O CEO do Instituto
Gente, Arthur Shinyashiki, destaca outros dois pontos essenciais para um
trabalho remoto em alta performance: focar no resultado e manter-se conectado
O número de infectados por Covid-19 voltou a
aumentar em todo o Brasil, o que faz com que voltemos ainda mais a atenção para
medidas de combate à disseminação do vírus, como o confinamento. No início da
pandemia, muitas empresas decidiram pelo home office - modalidade de trabalho
que em muitos lugares perdura até hoje – para evitar que seus funcionários
saíssem de casa e, consequentemente, diminuísse a possibilidade de contato com
o vírus. Fora de seu habitat, muitas pessoas se viram e ainda se veem confusas,
pois não conseguem desempenhar de maneira eficiente sua atividade profissional
ao terem que dividir a atenção com distrações e afazeres domésticos.
Com o intuito de que muitos profissionais nessa
posição se mantenham produtivos, atuando em alta performance, o CEO do
Instituto Gente, empresário, administrador com ênfase em marketing e
palestrante especializado em desenvolvimento profissional e em negócios, Arthur
Shinyashiki, destaca os três pilares do home office bem-sucedido.
O primeiro deles é determinar uma rotina clara, ou
seja, ter horários bem definidos para o início da atividade laboral, para
almoço ou lanche, e para o término do trabalho. Conforme Shinyashiki, exceções
poderão ocorrer por conta de reuniões, por exemplo, mas no geral é preciso
respeitar a programação. “É assim que o cérebro compreenderá que existe um
padrão a ser seguido e liberará os hormônios adequados para cada momento
específico, seja trabalho ou seja relaxamento”, explica.
Para quem posterga ao máximo o início das
atividades, o palestrante especializado em desenvolvimento profissional e em
negócios sugere rituais para definir com clareza seu horário de “entrada” no
trabalho. Tomar um banho gelado, colocar uma roupa que a pessoa usaria no
escritório e ouvir música são exemplos de ações que podem sinalizar claramente
que o momento de trabalhar começou. Do mesmo modo, há "workaholics",
pessoas com dificuldades em parar de trabalhar, que acabam ficando estressadas
e ansiosas. Para elas, Shinyashiki também recomenda práticas que indiquem o
término da atividade no dia, como fechar as abas do computador, arrumar a mesa
que usa para trabalhar etc.
O segundo pilar é ter foco no resultado. Conforme o
CEO do Instituto Gente, mais do que prestar atenção nas ações que precisam ser
realizadas no dia, como mexer na planilha ou organizar pensamentos, é
necessário ter muito claro mentalmente quais são as soluções finais que
necessitam ser obtidas. A pessoa deve estar totalmente comprometida em realizar
esses objetivos, descansando apenas quando alcançá-los. “Isso fará com que você
queira terminar a tarefa o mais rápido possível e assim conseguir um tempo livre
para atividades de relaxamento, como assistir a um filme ou brincar com os
filhos”, diz. Um modo eficaz de cumprir estas metas é por meio de mini
"sprints", isto é, períodos variando entre 15 minutos e 45 minutos em
que a pessoa mantem 100% do seu foco na tarefa a ser executada.
Em momentos de crise como o que estamos vivendo,
nos quais o trabalho em casa traz uma série de limitações, Shinyashiki
recomenda centralizar o foco em poucas ações, invariavelmente naquelas que
projetamos melhores resultados. A pandemia trouxe uma nova realidade a muitos
profissionais, que trabalhando em casa precisam dividir sua atenção com muitas
outras tarefas. “É preciso ter noção dessa situação específica e agir de acordo
com ela”, argumenta. Assim, saber quais objetivos podem ser relegados a segundo
plano e quais são imprescindíveis de serem realizados é essencial.
O terceiro pilar é manter-se conectado com seres
humanos. Neste ponto, a tecnologia é de suma importância. “Se juntos em um
escritório as pessoas não se comunicavam direito, agora, isolados, cada um em
sua casa, as coisas ficaram ainda mais difíceis”, diz o CEO do Instituto Gente.
Nesse sentido, é recomendável o uso de aplicativos para saber se as diferentes
áreas da empresa estão em perfeita consonância.
Por exemplo, com o uso de um gerenciador de
tarefas, controla-se melhor o que cada membro da equipe está fazendo e quais
resultados serão obtidos ao final do dia e da semana. No quesito comunicação,
Shinyashiki indica o uso de aplicativos distintos do que o comumente empregado
em conversas cotidianas, pois assim a atenção não é dividida com outras
conversas. Ferramentas que possibilitam a execução de reuniões para estabelecer
metas diárias e semanais também são de grande auxílio no sentido de melhorar a
performance no trabalho. Além disso, manter-se conectado é importante em âmbito
pessoal. “Não se esqueça: somo seres sociais e precisamos do contato com outras
pessoas para nos mantermos saudáveis”, afirma.
Shinyashiki sugere por fim algumas dicas práticas
para tornar o trabalho remoto mais eficiente. Segundo o palestrante, é
importante um local específico para servir de área de trabalho. Caso não tenha
um escritório em casa, utilize algum outro cômodo. “Trabalhar em qualquer
lugar, no sofá, por exemplo, interfere negativamente na produtividade”, afirma.
O CEO do Instituto Gente recomenda ainda que essa área tenha uma boa entrada de
luz solar, que ajuda na produção de neuro-hormônios responsáveis por manter a
pessoa disposta e focada. Por último, aconselha a prática de exercícios físicos
visando à manutenção da saúde. “É possível fazer treinos de meia hora em casa
sem o uso de aparelhos”, afirma.
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