De acordo com a OMS, elas são a principal causa de mortes no
mundo, representando mais de 30% do total de óbitos
Por ocasião do Dia Mundial
do Coração (29 de setembro), o cardiologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dr. George Fernandes Maia,
alerta sobre os riscos das doenças cardiovasculares. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), elas são responsáveis por cerca de 18 milhões de mortes
no mundo, o que corresponde a mais de 30% do total de óbitos. No Brasil, elas
causam mais de 300 mil mortes todos os anos.
“Doenças
cardiovasculares é o termo genérico que designa todas as alterações
patológicas, que afetam o coração e/ou os vasos sanguíneos. Nesse grupo está a
hipertensão, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, cardiopatia
congênita, endocardite, arritmia cardíaca, angina, miocardite e as
valvopatias”.
O
cardiologista explica que, muitas vezes, elas não apresentam sintomas claros.
“Como o paciente desconhece que tem uma doença cardiovascular, aumenta o risco,
por exemplo, de ter um AVC, o Acidente Vascular Cerebral”. Os exames periódicos,
exigidos anualmente pelas empresas podem ser um importante aliado para detectar
este e outros problemas de saúde.
“Além
da avaliação clínica, devem ser feitos exames complementares, como
eletrocardiograma, ecocardiograma, raio-x de tórax e teste ergométrico. A
pandemia da Covid-19 trouxe consequências graves. O medo de se contaminar com o
novo coronavírus, levou muitos pacientes a não procurarem os serviços de saúde,
seja para diagnóstico, como para tratamento. Estudo realizado pela Sociedade
Brasileira de Cardiologia, em parceria com as Universidades Federais do Rio de
Janeiro e de Minas Gerais, apontou um aumento de 132% no número de mortes nos
meses de março a maio de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019”,
destaca dr. Maia.
O
tratamento das doenças cardiovasculares é medicamentoso e requer consultas
regulares ao cardiologista e a realização de exames laboratoriais e de imagem.
“Mas é fundamental que haja também uma mudança de hábitos, com a prática de
atividade física, alimentação saudável e evitar o tabagismo e o consumo de
álcool. Aquele jogo de futebol só no final de semana é contraindicado e pode
ser inclusive prejudicial. O correto é fazer pelo menos 90 minutos de
exercícios distribuídos pelos dias da semana”.
Dr.
Maia lembra que o Seconci-SP dispõe de equipe multidisciplinar composta por
cardiologista, endocrinologista e nutricionista, além de estrutura de exames.
“Porém é preciso que haja o compromisso do paciente, seguindo hábitos saudáveis
e tomando a medicação como prescrita pelo médico, sem suspendê-la por conta
própria, como algumas vezes acontece”.
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