Para solucionar
o desafio, startup desenvolveu um software que disponibiliza métricas sobre
tempo dedicado às atividades no computador
Em 11 de março de 2020, a OMS (Organização Mundial
da Saúde) declarava a pandemia de Covid-19, elevando o estado de contaminação
em função da rápida disseminação geográfica que o coronavírus Sars-CoV-2
apresentava.
Quase dois anos depois, o trabalho remoto se tornou
parte do dia a dia de muitas empresas e profissionais, mas a gestão do tempo e
das atividades continua sendo um desafio paras as pessoas e organizações.
Pesquisa realizada com 1.500 gestores pelo
Instituto Opinion Matters para a Ricoh Europe apontou que mais de 60% dos
empregadores não confiam nos funcionários quando se trata de trabalho remoto.
Por outro lado, um estudo realizado na China pela
Stanford Business School mostrou que o trabalho em casa melhorou, sim, o
desempenho dos trabalhadores.
A pesquisa de Stanford também aponta que 69% dos
empregadores estimam que os trabalhadores remotos gastam até 180 minutos por
dia em atividades de alto valor para a empresa. Quando pergunta semelhante foi
feita aos funcionários, a estimativa dos próprios trabalhadores foi de apenas
73 minutos.
“O descompasso que sempre existiu entre as
expectativas dos gestores e a entrega de resultados ou mesmo a percepção de
rendimento por parte dos colaboradores aumentou com a distância do trabalho
remoto e com a intensificação das atividades realizadas eminentemente em
computadores e sistemas”, avalia Fernando Kawasaki, cofounder da E-workoff,
startup que desenvolveu uma ferramenta capas de mensurar o tempo que usuários
permanecem ativos em sua estação de trabalho.
A ferramenta, que opera no sistema SaaS (Software
as a Service), tem implantação simples, baixo custo e mensura o tempo que cada
colaborador se dedica às tarefas corporativas. O sistema não utiliza câmera,
não grava conteúdos inseridos nas máquinas e não disponibiliza o histórico de
navegação do browser.
Os dados são hospedados em nuvem, garantindo
privacidade ao usuário e cumprimento à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
“O interesse não é monitorar o que o funcionário faz e sim se ele está
produzindo. O que não é trabalho não é mensurado”, descreve Rafael Sarreta
Lucindo, gestor de tecnologia e programação da startup.
“Acreditamos em uma relação de confiança nas
equipes de trabalho. E a E-workoff oferece as ferramentas para isso, apoiando o
gestor e o colaborador no diagnóstico de problemas como excesso de jornada e a
falta de foco muito comum no home office”, conclui Kawasaki.
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