Governo
do Estado de São Paulo anunciou início da imunização de crianças com idade
entre 12 e 17 anos em agosto
O medo da contaminação
pelo novo coronavírus tem tirado o sono de muitas famílias. A chegada de
vacinas contra a Covid-19 se tornou uma esperança para evitar quadros graves da
doença.
Até alguns meses, era
sabido que as vacinas não haviam sido testadas para uso em crianças e
adolescentes e, por isso, esse público estava fora do calendário vacinal. No
entanto, novos estudos foram feitos e a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) autorizou o uso do imunizante da Pfizer para adolescentes
entre 12 e 17 anos.
Diante deste novo
cenário, o governo do estado de São Paulo também autorizou a imunização deste
público a partir de agosto, mas muitos pais e cuidadores ainda têm dúvida sobre
a segurança do imunizante.
A pediatra pela
Sociedade Brasileira de Pediatria Dra. Francielle Tosatti conta que essa vacina
foi aprovada pelo FDA e pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e, desde
maio vem sendo aplicada na Europa e nos EUA. "Isso nos coloca em uma
posição relativamente vantajosa para observar o comportamento do
imunizante", diz a médica, "a eficácia encontrada nos estudos foi de
100%, o que é um dado muito animador e relevante para uma vacina que tem se
mostrado segura".
Casos extremamente
raros de miocardite e pericardite (inflamação de músculos e membranas do
coração) após a aplicação da vacina têm sido monitorados pelo CDC americano e
ocorreram em adultos jovens e adolescentes com mais de 16 anos, geralmente uma
semana após a segunda dose da vacina, com evolução benigna e ótima resposta ao
tratamento e repouso.
"A Covid-19
também infecta crianças e elas podem transmitir e adoecer. Por isso, o controle
da pandemia tem de contemplar as crianças no mapa vacinal. Essa questão da
miocardite transitória associada à vacina é, no momento, um risco teórico que
está sendo investigado. Adoecer por Covid é um risco comprovado e muito maior,
com riscos raros também em crianças de evoluir para síndrome inflamatória
multissistêmica. Diante deste cenário, recomendo que pais e responsáveis levem
seus adolescentes para vacinar", defende Dra. Francielle.
Dentre os principais
efeitos colaterais que a vacina pode causar estão dor, inchaço e vermelhidão no
local da aplicação, além de cefaleia, mialgia, calafrios, febre e náuseas que
duram até 48 horas.
Dra. Francielle Tosatti @drafrancielletosatti - Graduada pela Universidade Federal do Rio Grande - RS. Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal do Rio Grande - RS. Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Especialista em Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein. Médica Emergencista da equipe do pronto-socorro e enfermaria do Hospital Infantil Sabará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário