Especialista
da 3778 fala sobre pontos de alerta que os gestores devem ter, além de dar
dicas de preparação para voltar ao ambiente corporativo
Quanto mais avança a vacinação e diminui,
gradualmente, as restrições que a crise sanitária de Covid-19 nos impôs,
empresas e colaboradores passam a se preparar para o retorno aos escritórios. E
com isso, os gestores não podem deixar de lado os cuidados que terão que ter,
novamente, com a saúde do colaborador.
De acordo com um estudo feito pela Dimep, que é a maior fabricante de sistemas
de controle de ponto do Brasil, 62,1% das empresas pretendem retornar ao modelo
presencial. Já o regime híbrido será adotado por 30,1% das instituições, ou
seja, parte do time em casa e a outra parte na companhia.
Entretanto, ainda que a retomada pareça ser algo tranquilo a se fazer, e que
muitos estejam ansiosos para voltarem a conviver, pessoalmente, com a equipe, é
imprescindível manter a segurança de todos neste momento. Para Rodrigo
Malucelli, CHRO (Chief Human Resource Officer) da 3778, healthtech de saúde
corporativa, mesmo que estejamos caminhando para voltar àquilo que conhecemos
por "normal", algumas mudanças serão necessárias para mantermos a proteção
do grupo.
"Para começar, deve ser exigido que o funcionário esteja com o ciclo de
imunização completa, seja com as duas doses ou com a dose única. No entanto, a
vacina não impede a contração e transmissão da Covid-19, e por esse motivo
outros métodos também devem ser adotados, como a higienização do ambiente, o
uso obrigatório de máscaras e, conforme o possível, o distanciamento físico
entre os trabalhadores. Esse é o combo básico que aprendemos durante a
pandemia", explica.
Fora isso, ainda é importante nos atentarmos também à saúde mental desses
funcionários. Os conflitos que o cenário pandêmico expôs irá, certamente,
refletir nos novos formatos de trabalho. Malucelli menciona que voltar
repentinamente aos ambientes físicos de serviço, sem que seja comunicado
previamente ou fazer pesquisas internas para saber o que os colaboradores
desejam, pode ser ineficaz.
"Estamos há quase dois anos no modelo home office. Ele nos foi imposto do
dia para a noite, sem preparo algum, e tivemos que nos adaptar. Não somente
nós, como também nossas famílias. Agora, com os pronunciamentos de retorno aos
escritórios por parte dos gestores, temos que nos ajustar, novamente. Então,
começam a surgir questionamentos internos como a incerteza de readaptação, o
uso de transportes públicos lotados, o tempo de deslocamento, o encontro com
novas pessoas da equipe, por exemplo. Todas essas dúvidas, esses receios, são
válidos, e as instituições precisam estar preparadas para isso",
aconselha.
No fim, as dicas são para que as pessoas planejem sua nova rotina. Seguir
horários como se já estivesse no escritório, é uma forma de se preparar e
diminuir o impacto quando chegar o momento. Retomar amizades antigas, e tentar
estabelecer laços com novos membros do grupo também ajuda sua mente a forçar a
socialização para que ela retorne à níveis antigos. E sempre que surgir
adversidades mentais e físicas decorrentes do retorno, fale com o RH da empresa
e com seu líder direto. Essa conversa será crucial para a companhia entender,
adaptar e solucionar as dores da equipe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário