Segundo a Stilingue, CoronaVac lidera o ranking com maior
número de menções e registra crescimento de 228% de publicações com sentimento
positivo nos últimos três meses
Com o mundo todo aguardando ansiosamente a comprovação de eficácia
contra a Covid-19 de diversas vacinas em fase de testes, é natural que o tema
tenha se tornado, nos últimos oito meses, um dos mais comentados pelos
internautas ao redor do mundo, incluindo o Brasil.
De acordo com um levantamento realizado pela Stilingue, única plataforma de inteligência artificial para monitoramento e interação com consumidores desenvolvida para o português do Brasil, o termo "vacina" foi mencionado pelos brasileiros 3.2 milhões de vezes entre 1/03 e 25/11, revelando uma média de 12,2 mil citações por dia. Ao todo, 55% das contas envolvidas no assunto são atribuídas a perfis de homens, seguidos de 40% de mulheres e 5% de empresas.
Os picos de menções ao tema aparecem seguidos a declarações de governos e notícias diversas relacionadas às vacinas em desenvolvimento.
A CoronaVac aparece no topo da lista das vacinas mais discutidas pelos internautas brasileiros, com um volume quatro vezes maior de menções do que a segunda colocada, da Astrazeneca. Entre as narrativas nas quais a vacina chinesa está inserida aparecem menções ao envolvimento do Instituto Butantan, tido como um dos maiores centros de pesquisa do mundo.
O sentimento positivo em relação a CoronaVac teve um aumento de 228% nos últimos três meses. Destacaram-se, entre os internautas, assuntos como os altos índices de eficácia e segurança da vacina, além possibilidade de imunização gratuita pelo SUS.
Comunicados oficiais assumindo erros na fase de testes da
Astrazeneca ajudaram a emplacar a vacina produzida em parceria com a
Universidade de Oxford, na Inglaterra, na segunda posição no ranking das
vacinas mais comentadas pelos brasileiros. Apontada pelos perfis brasileiros
como a "mais barata e de fácil produção", a vacina de Oxford também
aparece em contextos positivos relacionados à agilidade no desenvolvimento e
testagens pelos britânicos.
Na terceira posição está a Sputnik V, desenvolvida pela Rússia. No
Brasil, as menções relacionadas a esta vacina aparecem em contextos que
envolvem palavras como Bahia e Paraná, em narrativas que seguem o acordo dos
estados para testar e, posteriormente, distribuir a Sputnik V. Apesar de esta
ser a vacina mais associada pelos internautas ao termo "medo", ela
também aparece em contextos otimistas, que destacam os testes bem-sucedidos que
já ocorreram com militares, com registro de 95% de eficácia e sem efeitos
colaterais significativos.
Uma das vacinas mais aguardadas de acordo com as menções dos
brasileiros é a produzida pela Pfizer. Ainda que tenha atingido 37% de menções
em contextos positivos nos últimos três meses, as discussões relacionadas à
Pfizer ilustram principalmente as preocupações com a logística e o interesse
pela compra de lotes da vacina seja via governos ou pessoas físicas.
Já a vacina menos lembrada, de acordo com apuração de dados da
Stilingue, é a produzida pela farmacêutica Moderna, nos Estados Unidos. Entre
as menções, os internautas destacam a estabilidade de 30 dias em temperaturas
de refrigeradores comuns e sua eficácia divulgada de 94,5%.
STILINGUE
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