O câncer de mama é um dos tipos de câncer com maior
incidência no mundo. Para estimular a discussão sobre o assunto, a campanha
Outubro Rosa marca o calendário de saúde para conscientizar a população sobre
as formas de tratamento, a importância da detecção precoce e, principalmente,
da prevenção.
Segundo o Inca – Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, representando 24,2% do total de casos em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos. É a quinta causa de morte por câncer em geral (626.679 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. No Brasil, excluídos os tumores de pele melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. Para o ano de 2020 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres.
O câncer de mama se desenvolve mais frequentemente nas células que revestem os ductos mamários, que estão em constante multiplicação. Inúmeros fatores pessoais, ambientais, genéticos, hormonais e idades, entre outros, podem transformá-las em células anormais que vão se dividir descontroladamente perdendo o limite do crescimento tanto local na mama, podendo se espalhar regionalmente para os gânglios da axila ou em outros órgãos.
Mas, a prevenção ainda é o melhor remédio. A doença pode ser curada se descoberta ainda cedo. A realização da mamografia de rastreamento e as visitas regulares ao ginecologista são as melhores formas de garantir o diagnóstico precoce. Quem já tem casos de câncer de mama na família pode começar a se precaver mais cedo. No autoexame, a paciente deve buscar nódulos ou caroços na região dos seios e na axila. Inchaço, endurecimento, coceira, vermelhidão e sensação de calor nas mamas são outros sintomas que devem ser observados com atenção.
O grupo de risco com mais chances de desenvolver câncer de mama são as pacientes entre 40 e 70 anos, principalmente quem teve casos na família. Reduzir a bebida alcoólica, combater a obesidade e ter uma rotina de vida saudável ajuda a prevenir a doença. A maior chance de cura é por meio do diagnóstico precoce. Um tumor diagnosticado no estágio 0 ou 1 chega a ter mais 90% de chance de cura. Já um câncer de mama no estágio 3 ou 4 tem de 30 a 40% de chance de cura total. “Mesmo cânceres em estágios mais avançados podem responder bem ao tratamento, podendo ser operados e retirados completamente, por isso, é importante conversar com seu médico e sempre buscar novas formas de lidar com a doença”, sinaliza Dra. Elis Nogueira é ginecologista e obstetra.
Há alguns sinais e sintomas que ajudam a identificar esta
doença. Eles são:
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Nódulo único endurecido.
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Irritação ou abaulamento de uma parte da mama.
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Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo).
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Inchaço da pele.
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Vermelhidão) na pele.
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Inversão do mamilo.
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Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas.
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Sensação de nódulo aumentado na axila.
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Espessamento ou retração da pele ou do mamilo.
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Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos.
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Inchaço do braço.
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Dor na mama ou mamilo.
“Caso você perceba algum deles, procure seu médico
imediatamente. Não deixe de cuidar da sua vida, não deixe para amanhã, pois
todo dia é importante e crucial para a cura do câncer de mama”, finaliza a Dra.
Elis Nogueira.
Dra. Elis Nogueira - Ginecologista e obstetra, concluiu a graduação de medicina na Universidade de Mogi das Cruzes em 1999. Especializou- se em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo em 2004 e obteve o título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira – Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia , posteriormente obteve o título em Advanced Life Support in Obstetrics, especializou- se também, em Ginecologia Endócrina, contracepção e planejamento familiar , enfantopuberal, climatério, e patologia cervical. Atualmente é referência em parto normal , obstetrícia de alto risco e infertilidade ; cirurgia ginecológica, inserção de DIU de cobre e prata, SIU, tratamento do HPV e trombofilias. É membro de entidades médicas reconhecidas como a SOGESP - Associação de obstetrícia e ginecologia do Estado de São Paulo) APM (Associação Paulista de Medicina ) e FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia). Faz parte do corpo clínico dos hospitais: São Luis, Albert Einstein, Sírio Libanês, Oswaldo Cruz, Pro Matre, Santa Joana, Samaritano e Santa Maria.
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