Doença atinge
cerca de 185 mil pessoas por ano no Brasil. Método ABCDE pode auxiliar no
diagnóstico
Segundo dados do Instituto Nacional
do Câncer (INCA), o câncer de pele é responsável por
33% dos diagnósticos desta doença no Brasil, o que representa cerca de 185 mil
novos casos por ano. A patologia é provocada pelo crescimento anormal e
descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando
camadas e, de acordo com a área afetada, definimos os diferentes tipos de
câncer.
"Classificamos os cânceres de pele como melanoma e não melanoma. Estas
células se dispõem formando camadas e, de acordo com o tipo de célula afetada,
definimos os diferentes tipos de câncer. Vale ressaltar que ele possui
letalidade baixa. O câncer de pele não tem sintomas, por isso, precisamos ficar
atentos ao método "ABCDE" que fala sobre a assimetria das pintas,
bordas irregulares, mudança de tonalidade, múltiplas cores, diâmetro maior que
seis milímetros e sua evolução, essas são as principais características que
temos que buscar pensando nesse tipo de câncer. Ele também costuma ser mais
comum em pessoas mais idosas", explica a Dra. Stella Oliveira Meireles,
dermatologista do HCSG.
Método ABCDE no
diagnóstico de câncer de pele
O método ABCDE é
uma espécie de autoexame, ou seja, a observação por parte do próprio paciente
de pintas e manchas que surgem no corpo, suas características e alterações. Ele
é bastante recomendado por dermatologistas para a detecção de câncer de pele.
Essa técnica indica os principais aspectos que precisam ser observados em
manchas e pintas que surgem na pele para que você possa fazer um autoexame e se
necessário, buscar ajuda de um especialista. Para isso, verifique:
A (Assimetria) - caso a forma da
sua pinta esteja irregular é preciso ficar atento. A assimetria mostra que a
pinta pode na verdade ser maligna, por isso é indispensável o tratamento para
impedir a evolução e a gravidade do quadro;
B (Bordas) - outro indício de
que a pinta pode se tratar de um câncer de pele grave ou um possível melanoma é
a irregularidade do contorno das bordas. Dessa forma, é importante estar atento
e observar se são simétricos;
C (Cor) - é preciso avaliar
se o sinal tem coloração uniforme ou apresenta mais de uma tonalidade. Esse
último caso pode indicar uma alteração prejudicial à saúde e à vida do
paciente, sendo necessário procurar um médico imediatamente;
D (Diâmetro) - pintas na pele
maiores que seis milímetros requerem um sinal de alteração, por isso, é preciso
ficar atento.
E (Evolução) - é importante
prestar atenção na evolução da pinta ou sinal de sua pele, principalmente
quando ela muda de tamanho, cor e formato rapidamente.
Quando procurar um
dermatologista?
É recomendado consultar o
dermatologista sempre que perceber alterações com algum sinal, como pinta ou
mancha. Abaixo, a especialista dá dicas para evitar a doença:
• Evitar exposição ao sol das 10h da
manhã e 16h;
• Evitar queimaduras solares;
• Usar protetor solar todos os dias.
"O diagnóstico é feito a partir de uma consulta com um
dermatologista junto com um exame de biópsia para confirmar o resultado.
Identificar a doença precocemente é muito importante, principalmente para
evitar a disseminação do câncer para outros órgãos e também para que ele não se
espalhe pela pele e fique muito profundo, algo que pode dificultar a
cirurgia", finaliza a dermatologista.
Hospital Casa
de Saúde Guarujá
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