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Consumidor deve estar atento aos ingredientes e
índices descritos nas embalagens
Tudo o que contém em um alimento está descrito em sua embalagem, desde
os ingredientes as calorias e validade. Na hora de adquirir um produto, o
consumidor não deve apenas pesquisar o preço, mas também avaliar todos os seus
componentes.
A psicóloga e especialista em emagrecimento, Aline Del Rio, explica
que hoje cresceu muito a procura por alimentos mais saudáveis. Nos
supermercados, nas prateleiras, há uma gama de produtos light e diet. Contudo
Aline pontua que eles não são, necessariamente, voltados à redução de peso.
“Assim, nem tudo é tão saudável. Tudo o que está escrito diet indica
que aquele alimento não usa apenas um ingrediente, que pode ser açúcar,
gordura, glúten. Os diets geralmente são indicados para pessoas que precisam
restringir um item. Por exemplo, diabéticos não podem consumir açúcar, por isso
o diet é indicado. Porém isso não significa que ela estará privada de outros
itens presentes naquele produto”, pondera.
Aline comenta, ainda, que os alimentos light têm de apresentar uma
redução de, no mínimo, 25% do valor de algum componente. “Esse índice pode
estar relacionado a calorias, açúcar e colesterol. Mas temos de considerar que,
às vezes, para manter o sabor e a textura, o produto rotulado como light pode
reduzir alguma coisa, no entanto aumentar outra. Um exemplo é diminuir o índice
de gordura e acrescer o sódio.”
Outro ponto que pode surgir nas embalagens é a descrição “Rico em
fibras”. Muitas vezes, elas podem ser sintéticas, e não a natural. “Ou seja,
não temos a garantia de que esse nutriente que foi adicionado irá produzir no organismo
a função de um nutriente natural.”
O grande risco também é a pessoa olhar na embalagem uma descrição e
acreditar que tudo é saudável e que não é necessário fazer restrições. Na hora
de escolher um alimento, Aline orienta ver a lista com as informações
nutricionais, com suas quantidades de carboidrato, proteína, minerais e,
principalmente, a linha em que são citados os ingredientes. “Ali, quanto menos
ingredientes descritos, mais saudável é o produto. O primeiro item é que tem em
maior quantidade”, afirma, chamando a atenção para a data de vencimento. Quanto
menor ela é, mais saudável é o produto. Se um alimento dura muito tempo, com
certeza, muito conservante está nele.”
Nem todos os alimentos são indicados para todas as pessoas. Por isso é
fundamental um acompanhamento profissional. Na embalagem do pão integral, por
exemplo, pode-se dizer que é integral, contudo na lista dos ingredientes pode
conter mais farinha branca do que integral. “Sabemos que a farinha branca tem
um alto índice de glicêmico. Sempre temos de observar se o pão integral tem
mais de 3 gramas de fibra.”
Outro alimento muito comum é a tapioca, que está até mesmo tomando o
lugar dos pães na hora do café. “Temos de nos atentar que a tapioca é feita da
fécula de mandioca, que é um amido. Assim, ela pode dar picos de insulina no
sangue, tornando-se prejudicial. Embora ela tenha um índice glicêmico mais
alto, é menor que o do pão francês. O que pode melhorar, diminuindo o índice
glicêmico da tapioca, seria acrescentar uma farinha integral, grãos e alguma
proteína, como queijo minas”, aconselha.
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