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Os
números da doença no país respondem por 33% de todos os diagnósticos de
cânceres e a exposição excessiva e sem proteção ao sol é a principal causa
Os cuidados com o
sol devem ser tomados o ano inteiro, porém, com a chegada do verão, as pessoas
ficam mais vulneráveis às radiações pois a frequência da exposição em piscinas,
praias e lagos é maior. Os números de câncer de pele no Brasil são alarmantes.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer
(INCA), a doença responde por 33% de todos os diagnósticos de cânceres no país.
A instituição registra a cada ano cerca de 180 mil novos casos, ou seja, um em
cada quatro novos casos de cânceres no Brasil é de pele.
Para alertar a
população sobre a doença e as formas de se prevenir, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
promove, desde 2014, o Dezembro Laranja. O mês tem o intuito de conscientizar a
população sobre a prevenção do câncer de pele desde a infância, bem como,
alertar sobre os sinais para diagnóstico e tratamento precoces,
aumentando, assim, as chances de cura na grande maioria dos casos.
De acordo com a
dermatologista cooperada à Unimed
Blumenau, Dra. Renata Fronza Beber, a prevenção é o melhor remédio. “A pele
é o maior órgão do corpo humano e, portanto, devemos estar atentos. A doença
pode apresentar diversos tipos, sendo o mais comum, o câncer da pele não
melanoma (carcinoma). Possuem letalidade baixa, porém, seus números
são muito altos, sendo quase 90% dos casos, provocando cerca de 1.900 óbitos a
cada ano no país”, informa.
Tipos
de cânceres de pele
A especialista
informa que o câncer de pele caracteriza-se por uma proliferação celular
anormal e descontrolada, que apresenta diferentes variações: carcinoma
basocelular – que acomete as células da camada mais profunda da epiderme;
carcinoma espinocelular – que se manifesta nas camadas mais superiores da pele;
e melanoma – que tem origem nas células produtoras de melanina.
“É importante
estar atento a sintomas como uma lesão na pele de aparência elevada e
brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com
crosta central e que sangra facilmente; uma pinta preta ou castanha que muda
sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; uma mancha
ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira,
crostas, erosões ou sangramento”, informa Dra. Renata.
Prevenção
é o melhor remédio
Como a incidência
dos raios ultravioletas está cada vez mais intensa em todo o planeta, as
pessoas de todos os tipos de colorações de pele devem estar atentas e se protegerem
quando expostas ao sol. “Os grupos de maior risco são as pessoas de pele clara,
com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que
possuem antecedentes familiares com histórico de câncer de pele, queimaduras solares,
incapacidade para se bronzear e muitas pintas também devem ter atenção e
cuidados redobrados”, comenta a dermatologista.
A melhor
estratégia para prevenir os danos da radiação ultravioleta (UV) é evitar a
exposição excessiva ao sol e proteger a pele, ou seja, abusar do protetor
solar. “Os filtros solares são produtos capazes de prevenir os males provocados
pela exposição solar, como o envelhecimento precoce e a queimadura solar, além
do câncer de pele”, informa.
Recomendações
básicas
A Sociedade
Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com regularidade,
consultando um dermatologista em caso de suspeita. Também é importante que se
examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões que
não é possível reconhecer sozinho.
As recomendações
básicas da SBD incluem:
- Ao se expor ao sol, é importante a proteção mesmo em dias frios e nublados e manter-se hidratado;
- Cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças;
- Utilizar chapéus de abas largas, óculos de sol com proteção UV;
- Evitar a exposição solar e permanecer na sombra nos horários de maior incidência solar, ou seja, das 9h às 15h;
- Na praia ou em piscina e lagos, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material;
- Usar filtros solares diariamente e não somente em horários de lazer ou de diversão;
- Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar 30, no mínimo;
- Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre;
- Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
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