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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Como deve ser a volta ao escritório?

Retorno ao escritório pode gerar ansiedade; especialista traz dicas do que empresas, líderes e funcionários podem fazer para tornar a mudança menos brusca


Algumas empresas já começam a organizar a volta ao escritório, e esse momento pode causar insegurança e ansiedade nas equipes. Uma pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento executivo Korn Ferry com 581 profissionais nos Estados Unidos indica esse sentimento. Mais da metade (55%) das pessoas ouvidas disse que a ideia de retornar ao trabalho presencial gera um estresse. Só que boa parte sente que não têm opção. Entre os entrevistados, 58% disseram que admitir ao chefe a preferência por continuar trabalhando remotamente pode prejudicar as chances de ascensão profissional. 

Para a psicóloga Daniele Nazari, psicóloga do Zenklub formada pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões e especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, voltar para o espaço presencial pode sim proporcionar gatilhos ansiosos - e não há como medir sobre como esse momento poderá desencadear ansiedade em cada funcionário. “Eu vejo um processo de retorno acontecendo até com energias extremas dos colaboradores, aqueles que terão medo de retornar e aqueles que estão com uma enorme expectativa pelo retorno”. 

Segundo a especialista, em ambos os casos, é importante a empresa tornar o processo flexível e gradativo para amenizar o impacto de uma quebra de rotina que está durando muito tempo. “Na clínica as pessoas relatam muita exaustão, e trabalhar presencialmente exige uma energia diferente do que estão acostumadas no conforto dentro de casa”, acrescenta. 

Daniele diz que o mais importante para evitar gatilhos de ansiedade é a empresa manter a transparência e conversas frequentes com os colaboradores para motivação e esclarecimento dos cuidados que estão sendo proporcionados. “A dinâmica com filhos também vai mudar e se reestruturar, então as lideranças precisam ter paciência com essa adaptação também”. 


Papel do líder 

O líder, segundo a psicóloga, tem o papel de proporcionar sensibilidade no time e permitir que as pessoas possam falar mais sobre o que sentem em relação ao trabalho. “Permitir falar mais sobre as emoções torna a relação com mais sintonia e transparência, e com isso o líder também pode conduzir melhor com a sua equipe.”


Papel do funcionário 

Como as pessoas se acostumaram a ter uma rotina mais isolada, retornar para um ambiente mais dinâmico e com muito mais barulhos – como costuma ser o escritório - pode proporcionar uma certa exaustão inicial. A sugestão da psicóloga é as pessoas já iniciarem essa adaptação ao sistema da empresa dentro de casa alguns dias antes de iniciar o presencial. Isso inclui acordar no horário que sairiam para trabalhar, respeitar o horário das refeições e intervalos (conforme seria no presencial), respeitar o horário de trabalho e finalizar as atividades conforme término do expediente na empresa, sair mais de casa para atividades ao ar livre e exposição gradativa para quem mantém o isolamento e estabelecer horários para dormir e relaxar conforme a rotina de cada um. 


Papel da empresa 

A organização pode fazer pesquisas de clima para monitorar a adaptação, ouvir os colaboradores e permitir sugestões, ser transparente, manter a comunicação com frequência e reforçar os cuidados de saúde e das medidas implementadas – como uso do álcool gel, máscaras e limpeza dos locais comunitários. Proporcionar palestras com profissionais da saúde e conteúdo que auxiliem na adaptação também são uma sugestão de Daniela.

O Zenklub, maior plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal do Brasil, criou Guia Prático para Saúde Mental e Pós-Pandemia para ajudar colaboradores e empresas. A cartilha completa pode ser baixada no link: http://www.zenklub.com.br/setembro-amarelo/

 

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