Estudo da RedThread Research em parceria com a Degreed indica mobilidade profissional como um tema em ascensão dentro da área de Recursos Humanos
Uma
pesquisa com líderes empresariais indicou a mobilidade de carreira como um tema
em ascensão dentro de RHs no Brasil e no mundo. O estudo “Mobilidade
de carreira: a estratégia para crescer”,
realizado pela consultoria RedThread Research em parceria com a plataforma de
upskilling Degreed,
identificou as cinco principais tendências que devem guiar as estratégias de
líderes e gerentes nos próximos anos para aumentar a retenção de talento,
manter a competitividade e se preparar para as mudanças de seus setores.
A
pandemia do novo coronavírus evidenciou as carências associadas a alguns dos
maiores desafios da área de Recursos Humanos. Por conta da crise sanitária,
empresas mundo afora tiveram de reformular estratégias, reavaliando suas
estruturas de apoio e como seus funcionários se movimentam por elas. Com isso,
cada vez mais, os líderes vêm entendendo o poder da mobilidade de carreira.
Segundo
os líderes ouvidos pela pesquisa, ainda faltam processos que guiem e conduzam a
implementação de políticas de mobilidade de carreira que, ao mesmo tempo,
equilibrem as necessidades de funcionários e da empresa.
O
estudo identificou também um enorme crescimento na área de mobilidade
profissional, tanto pela presença nas agendas dos líderes, quanto nas soluções
técnicas oferecidas no mercado. Cinco tendências em mobilidade foram
identificadas:
1. Mais
experimentação. As organizações já evoluíram muito
desde o tempo em que as abordagens tradicionais eram aplicadas para qualquer
necessidade. Elas vêm adotando novos procedimentos, nem que seja “só para
experimentar”.
2. Falar
sobre igualdade de condições. Provavelmente devido às suas origens,
as organizações costumavam reservar a mobilidade profissional para
colaboradores com alto potencial e/ou para aqueles vistos como futuros líderes.
Muitos líderes falaram sobre mobilidade profissional como uma forma de resolver
questões de diversidade, inclusão, equidade e pertencimento, disponibilizando
oportunidades para mais pessoas.
3. Mais
oportunidades para os colaboradores. Conforme as organizações vão se
afastando dos planos de carreira rígidos que atendem apenas aos próprios
interesses, as oportunidades para os colaboradores se ampliam e eles podem
criar a carreira que quiserem, mesmo que seja completamente diferente das
escolhas de outras pessoas.
4. Mais
dados, decisões melhores. É difícil discutir mobilidade
profissional sem falar de habilidades. As organizações estão analisando como
entender as capacidades dos colaboradores por sua experiência e habilidades e
como usar essas informações para tomar as melhores decisões sobre talentos e
mobilidade.
5. Tecnologias
facilitadoras. No passado, a mobilidade era
basicamente manual e dependia das impressões dos gerentes e da proatividade dos
colaboradores. Agora, a tecnologia trouxe uma série de facilidades. A pesquisa
constatou um aumento no número e na sofisticação de tecnologias que tornam as
oportunidades mais transparentes; ajudam os colaboradores a planejar suas
carreiras; combinam dados e informações para ajudar os líderes a tomar decisões
melhores; e oferecem trabalho em meio período ou temporário internamente aos
colaboradores.
Para
Débora Mioranzza, Vice-presidente para a América Latina e Caribe da Degreed,
ao pensar em estratégias de mobilidade, muitos líderes ainda se perguntam por
onde começar. “O primeiro passo na hora de pensar em uma estratégia de
mobilidade de carreira é fazer uma análise compreensiva das habilidades em sua
empresa para, assim, facilitar a conexão entre funcionários qualificados e
oportunidades internas disponíveis”, disse Débora.
Segundo
ela, a questão da mobilidade está evoluindo dentro de empresas para oferecer
ainda mais liberdade e oportunidades — tanto aos funcionários, como às próprias
organizações. “Já há algum tempo, temos observado que as empresas que conseguem
mobilizar seu quadro de talentos rapidamente, para aproveitar novas
oportunidades, têm uma chance maior de superar seus concorrentes, além de
aumentarem índices de retenção e participação e de melhorarem o planejamento de
sucessão.”
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