Quando o desconforto é frequente,
encher o organismo de medicamentos não resolve o problema e ainda pode levar a
efeitos colaterais
Ninguém está livre de sentir esse tipo de dor de vez em quando.
Aí, um analgésico é uma boa opção para proporcionar o alívio. Mas, quando os
episódios acontecem com regularidade, podem ser provocados pela cefaleia
tensional, mal que acomete entre 28% a 74% dos brasileiros com duração que pode
variar entre meia hora e muitos anos. Seus sintomas são uma pressão leve a
moderada localizada na testa ou na região próxima ao pescoço ou mesmo em toda a
cabeça, que costuma vir acompanhada por desconforto na nuca, nos ombros e nas
costas, que são resultado da contração muscular característica de quem
apresenta esse tipo de quadro. Outro possível motivo para o mal é o bruxismo de
vigília, que atinge cerca de 80% da população do país e é caracterizado pelo
hábito de tensionar a mandíbula de forma inconsciente durante o dia. Nesses
casos, engolir um comprimido não é a melhor opção. “Os remédios apenas cortam o
impulso da dor e não agem sobre a causa”, explica o cirurgião dentista
Alain Haggiag, diretor clínico da LIVA. “Além disso, nos casos de bruxismo de
vigília, muitas vezes o sistema nervoso central é sensibilizado e acaba
entendendo diversos estímulos como se fossem sinais de dor”, acrescenta.
Para reverter esses quadros, Haggiag desenvolveu o DIVA, sigla
para dispositivo interoclusal de vigília, um aparelho que deve ser colocado
entre os dentes para evitar a contração dos músculos localizados na lateral da
cabeça e na mandíbula. Além de ajudar na reeducação do indivíduo, que passa a
perceber quando as contrações estão acontecendo fora de hora e evita que elas
prossigam, o dispositivo leva a um novo ajuste do envio dos sinais dolorosos
para o cérebro, diminuindo a sensibilização à dor. Assim, o problema é tratado
de maneira verde, ou seja, natural, sem o uso de medicamentos, que podem
mascarar uma doença, levar ao chamado efeito rebote, quando o organismo se
acostuma com a droga e, por isso ela não faz mais o mesmo efeito, e desencadear
efeitos colaterais, como irritação estomacal e problemas no fígado. E, pelo que
tudo indica, os impactos benéficos desse tratamento vão além do esperado.
“Minha experiência clínica tem mostrado que os pacientes que fazem uso dele
estão apresentando melhoras também em outros tipos de dores, mesmo em partes do
corpo que estão longe da boca, provavelmente por causa da relação do DIVA com o
sistema nervoso, e agora vamos começar um estudo para confirmar essa
informação”, conta o especialista.
10 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE BRUXISMO
Diferente de ranger os dentes durante a noite, o bruxismo
de vigília é caracterizado pelo habito de apertar ou encostar sutilmente os
dentes ou até tensionar a mandibular de forma inconsciente durante a vigília
(período acordado)
Muitas
vezes o bruxismo de vigília é confundido com o bruxismo do sono, pois apresenta
alguns sintomas parecidos, como dor de cabeça, pescoço e maxilar, dor na ATM e
até zumbido. Mas, o que muita gente não sabe, é que este tipo de mal pode ser
diretamente associado á ansiedade e estresse.
Já percebeu que
tem esse hábito? Calma! Você não está sozinho, cerca de 80% brasileiros sofrem
com este problema. Abaixo, O Dr. Alain Haggiag, cirurgião dentista e diretor
clínico da LIVA, listou as 10 coisas que você precisa saber sobre o
bruxismo e vigília, e como contorná-lo para viver melhor:
- Uma das características mais importantes do
bruxismo de vigília é que este comportamento é quase sempre inconsciente;
o paciente não percebe que está apertando os dentes ou contraindo a
musculatura da face e da cabeça.
- Normalmente a pessoa permanece por períodos longos
apertando ou encostando os dentes, principalmente em momentos de tensão,
estresse ou até mesmo quando está concentrada lendo um livro, estudando,
usando o computador ou assistindo TV.
- O bruxismo em vigília pode aparecer como efeito
colateral de algumas medicações, sobretudo medicações utilizadas no
tratamento da ansiedade; ou em usuário de drogas como a cocaína, por
exemplo. Pacientes que sofrem de alterações neurológicas (paralisia
cerebral, Parkinson) podem apresentar também um bruxismo secundário.
- Ao forçar o movimento de apertar e encostar os
dentes, a articulação recebe uma carga maior do que pode suportar. Daí
podem surgir dores na ATM, estalidos ao abrir a boca e dificuldade em
mastigar.
- O bruxismo do sono está cada vez mais “em baixa” e
perdendo o seu posto de “grande vilão” para o Bruxismo de vigília, porem
pela sua característica de rangimento de alta intensidade e baixa
frequência, pode levar a desgaste e até fraturas das estruturas dentárias
mas dificilmente provocará, sozinho, dores na cabeça e na face. As
pesquisas mais recentes mostram que o bruxismo de vigília, sendo de baixa
intensidade e de alta frequência está se tornando num dos grandes fatores
de risco para os distúrbios orofaciais, além de causar sérias
complicações.
- Muitas pessoas podem demorar anos para ter um
diagnóstico preciso de bruxismo de vigília. Por isso é muito importante
relatar ao seu dentista se sofre de dor na região das têmporas e da face e
também sobre hábitos que parecem não ter relação, como roer unhas, mascar
chicletes e morder canetas e é claro, se mantém os dentes encostados
durante o dia.
- Observações clínicas sugerem que, no mesmo
indivíduo, o tempo “encostando” os dentes durante o dia é
consideravelmente maior que o tempo rangendo os dentes durante o sono.
- A distância ideal entre os incisivos maxilares e
mandibulares, na posição vertical varia normalmente de 1 a 4 milímetros. É
uma posição em que os músculos elevadores e depressores da mandíbula estão
em repouso. Nesta posição as dores musculares, cefaleia e tensão tendem a
diminuir.
- Este contato dos dentes de forma não funcional leva
a um aumento da atividade muscular, provocando hipertonia e consequente
mialgia, um dos principais fatores de Dor Orofacial.
- Em relação ao controle do bruxismo de vigília, a
técnica LIVA, utilizando a placa DIVA é o novo conceito de biofeedback, e
mostra a grande eficácia na reversão destes hábitos parafuncionais
apontados cada vez mais como grande fator de risco na gênese e manutenção
das dores crônicas orofaciais.
Se você tem bruxismo noturno, o seu dentista poderá sugerir a utilização de uma placa de relaxamento muscular e de proteção dental. Em relação ao bruxismo de vigília, se estiver associado á Cefaleias tensionas, distúrbios da ATM e zumbidos, a intervenção clínica é de extrema importância.
O Dr. Alain Haggiag, cirurgião dentista, diretor clínico da LIVA indica um tratamento que compreende terapia cognitiva comportamental (com técnicas de reversão de hábitos), terapias físicas (fisioterapia, termoterapia,) e as técnicas de biofeedback, cada vez mais eficientes. “Após longos e frutíferos anos de pesquisas, iniciadas na Universidade de Paris em 2004 e complementadas na Faculdade de Odontologia da USP e no Hospital das Clinicas da Faculdade de medicina da USP, desenvolvi um tratamento absolutamente inovador para o controle destes distúrbios. É um tratamento reversível, não invasivo, que não requer o uso de nenhuma substância química e que, por consequência, não apresenta praticamente nenhuma contra indicação”, acrescenta o Dr. Haggiag.
LIVA
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