Sinais de depressão como
tristeza, dificuldade de socialização com os colegas de classe e queda de notas
devem ser observados pela escola
A depressão em idade escolar não costuma ser
muito discutida, visto que a infância e adolescência são conhecidas como fases
de plena alegria, sem preocupações ou motivos para infelicidade. Entretanto, de
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada cinco adolescentes
sofrem com problemas de saúde mental e a maioria dos casos não são
diagnosticados, nem tratados.
Na escola, alguns sinais podem ajudar a
identificar alunos com depressão e a iniciar o tratamento o quanto antes.
Segundo Fabiano Fonseca, coordenador do curso de Psicologia da Universidade
Presbiteriana Mackenzie (UPM), os principais sintomas são perda ou excesso de
sono, descontrole na alimentação, falta de energia e vitalidade, dificuldade de
estar com as pessoas, tristeza profunda e contínua.
"Há também um desengajamento geral do curso,
dificuldade em estudar, queda nas notas, falta de disponibilidade e interesse
nos colegas e em atividades paralelas à formação", explica o psicólogo.
Nos casos de alunos com bom desempenho escolar, além das notas baixas, surge a
dificuldade de socialização e comunicação com alunos e professores, e o aumento
de faltas às aulas.
As causas para a depressão nos estudantes podem
ser inúmeras, desde histórico familiar, relacionamento ruim com os familiares,
traumas psicológicos, violência sexual ou física, bullying ou ainda estresse
desenvolvido pela cobrança em fase de provas e vestibulares.
Para Fonseca, o professor deve estar atento a
estes sinais, isolados ou combinados, aproximar-se do aluno e de colegas,
oferecendo apoio. Já o estudante pode procurar dentro da instituição recursos
como acompanhamento psicológico, psiquiátrico ou, no caso do Mackenzie, buscar
auxílio no PROATO e no Serviço-escola do curso de Psicologia.
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