O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta que novas drogas têm permitido ampliar sobrevida
A metástase é um
processo de disseminação das células cancerosas, que alcançam outros órgãos e
tecidos por meio da corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos. "Para cada
caso, o médico tem uma avaliação. Pacientes nessa situação podem conviver com a
doença por anos até. Hoje, novos medicamentos têm contribuído para reduzir os
impactos dos processos metastáticos", explica o oncologista Ramon Andrade
de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do
Algarve (Portugal).
A estratégia de tratamento dos pacientes com metástase é individual e varia
entre as pessoas. "Podemos ter dois indivíduos com um câncer no estômago,
mas o tratamento vai depender da avaliação da situação de cada um e a abordagem
que podemos dar. Em alguns casos, combinamos cirurgia e quimioterapia. Em
outros, podemos utilizar novas técnicas de imunoterapia", explica o
pesquisador da Unifesp.
Na imunoterapia, há estímulo do sistema imunológico no combate às células
cancerígenas, bloqueando as engrenagens que elas usam para enganar as defesas
com a liberação de proteínas, que se encaixam em receptores dos linfócitos T.
"Com a técnica, eles identificam e ordenam que outras células destruam os
patógenos, que são agentes infecciosos", explica o oncologista.
Na maioria dos casos de metástase, a quimioterapia é um dos procedimentos mais
indicados. Segundo Ramon Andrade de Mello, ela atua de maneira sistêmica, em
todo o organismo: "Uma das desvantagens é que esse procedimento afeta
também as células normais, o que provoca reações no paciente".
Ramon Andrade de Mello - Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology - ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology - ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology - ASCO). O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).
http://ramondemello.com.br/
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