Homens com disfunção erétil têm aproximadamente duas vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco
Setembro Vermelho é um
movimento que chama a atenção para as doenças do coração. E o que pouca gente
sabe é que a disfunção erétil, que atinge cerca de metade dos homens com mais
de 40 anos no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, pode ser um
indicativo de problemas cardiovasculares. A estimativa é que homens com
problemas de ereção têm cerca de duas vezes mais chances de terem um ataque
cardíaco, segundo a American Heart Association.
"Os homens
precisam entender que, mais do que afetar a atividade sexual, a disfunção
erétil pode ser um alerta para outras doenças. A partir do momento que o pênis
não consegue sustentar uma ereção, significa que pode haver algum problema de
circulação e isso pode desencadear algo mais grave", alerta o Dr. Carlos
Bautzer, urologista que atua no núcleo de Medicina Sexual do Hospital
Sírio-Libanês e é médico-assistente da disciplina de Urologia da Faculdade de
Medicina do ABC (FMABC).
O médico reforça que
isso aumenta ainda mais a importância do acompanhamento da saúde do homem.
"É importante que, ao menor sinal da disfunção, o homem procure ajuda de
um urologista para decidir qual o melhor tratamento a seguir, inclusive em
conjunto com um cardiologista, garantindo com isso prevenção e tratamento no
tempo certo, antes que algo mais grave aconteça".
Caracterizada pela
incapacidade permanente de se obter uma ereção peniana de qualidade suficiente
para a prática sexual, a disfunção erétil pode ser desencadeada por diversos
fatores: psicológicos, vasculares, farmacológicos, neurológicos, hormonais,
anatômicos e até mesmo traumáticos, quando há uma lesão peniana.
E apesar de se
manifestar em uma parcela tão significativa da população, ainda é tratada como
um tabu. "Isso faz com que muitos pacientes acabem se automedicando e não
buscando orientação profissional. O que é uma pena, pois a disfunção erétil
afeta diversos aspectos da vida do homem e existem tratamentos bastante eficazes,
que inclusive solucionam essa condição de maneira definitiva", esclarece
Bautzer.
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