O impacto da pandemia no comportamento de compra do consumidor nas farmácias foi bastante relevante, aponta a 5ª Edição de 2022 da Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil, realizado pelo IFEPEC - Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa - em Parceria com a Unicamp e que entrevistou 4.000 consumidores em todo o país. Um dos pontos de destaque do levantamento foi a queda na cesta de produtos adquiridos pelos consumidores e, consequentemente, diminuição do ticket médio de vendas.
“Segundo os dados da pesquisa que é realizada anualmente, com consumidores de forma presencial, se percebe alguns importantes e relevantes reflexos da diminuição de poder aquisitivo da população. Atualmente se compra menos unidades por visitas às farmácias e se busca produtos de preço menor, com isso a redução do ticket médio é bastante significativa”, aponta o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.
Percebe-se que a quantidade de unidades adquiridas em uma cesta de compra que era de três produtos na média em 2020, passou para 2,6 em 2021. O ticket médio também caiu consideravelmente, passando de R$55,02, para R$ 43,71, uma redução de 19%. Por fim, os consumidores priorizaram itens com preços menores, sendo que o valor médio por item passou de R$18,00 para R$16,81.
O objetivo central dessa pesquisa
sempre foi de analisar o perfil de consumo nas farmácias. "Fazer uma
pesquisa sobre o retrato real do comportamento dos consumidores no varejo
farmacêutico nacional é primordial para apoiar as iniciativas internas. Com
dados atuais à disposição, podemos estruturar nossas estratégias e dessa forma
sermos mais assertivos", destaca Edison Tamascia, presidente da Febrafar.
Veja outros pontos de destaque da pesquisa apontados pelo presidente da
Febrafar, Edison Tamascia:
Importância da prescrição médica -- Essa pesquisa
apontou que mais de 68% dos consumidores entrevistados afirmaram que os
medicamentos comprados tinham origem de prescrição médica, ainda que nem todos
portassem a receita médica no momento da compra. Lembrando que hoje muitos
medicamentos são de uso contínuo e que grande percentual dos produtos
adquiridos nas farmácias são MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição).
Fidelidade e melhor preço em alta -- Outra mudança no
perfil cada vez mais observada é que mais consumidores afirmam que o preço foi
o principal fator para a escolha da farmácia, atingindo 79,9% dos
entrevistados. No ano anterior esse número era de 75,4%. Além disso, mais de
86% dos consumidores entrevistados reportaram participar de algum programa de
fidelidade, o que comprova que essas ações continuam em alta.
Finanças é principal fator para não comprar - Também
cresceu o número de consumidores que deixaram de adquirir algum produto por
questão financeira, sendo que mais de 19% dos consumidores entrevistados
reportaram ter deixado de adquirir produtos que desejavam comprar. Destes
consumidores, mais da metade 51,8%, alegaram questões financeiras.
Genéricos confiáveis - Uma novidade na atual pesquisa é
que foi avaliado o grau de confiança dos entrevistados nos produtos genéricos.
Com isso se observou que esse tipo de produto já caiu na preferência dos
pesquisados, sendo que somente 3,3% afirmaram ter um nível de confiança ainda
baixo.
Cresce Compra Digital -- Quase 17% dos entrevistados
afirmaram que compram frequentemente ou raramente pela internet ou por
aplicativos, ou seja, de forma virtual, quando comparado com períodos
anteriores é mais que o dobro. Apesar de ser uma porcentagem ainda
relativamente baixa, isso mostra que essa é uma modalidade que vem crescendo.
Sobre a
Pesquisa
A Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor em
Farmácias no Brasil - Edição 2022 foi aplicada pelo IFEPEC (Instituto Febrafar
de Pesquisa e Educação Corporativa) em parceria com o NEIT - Núcleo de Economia
Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp.
Para a realização do levantamento foram entrevistados
quatro mil consumidores nas imediações das farmácias, após efetuarem suas
compras. Os estabelecimentos foram selecionados de acordo com os agrupamentos a
qual pertencem, segundo dados da IQVIA.
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