Compras de mercado
e despesas domésticas fixas, como água, luz e gás, são maiores responsáveis por
encarecimento
Para 60% dos brasileiros, os gastos com alimentos,
produtos e serviços para si e suas famílias aumentaram desde o início da
pandemia do novo coronavírus. Este é o resultado da pesquisa Ipsos
Essentials: Cost of Living Amid Covid-19, realizada pela Ipsos com
18 mil entrevistados – sendo 1.000 do Brasil – de 26 países. Enquanto seis em
cada 10 notaram uma alta no custo de vida, 15% disseram que os gastos
diminuíram e 25% não sentiram diferença alguma nas contas no fim do mês.
O impacto da Covid-19 para a população brasileira é
muito similar à média global. Considerando o total de participantes do estudo,
60% relataram aumento nos gastos, 12% perceberam uma diminuição e 29% disseram
que os custos são os mesmos de antes da pandemia.
O que pesa no bolso do
consumidor?
Na percepção dos entrevistados brasileiros ouvidos
pelo levantamento, as compras de mercado – alimentação e produtos de limpeza –
são as que mais alavancaram a alta nos custos durante a pandemia: 65% disseram
ter tido gastos maiores nesses itens. Para 29%, permaneceram iguais e, para
apenas 6%, os gastos diminuíram.
Os custos fixos, como serviços de água, energia e
gás, também estão entre os que mais cresceram, na opinião dos participantes do
Brasil. Para 46%, houve aumento nessas contas, 45% disseram estar iguais e 9%
tiveram diminuição nos gastos. Já o valor dispendido em impostos ficou maior
para 33%, enquanto 7% relataram queda nos custos e 60% não notaram diferença.
Em contrapartida, outras despesas ficaram menos custosas.
É o caso dos gastos com transporte que, para 35% dos brasileiros, estão
menores. Se mantêm os mesmos para 42% e aumentaram para 23%. Diminuíram também,
para 34% dos entrevistados, os custos com roupas, sapatos e acessórios. Já 20%
disseram que estão gastando mais e 46% não perceberam nenhuma mudança no bolso.
O estudo on-line foi realizado com 18.000
entrevistados com idades de 16 a 74 anos em 26 países, entre os dias 22 de maio
de 05 de junho de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,1 p.p..
Ipsos
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