O InfoJobs pontua a importância da desmistificação do assunto e ressalta que todos os profissionais que tiverem problemas dessa magnitude devem contactar seus contratantes
A pandemia de Covid-19 já deixou marcas significativas na saúde de milhões de
pessoas por todo país. São sequelas respiratórias, neurológicas, musculares,
entre vários outros tipos, que poderão perdurar ou não por longos períodos de
tempo. O mesmo vale para as consequências da saúde mental de cada indivíduo.
Com o avanço da doença, a implementação do isolamento social e o advento do
trabalho remoto, as rotinas de inúmeros brasileiros também foram alteradas. Em
vista disso, o InfoJobs, empresa de tecnologia para recrutamentos, traz um
alerta sobre a fadiga digital e a importância de se falar sobre o tema.
Em pleno Setembro Amarelo, que marca o mês de conscientização e prevenção ao
suicídio no país, é mais que necessário abordar assuntos que envolvam a saúde
mental e o estado psicológico das pessoas. De acordo com uma pesquisa realizada
pelo Instituto Ipsos encomendada pelo Fórum Econômico Mundial em abril deste
ano, 53% dos brasileiros declaram que o bem-estar mental piorou muito de 2020
para cá. Com isso, termos como esgotamento profissional, fadiga digital e
Burnout passaram a fazer parte da vida dos profissionais, preocupando diversos
setores.
Fadiga Digital
Mas, então, o que é essa fadiga digital? É uma espécie de cansaço acumulado que
surge em decorrência do esforço do cérebro com o número expressivo de tarefas
realizadas de forma online. A conexão quase que ininterrupta com computadores e
celulares, junto com a carga de estresse de cobranças do trabalho e o medo do
imprevisível perante a situação pandêmica fazem com que o colaborador chegue a
esse esgotamento físico e psicológico. O maior número de reuniões online, a
fixação dos olhos por muito tempo em dispositivos, a falta de um respiro entre
os compromissos, além das tarefas e problemas da casa também interferem nessa
condição.
Todo este contexto acaba deixando o funcionário muito mais acelerado do que o
normal. De acordo com a psicóloga clínica e especialista em psicoterapia
cognitiva comportamental, Dora Vallejo, o grande desafio do momento para as
empresas e, principalmente para os setores de recursos humanos, é o encontro de
um equilíbrio. "Os seres humanos precisam de sociabilização. Se isso não acontece
e tudo permanece de forma online, há grandes chances de termos pessoas mais
irritadas, com baixo nível de produtividade e sem estímulos dentro do ambiente
de trabalho. O movimento tem que vir de cima para baixo", pontua a
psicóloga.
O home office se encaminha para ser tendência em 2022, mas um dos maiores
problemas que essa mudança poderá acarretar é a ausência de transição de um
ambiente para o outro. Por exemplo, quando um colaborador sai de sua casa para
ir até o local de trabalho, o tempo que se gasta no percurso acaba servindo
involuntariamente para esse funcionário se desligar ou mesmo não se conectar
cem por cento na sua função. Já com o trabalho remoto, será muito mais difícil
a existência desse pequeno ou grande intervalo entre sair de um ambiente e ir
para o outro.
Influência do RH
Portanto, caberá cada vez mais ao RH mediar essa situação. As empresas precisam
se adaptar e serem mais maleáveis com os colaboradores, entendendo quais são as
necessidades de cada indivíduo e os trazendo mais perto para as tomadas de
decisões. Mas, para que isso aconteça, é necessário também que haja o
reconhecimento do próprio colaborador de que ele mesmo pode se ajudar nessa
situação. Agora, com tanta carga de estresse e cobranças vindas por parte dos
colaboradores, quem irá pensar na saúde e no cuidado mental do profissional de
RH? Pois bem, a ajuda precisa ser ampla.
"Desde o recrutamento até a contratação do profissional, o RH e o
colaborador devem se conectar com uma livre abertura de canal. Ambos podem se ajudar
para que o ambiente de trabalho não vire algo prejudicial à saúde física e
mental. Qualquer pessoa pode estar exposta às inúmeras consequências do
trabalho remoto e dessa limitação de espaço. Um olhar mais sensível de todas as
partes ajudará na resolução desses problemas. É preciso desmistificar as
questões sobre saúde mental nas empresas", explica Ana Paula Prado,
Country Manager do InfoJobs.
Assim como o InfoJobs oferece serviços de apoio à saúde mental dos
colaboradores por meio de ações pontuais no dia-a-dia, as empresas e os RHs
podem abrir mais espaços entre todas as partes. Isso porque as empresas terão
desafios cada vez maiores no decorrer dessa adaptação tecnológica. Tudo o que
for possível, dentro de uma contextualização racional, deverá ser realizado
para que a potencialização dos processos possam culminar em resultados
satisfatórios, tanto em números quanto em realizações pessoais, para o
colaborador e para a empresa.
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