Aldo Grisi aponta que o tratamento deve ser personalizado
para cada necessidadeDivulgação
Ganhando cada vez mais destaque entre
as mulheres, o implante hormonal surgiu na indústria como um contraceptivo, mas
seus benefícios podem ser percebidos até mesmo na estética. Por conta disso, o
dispositivo de uso subcutâneo também está sendo chamado de “chip da
beleza”.
“É uma via mais recente de
administração. São pellets, isto é, palitos introduzidos embaixo da pele que
vão liberando hormônios em pequenas dosagens. Mas seu diferencial é que o
paciente tem uma liberação de medicação gradual, contínua e prolongada”, aponta
o médico Aldo Grisi.
O implante pode ser usado por homens e
mulheres, de qualquer idade, a depender da necessidade clínica e laboratorial
de cada um. No entanto, geralmente é recomendado para tratamentos
ginecológicos.
“Podem ser usados para distúrbios
menstruais como cólicas, TPM, sangramentos intensos e irregulares, miomas
uterinos, endometriose. Além disso, com um controle da modulação dos hormônios,
proporciona aumento de libido, com melhora do ressecamento vaginal,
principalmente em mulheres pós-menopausa”, explica o profissional. Outros
benefícios ligados à queima de gordura corporal também levaram a uma maior
procura do implante nos últimos meses, segundo Aldo;
“De fato, o chip promove aumento de
massa muscular, controle do peso, diminuição de celulite, mas o uso não pode
ser apenas com foco na estética. Deve ser uma aplicação com responsabilidade”,
afirma. Além disso, o chip pode trazer alguns efeitos colaterais.
“Como toda e qualquer medicação, os
efeitos colaterais são reais. Mas estes efeitos não são do ‘implante hormonal’,
e sim, de algumas substâncias e das doses que podem ser usadas”, destaca. “Ao
usar altas doses de testosterona, por exemplo, pode haver acne, aumento de
oleosidade, de pelo. Desta maneira, fazemos um tratamento personalizado, com
doses específicas para reduzir o risco de essas reações surgirem.”
Segundo o profissional, os efeitos
colaterais dependem do que será utilizado no implante e a dose aplicada. “Se
não utilizarmos substâncias ‘androgênicas’ como testosterona, não haverá queda
de cabelo. E caso haja alguns destes efeitos, temos mecanismos para
revertê-los”, acrescenta.
O implante também apresenta algumas
contraindicações. “Elas são relativas. Devemos observar se há sensibilidade à
droga e sempre fazer avaliação médica. Mas existem alguns casos
contraindicados, como pacientes que estão em tratamento oncológico. Históricos
de trombose e câncer na família devem ser avaliados individualmente”, alerta.
“Cada indivíduo tem uma necessidade e
um objetivo. Por isso, devemos individualizar cada tratamento para que tenhamos
a maior chance de sucesso”, completa.
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