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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Retorno aos escritórios chama a atenção para cuidados com a saúde do colaborador

Especialista da 3778 fala sobre pontos de alerta que os gestores devem ter, além de dar dicas de preparação para voltar ao ambiente corporativo


Quanto mais avança a vacinação e diminui, gradualmente, as restrições que a crise sanitária de Covid-19 nos impôs, empresas e colaboradores passam a se preparar para o retorno aos escritórios. E com isso, os gestores não podem deixar de lado os cuidados que terão que ter, novamente, com a saúde do colaborador.

De acordo com um estudo feito pela Dimep, que é a maior fabricante de sistemas de controle de ponto do Brasil, 62,1% das empresas pretendem retornar ao modelo presencial. Já o regime híbrido será adotado por 30,1% das instituições, ou seja, parte do time em casa e a outra parte na companhia.

Entretanto, ainda que a retomada pareça ser algo tranquilo a se fazer, e que muitos estejam ansiosos para voltarem a conviver, pessoalmente, com a equipe, é imprescindível manter a segurança de todos neste momento. Para Rodrigo Malucelli, CHRO (Chief Human Resource Officer) da 3778, healthtech de saúde corporativa, mesmo que estejamos caminhando para voltar àquilo que conhecemos por "normal", algumas mudanças serão necessárias para mantermos a proteção do grupo.

"Para começar, deve ser exigido que o funcionário esteja com o ciclo de imunização completa, seja com as duas doses ou com a dose única. No entanto, a vacina não impede a contração e transmissão da Covid-19, e por esse motivo outros métodos também devem ser adotados, como a higienização do ambiente, o uso obrigatório de máscaras e, conforme o possível, o distanciamento físico entre os trabalhadores. Esse é o combo básico que aprendemos durante a pandemia", explica.

Fora isso, ainda é importante nos atentarmos também à saúde mental desses funcionários. Os conflitos que o cenário pandêmico expôs irá, certamente, refletir nos novos formatos de trabalho. Malucelli menciona que voltar repentinamente aos ambientes físicos de serviço, sem que seja comunicado previamente ou fazer pesquisas internas para saber o que os colaboradores desejam, pode ser ineficaz.

"Estamos há quase dois anos no modelo home office. Ele nos foi imposto do dia para a noite, sem preparo algum, e tivemos que nos adaptar. Não somente nós, como também nossas famílias. Agora, com os pronunciamentos de retorno aos escritórios por parte dos gestores, temos que nos ajustar, novamente. Então, começam a surgir questionamentos internos como a incerteza de readaptação, o uso de transportes públicos lotados, o tempo de deslocamento, o encontro com novas pessoas da equipe, por exemplo. Todas essas dúvidas, esses receios, são válidos, e as instituições precisam estar preparadas para isso", aconselha.

No fim, as dicas são para que as pessoas planejem sua nova rotina. Seguir horários como se já estivesse no escritório, é uma forma de se preparar e diminuir o impacto quando chegar o momento. Retomar amizades antigas, e tentar estabelecer laços com novos membros do grupo também ajuda sua mente a forçar a socialização para que ela retorne à níveis antigos. E sempre que surgir adversidades mentais e físicas decorrentes do retorno, fale com o RH da empresa e com seu líder direto. Essa conversa será crucial para a companhia entender, adaptar e solucionar as dores da equipe.

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