As cirurgias plásticas ligadas ao seio, para aumento ou redução, estão entre os procedimentos mais realizados no país, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Números que mostram a importância da mama para a autoestima das mulheres. Entre as cirurgias reparadoras, a reconstrução mamária também se destaca no ranking. É o quinto tipo de cirurgia reparadora mais realizada no Brasil, segundo o último censo.
De acordo com o levantamento mais recente da
SBCP, o número de cirurgias para reconstrução mamária cresceu 6%. A
reconstrução da mama, após a mastectomia, é parte fundamental do tratamento do
câncer de mama, segundo tipo mais comum entre as mulheres. “Quando a paciente
passa pelo trauma da retirada do seio, ou de parte da mama, o tratamento não
termina com a remoção do tumor. A cirurgia de reconstrução mamária faz parte do
tratamento, é um direito previsto em lei e tem um forte impacto na recuperação
das mulheres”, explica o médico Samir Eberlin, cirurgião plástico e membro especialista
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
De acordo com o cirurgião, estudos
mostram que as mulheres com seio reconstruído têm menos chance de voltar a
desenvolver a doença porque o câncer também está relacionado ao equilíbrio
emocional.
A reconstrução das mamas pode ser
realizada com utilização de próteses de mama, expansores de tecido ou tecido da
própria paciente retirado de outras partes do corpo. Dependendo das
condições da paciente, a cirurgia reparadora pode ser realizada logo após a
retirada do tumor.
O especialista lembra, porém, que
apesar de ser um direito garantido em lei, muitas pacientes que dependem do SUS
nem sempre conseguem fazer a reconstrução da mama logo após a mastectomia e
ficam anos na fila aguardando para fazer a cirurgia reparadora.
OUTUBRO ROSA
O câncer de mama é o segundo tipo mais comum
entre as mulheres e representa em torno de 25% de todos os cânceres que afetam
o sexo feminino. Para conscientizar sobre a importância de realizar exames
preventivos, o Outubro Rosa promove ações em todas as regiões do país. São
iniciativas que reúnem voluntários, médicos e pacientes, de diversas
especialidades, para informar sobre a doença, prevenção e tratamento. Os
principais sinais e sintomas do câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente
endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de
laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de
um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo
dos braços (axilas). Não há uma causa única para o câncer de mama.
Diversos agentes estão relacionados ao
desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, fatores
relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de
mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e
exposição à radiação ionizante.
Quanto antes diagnosticado, mais chances o
paciente possui de alcançar a cura. Um tumor mamário detectado no início tem
90% de chances de cura, sem perda da mama. Por isso é muito importante se
prevenir e realizar exames regularmente. A prevenção também envolve uma
alimentação saudável e prática de atividade física.
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