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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Vira e mexe você precisa tomar um remédio para dor de cabeça? Então, é hora de pensar em outras formas de se livrar do incômodo


Quando o desconforto é frequente, encher o organismo de medicamentos não resolve o problema e ainda pode levar a efeitos colaterais


Ninguém está livre de sentir esse tipo de dor de vez em quando. Aí, um analgésico é uma boa opção para proporcionar o alívio. Mas, quando os episódios acontecem com regularidade, podem ser provocados pela cefaleia tensional, mal que acomete entre 28% a 74% dos brasileiros com duração que pode variar entre meia hora e muitos anos. Seus sintomas são uma pressão leve a moderada localizada na testa ou na região próxima ao pescoço ou mesmo em toda a cabeça, que costuma vir acompanhada por desconforto na nuca, nos ombros e nas costas, que são resultado da contração muscular característica de quem apresenta esse tipo de quadro. Outro possível motivo para o mal é o bruxismo de vigília, que atinge cerca de 80% da população do país e é caracterizado pelo hábito de tensionar a mandíbula de forma inconsciente durante o dia. Nesses casos, engolir um comprimido não é a melhor opção. “Os remédios apenas cortam o impulso da dor e não agem sobre a causa”, explica o cirurgião dentista Alain Haggiag, diretor clínico da LIVA. “Além disso, nos casos de bruxismo de vigília, muitas vezes o sistema nervoso central é sensibilizado e acaba entendendo diversos estímulos como se fossem sinais de dor”, acrescenta.
Para reverter esses quadros, Haggiag desenvolveu o DIVA, sigla para dispositivo interoclusal de vigília, um aparelho que deve ser colocado entre os dentes para evitar a contração dos músculos localizados na lateral da cabeça e na mandíbula. Além de ajudar na reeducação do indivíduo, que passa a perceber quando as contrações estão acontecendo fora de hora e evita que elas prossigam, o dispositivo leva a um novo ajuste do envio dos sinais dolorosos para o cérebro, diminuindo a sensibilização à dor. Assim, o problema é tratado de maneira verde, ou seja, natural, sem o uso de medicamentos, que podem mascarar uma doença, levar ao chamado efeito rebote, quando o organismo se acostuma com a droga e, por isso ela não faz mais o mesmo efeito, e desencadear efeitos colaterais, como irritação estomacal e problemas no fígado. E, pelo que tudo indica, os impactos benéficos desse tratamento vão além do esperado. “Minha experiência clínica tem mostrado que os pacientes que fazem uso dele estão apresentando melhoras também em outros tipos de dores, mesmo em partes do corpo que estão longe da boca, provavelmente por causa da relação do DIVA com o sistema nervoso, e agora vamos começar um estudo para confirmar essa informação”, conta o especialista.


10 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE BRUXISMO

Diferente de ranger os dentes durante a noite, o bruxismo de vigília é caracterizado pelo habito de apertar ou encostar sutilmente os dentes ou até tensionar a mandibular de forma inconsciente durante a vigília (período acordado)
 
Muitas vezes o bruxismo de vigília é confundido com o bruxismo do sono, pois apresenta alguns sintomas parecidos, como dor de cabeça, pescoço e maxilar, dor na ATM e até zumbido. Mas, o que muita gente não sabe, é que este tipo de mal pode ser diretamente associado á ansiedade e estresse.

Já percebeu que tem esse hábito? Calma! Você não está sozinho, cerca de 80% brasileiros sofrem com este problema. Abaixo, O Dr. Alain Haggiag, cirurgião dentista e diretor clínico da LIVA, listou as 10 coisas que você precisa saber sobre o bruxismo e vigília, e como contorná-lo para viver melhor:

  1. Uma das características mais importantes do bruxismo de vigília é que este comportamento é quase sempre inconsciente; o paciente não percebe que está apertando os dentes ou contraindo a musculatura da face e da cabeça.
  2. Normalmente a pessoa permanece por períodos longos apertando ou encostando os dentes, principalmente em momentos de tensão, estresse ou até mesmo quando está concentrada lendo um livro, estudando, usando o computador ou assistindo TV.
  3. O bruxismo em vigília pode aparecer como efeito colateral de algumas medicações, sobretudo medicações utilizadas no tratamento da ansiedade; ou em usuário de drogas como a cocaína, por exemplo. Pacientes que sofrem de alterações neurológicas (paralisia cerebral, Parkinson) podem apresentar também um bruxismo secundário.
  4. Ao forçar o movimento de apertar e encostar os dentes, a articulação recebe uma carga maior do que pode suportar. Daí podem surgir dores na ATM, estalidos ao abrir a boca e dificuldade em mastigar.
  5. O bruxismo do sono está cada vez mais “em baixa” e perdendo o seu posto de “grande vilão” para o Bruxismo de vigília, porem pela sua característica de rangimento de alta intensidade e baixa frequência, pode levar a desgaste e até fraturas das estruturas dentárias mas dificilmente provocará, sozinho, dores na cabeça e na face. As pesquisas mais recentes mostram que o bruxismo de vigília, sendo de baixa intensidade e de alta frequência está se tornando num dos grandes fatores de risco para os distúrbios orofaciais, além de causar sérias complicações.
  6. Muitas pessoas podem demorar anos para ter um diagnóstico preciso de bruxismo de vigília. Por isso é muito importante relatar ao seu dentista se sofre de dor na região das têmporas e da face e também sobre hábitos que parecem não ter relação, como roer unhas, mascar chicletes e morder canetas e é claro, se mantém os dentes encostados durante o dia.
  7. Observações clínicas sugerem que, no mesmo indivíduo, o tempo “encostando” os dentes durante o dia é consideravelmente maior que o tempo rangendo os dentes durante o sono.
  8. A distância ideal entre os incisivos maxilares e mandibulares, na posição vertical varia normalmente de 1 a 4 milímetros. É uma posição em que os músculos elevadores e depressores da mandíbula estão em repouso. Nesta posição as dores musculares, cefaleia e tensão tendem a diminuir.
  9. Este contato dos dentes de forma não funcional leva a um aumento da atividade muscular, provocando hipertonia e consequente mialgia, um dos principais fatores de Dor Orofacial.
  10. Em relação ao controle do bruxismo de vigília, a técnica LIVA, utilizando a placa DIVA é o novo conceito de biofeedback, e mostra a grande eficácia na reversão destes hábitos parafuncionais apontados cada vez mais como grande fator de risco na gênese e manutenção das dores crônicas orofaciais.

Se você tem bruxismo noturno, o seu dentista poderá sugerir a utilização de uma placa de relaxamento muscular e de proteção dental. Em relação ao bruxismo de vigília, se estiver associado á Cefaleias tensionas, distúrbios da ATM e zumbidos, a intervenção clínica é de extrema importância.

O Dr. Alain Haggiag, cirurgião dentista, diretor clínico da LIVA indica um tratamento que compreende terapia cognitiva comportamental (com técnicas de reversão de hábitos), terapias físicas (fisioterapia, termoterapia,) e as técnicas de biofeedback, cada vez mais eficientes. “Após longos e frutíferos anos de pesquisas, iniciadas na Universidade de Paris em 2004 e complementadas na Faculdade de Odontologia da USP e no Hospital das Clinicas da Faculdade de medicina da USP, desenvolvi um tratamento absolutamente inovador para o controle destes distúrbios. É um tratamento reversível, não invasivo, que não requer o uso de nenhuma substância química e que, por consequência, não apresenta praticamente nenhuma contra indicação”, acrescenta o Dr. Haggiag.

LIVA

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