Automedicação,
armazenamento errado e vencimento estão entre os problemas
É muito comum ir na casa de qualquer brasileiro e encontrar aquela
tradicional “farmacinha” cheia de medicamentos para dores de cabeça, corpo ou
estomacal. Este hábito, que parece tão inofensivo, pode esconder riscos à saúde
que vão desde os perigos da automedicação, armazenamento incorreto e até o
agravamento da doença, conforme enumera a farmacêutica da Poupafarma Ana
Cláudia R. Hadid.
Medicamentos isentos de prescrição para dor, febre e inflamações, por
exemplo, são os mais comuns nas residências e também os maiores causadores de
intoxicação, alerta a profissional. “O uso excessivo de medicamentos podem resultar
em reações alérgicas. Além disso, o armazenamento das ‘farmacinhas’ no banheiro
ou em cima da geladeira, por exemplo, não garante a integridade e estabilidade
dos medicamentos, pois nesses locais eles ficam sujeitos à umidade e ao calor”,
orientou.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que mais de 10% das
internações hospitalares são causadas por reações adversas a remédios, e o
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) afirma que
essas drogas ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de
intoxicação.
Ana Cláudia alerta que qualquer tratamento pressupõe um diagnóstico
feito por um médico e uma interferência no tratamento pode acarretar problemas
sérios, desde interação medicamentosa até agravamento de doenças
pré-existentes, como diabetes, problemas renais, cardíacos e hepáticos.
Outro alerta da especialista é para o armazenamento adequado de cada
medicamento, dentro das embalagens originais, acompanhados de suas respectivas
bulas. É preciso ficar muito atendo às datas de validade e quando expirar o
período indicado para uso a orientação é entregá-los diretamente em farmácias e
drogarias mais próxima do bairro, como no caso da Poupafarma, que em algumas
unidades disponibiliza uma caixa coletora para medicamentos vencidos e/ou em
desuso.
“Jamais descarte medicamentos no sanitário ou no lixo comum. Os
medicamentos têm substâncias que podem contaminar o solo e a água e trazer
riscos à população e ao meio ambiente”, alerta.
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