De acordo com a pesquisa
inédita da Serasa Experian, realizada em março deste ano, 75% dos brasileiros
desconhecem ou conhecem muito pouco sobre a Lei de Proteção de Dados –
marco jurídico-regulatório que entrará em vigor no país em agosto de 2020 e que
passará a estabelecer princípios, direitos e deveres a serem considerados no tratamento
de dados pessoais de consumidores e usuários de serviços. O indicador nacional
segue na contramão do apurado na pesquisa conduzida pela Experian, no Reino
Unido no ano passado, que revelou que seis em cada 10 pessoas afirmaram estar
totalmente ou parcialmente cientes sobre a General Data Protection Regulation
(GDPR), legislação similar adotada pela União Europeia desde maio de 2018.
Além da baixa percepção em
relação à Lei, a maior parte dos entrevistados (62%) declara nunca ter tido
problemas com o vazamento de seus dados pessoais e 13% apontaram problemas com
dados indevidamente expostos, por conta de sites hackeados ou quando foram
vítimas de fraude. Entre os participantes da pesquisa britânica, os percentuais
correspondentes ficaram em 49,6% e em 7,4%, respectivamente.
“É fundamental que as empresas
concentrem esforços para assegurar a proteção e a qualidade dos dados de seus
consumidores. Isso também envolve a missão de contribuir para ampliar o
conhecimento do cliente sobre o embasamento legal que a Lei vai agregar a essa
gestão e como esse tipo de informação pode ser aplicado em prol da evolução do
relacionamento e do atendimento”, afirma o presidente da Serasa Experian, José
Luiz Rossi.
Segurança
em compartilhar dados nas lojas físicas é maior do que no universo online
Embora não se sintam seguros no
mundo digital, os brasileiros afirmaram que acabam fornecendo informações – o que
ocorre com mais frequência no preenchimento de cadastros em sites ou durante
operações de compras online. No contato com lojas físicas, a sensação de
segurança é maior quando há a necessidade de compartilhar dados.
Ainda segundo o levantamento da
Serasa Experian, a faixa etária é o fator que mais influencia a predisposição
do consumidor em disponibilizar ou não suas informações. Quanto maior a idade
(50 anos ou mais), maior é o cuidado com a internet:
Já os brasileiros mais jovens
(18 a 29 anos) ouvidos demonstraram ser menos cautelosos tanto nas interações
digitais quanto presenciais:
Confiabilidade
da marca influencia decisão de fornecer informações
Entre os aspectos elencados
pela pesquisa da Serasa Experian como os mais avaliados pelos consumidores na
hora de compartilhar seus dados pessoais, a confiabilidade de sites ou marcas
obteve o maior total de menções dos brasileiros (63%) como o principal respaldo
a essa decisão. Para os participantes que responderam ao levantamento da
Experian no Reino Unido, esse mesmo referencial predominou com 57,5% das
respostas.
Para seis em cada 10 dos
entrevistados no Brasil (59%), a popularidade e o vínculo prévio com as marcas
são atributos avaliados como mais relevantes do que as indicações feitas por
amigos e familiares, para orientar a intenção de abrir informações pessoais
para empresas. O indicador nacional é o dobro da média apurada pelo
levantamento entre os britânicos (30%).
“Ao considerar a reputação das
empresas como o fator que confere mais segurança à sua decisão de compartilhar
dados pessoais, o consumidor brasileiro revela também como a adequação das
empresas à Lei, em termos de transparência e conformidade de processos, poderá
potencializar estratégias de construir negócios mais assertivos e orientados
pelos históricos de consumo de seus clientes”, diz Vanessa
Metodologia
A pesquisa realizada pela Serasa
Experian entrevistou 1.564 consumidores de todo o Brasil no mês de março de
2019. A metodologia aplicou, por meio de painel online nacional, um
questionário com perguntas fechadas a um público composto por 53% de mulheres e
47% de homens, nas regiões Sudeste, Nordeste, Sul e Centro-Oeste/Norte. A
segmentação dos participantes por idade contemplou as faixas etárias e
distribuição por renda.
Serasa Experian
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