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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Após dois anos de pandemia, gestão do trabalho remoto ainda desafia empresas e trabalhadores

Para solucionar o desafio, startup desenvolveu um software que disponibiliza métricas sobre tempo dedicado às atividades no computador

 

Em 11 de março de 2020, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarava a pandemia de Covid-19, elevando o estado de contaminação em função da rápida disseminação geográfica que o coronavírus Sars-CoV-2 apresentava.

Quase dois anos depois, o trabalho remoto se tornou parte do dia a dia de muitas empresas e profissionais, mas a gestão do tempo e das atividades continua sendo um desafio paras as pessoas e organizações.

Pesquisa realizada com 1.500 gestores pelo Instituto Opinion Matters para a Ricoh Europe apontou que mais de 60% dos empregadores não confiam nos funcionários quando se trata de trabalho remoto.

Por outro lado, um estudo realizado na China pela Stanford Business School mostrou que o trabalho em casa melhorou, sim, o desempenho dos trabalhadores.

A pesquisa de Stanford também aponta que 69% dos empregadores estimam que os trabalhadores remotos gastam até 180 minutos por dia em atividades de alto valor para a empresa. Quando pergunta semelhante foi feita aos funcionários, a estimativa dos próprios trabalhadores foi de apenas 73 minutos.

“O descompasso que sempre existiu entre as expectativas dos gestores e a entrega de resultados ou mesmo a percepção de rendimento por parte dos colaboradores aumentou com a distância do trabalho remoto e com a intensificação das atividades realizadas eminentemente em computadores e sistemas”, avalia Fernando Kawasaki, cofounder da E-workoff, startup que desenvolveu uma ferramenta capas de mensurar o tempo que usuários permanecem ativos em sua estação de trabalho.

A ferramenta, que opera no sistema SaaS (Software as a Service), tem implantação simples, baixo custo e mensura o tempo que cada colaborador se dedica às tarefas corporativas. O sistema não utiliza câmera, não grava conteúdos inseridos nas máquinas e não disponibiliza o histórico de navegação do browser.

Os dados são hospedados em nuvem, garantindo privacidade ao usuário e cumprimento à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). “O interesse não é monitorar o que o funcionário faz e sim se ele está produzindo. O que não é trabalho não é mensurado”, descreve Rafael Sarreta Lucindo, gestor de tecnologia e programação da startup.

“Acreditamos em uma relação de confiança nas equipes de trabalho. E a E-workoff oferece as ferramentas para isso, apoiando o gestor e o colaborador no diagnóstico de problemas como excesso de jornada e a falta de foco muito comum no home office”, conclui Kawasaki.

 

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