Entenda os sinais da doença, os
tratamentos disponíveis e como a atividade física é uma grande aliada
Nesta quinta-feira, 16 de setembro, é
lembrado o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose. A data visa a
disseminação dos cuidados com a doença, uma das que mais mata em todo o mundo,
de acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS. Estima-se, por exemplo, que
a trombose acometa duas a cada mil pessoas por ano, com índice de recorrência
de 25%. No Brasil, conforme a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia
Vascular, estima-se aproximadamente o registro de 180 mil novos casos de
trombose venosa por ano.
A médica angiologista do Hospital Anchieta de Brasília, Alane Leite, explica
que a Trombose Venosa Profunda ou TVP, é a formação de um coágulo de sangue em
uma veia. A mais conhecida e amplamente difundida, segundo a médica, é o
comprometimento do sistema venoso dos membros inferiores, porém, essa patologia
pode acontecer em qualquer veia do corpo humano, desde as veias intra cerebrais
(dentro da cabeça) até as veias intra abdominais.
Ela explica que a trombose tem um caráter multifatorial e está relacionada a
algumas mutações genéticas chamadas trombofilias, além de fatores de risco
como: imobilização prolongada, uso de hormônios e gravidez, fraturas e traumas,
idade avançada, câncer em atividade, quimioterapia, entre outros. "Se
tratando do comprometimento de um membro, uma forte suspeita se dá diante de um
quadro de dor associada a um edema assimétrico do mesmo, ou seja, um membro de
maior tamanho que o outro", exemplifica. "Em casos de suspeita,o
paciente deve procurar atendimento médico a fim de realizar a devida
investigação", ressalta.
Diagnóstico
Dra Alane destaca que existem exames de sangue que auxiliam no diagnóstico,
porém, a descoberta definitiva é feita com ajuda de uma ultrassonografia dos
vasos sanguíneos. "A principal complicação da trombose venosa se chama
embolia pulmonar que consiste da fragmentação de parte do trombo localizado em
membros inferiores em direção ao pulmão causando um quadro de falta de ar
súbito e dor toráxica", aponta. Conforme a especialista, a longo prazo, se
não tratada adequadamente, o paciente pode evoluir para uma síndrome pós
trombótica que é uma insuficiência venosa crônica do membro.
Tratamento
O tratamento, de acordo com a angiologista, consiste no uso de medicação
anticoagulante, ou seja, remédios para afinar o sangue evitando assim a
fragmentação do trombo e o aumento da extensão da trombose. "Além do uso
de analgésicos para controle de dor e meia elástica para auxílio do retorno
venoso melhorando também a dor e edema no membro", complementa.
Atividade física pode ser aliada na prevenção à doença
A profissional de educação física e especialista em treinamento de força da
Bodytech Asa Norte, Marília Rojas Bayma, comenta que as doenças
cardiovasculares estão entre as que mais matam no mundo, mesmo podendo
identificar suas causas, preveni-las e evitá-las. Nesse contexto, a prática da
atividade física é fundamental, pois ativa a circulação sanguínea e, por isso,
previne doenças venosas como a trombose.
"A prática da musculação aliada a bons hábitos alimentares, hidratação
adequada, redução do consumo de álcool, não fumar e manter uma rotina de sono
equilibrada e de qualidade, são fatores que previnem o risco de desenvolver
trombose", explica. De acordo com a especialista, entre os benefícios de
se movimentar e se manter ativo, está o controle de peso, já que praticando
atividades físicas regularmente, aumentamos o déficit calórico e diminuímos o risco
de obesidade.
Ela conclui: "juntamente com o treinamento de força, que está associado ao
processo de contrações musculares no processo de hipertrofia auxiliando o
funcionamento das veias e prevenindo esse tipo de problema.
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