afirmam que existe uma clara relação entre o barulho de fundo e o estresse.
Para combatê-lo, alguns especialistas recomendam o uso de tampões, porém esse
recurso é impossível e ilegal de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro.
Com isso é indicado que todos os mecânicos façam
uma avaliação completa, começando pela hipótese “mais fácil e seguindo para a
mais difícil”. Um exemplo recorrente é quando o cliente chega à oficina
relatando um barulho na parte traseira do veículo, e quando, feitas todas as
verificações, percebe-se que o problema está na quantidade de coisas carregadas
no porta-malas. “Por isso, o importante é eliminar etapas. Identificar o lado
do veículo que emite mais barulho, o tipo do ruído (metálico ou seco) e em quais
situações de condução ele acontece, como por exemplo, ao passar por um
obstáculo ou buraco”, explica o gerente da plataforma de treinamento da
DPaschoal, Leandro Vanni.
Outro relato comum é o de um som de vibração
recorrente nas extremidades do automóvel. Normalmente, para resolver esse tipo
de incidente, basta um simples aperto nas placas de identificação ou um ajuste
no para-choque.
“Agora, quando o diagnóstico chega na parte mais
difícil, começam a entrar em ação as ferramentas de diagnóstico e a identificação
se os componentes foram instalados da maneira correta”, reforça o gerente.
O segredo do sucesso está em respeitar as etapas
de verificação. Veja abaixo algumas dicas para eliminar aquele barulho que e
incomoda na hora de dirigir:
1.
Faça
uma inspeção externa. Verifique se não há nada solto, como as placas de
identificação, para-choques, calotas, frisos, espelhos retrovisores,
pára-lamas, entre outros.
2.
Pneus
desgastados e desalinhados emitem mais ruídos. A falta de balanceamento também
acarreta na maior trepidação e, consequentemente, no maior barulho.
3.
O
elevador é um excelente recurso para ter um contato visual debaixo do veículo.
Neste cenário é possível verificar se o protetor de cárter está solto, se
existem folgas nas buchas da suspensão, se a borracha do escapamento soltou,
entre outros.
4.
Máquinas
de vidro, tanto elétrica como manual, se soltam com o tempo e com as excessivas
batidas de portas. Por isso, desconfie se o barulho vier de uma das portas.
5.
Amortecedores
vazando ou chiando é sinal de fraqueza, mas muitas vezes o problema não pode
estar somente neles, mas sim nas molas. Se estiverem desgastadas, elas podem
estar sobrecarregando o sistema como um todo.
6.
Saiba
o que você leva! É natural encontrar moedas, brincos, lápis ou objetos
esféricos esquecidos ou escondidos nos compartimentos. É aquele barulho que se
intensifica toda a vez que ocorre alguma desaceleração e essas coisas acabam
circulando para frente. Não esqueça de olhar embaixo dos bancos.
7.
Fechaduras
em ordem. Verifique se as portas estão alinhadas e se a tampa do capô e do
porta-malas estão fechando corretamente. Outro detalhe importante é ver as
borrachas. Elas devem além de vedar a água e o vento, não permitir o contato do
metal com o metal.
8. O sistema
de ventilação muitas vezes capta folhas secas, gravetos ou sujeira das ruas. Ao
verificar os filtros e os dutos, além de contribuir para a saúde respiratória,
você elimina ruídos indesejados na hora que o sistema é acionado.
DPaschoal
Nenhum comentário:
Postar um comentário