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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Quais são as reais necessidades vitamínicas das grávidas? Homens também precisam tomar vitaminas para boa espermatogênese? Estudos mostram constantes mudanças nas prescrições


 Ajustes na prescrição, conforme novos estudos científicos, ajudam da ovulação e espermatogênese ao desenvolvimento do feto, bem como na saúde da mãe. Vitaminas D, C e E, metilfolato, ômega 3 e polivitamínico são fundamentais para uma boa gestação
Dra.  Mariana Rosario, ginecologista
, obstetra e mastologista



A gestação é o período em que o bebê literalmente suga as vitaminas que o corpo da mãe produz. O organismo privilegia a saúde da criança em formação, então, é necessário que exista uma suplementação vitamínica para que não haja a depleção do organismo materno. O assunto, seríssimo, não pode ser relegado pelas gestantes, porque a falta de nutrientes pode ser prejudicial para o desenvolvimento fetal e a saúde materna. “É preciso que se entenda que a gravidez tem momentos distintos e eles precisam de energia e vitaminas diferentes. Por isso, o acompanhamento médico e nutricional é fundamental”, alerta a Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp) e do corpo clínico do hospital Albert Einstein e pesquisadora da Faculdade de Medicina do ABC.

Dra. Mariana lembra o termo inglês “one year pregnancy”, que determina um ano de gravidez justamente pelo tempo necessário para o corpo se preparar para a concepção. “Aqui, falamos do corpo feminino e masculino, porque quando ministramos o metilfolato e as vitaminas C e E nos pais, três meses antes da concepção, aumentamos a espermatogênese e a concepção se dá de maneira mais rápida e eficiente”, explica a médica, informando que, após a concepção, as vitaminas dos homens podem ser suspensas, enquanto as mães continuam com o pré-natal.


A suplementação na concepção e no pré-natal


Dra. Mariana Rosario explica que, três meses antes de engravidar, a mulher precisa iniciar a ingestão do metilfolato, uma vitamina da família das vitaminas B, versão metabolizada do ácido fólico, importantíssima para a formação do sistema nervoso do feto. “Como o sistema nervoso do bebê começa a ser formado na segunda semana da gestação, a mãe precisa estar preparada, porque a deficiência de ácido fólico pode trazer problemas graves à criança, como a má formação do tubo neural”, alerta a especialista. O metilfolato é mantido em toda a gestação, em doses variáveis, conforme a necessidade da paciente. A vitamina é tão importante que também está relacionada à prevenção da trombofilia: quem tem deficiência de ácido fólico pode apresentar, inclusive, uma mutação na enzima MTHFR, que metaboliza essa vitamina e está ligada à trombose, risco proeminente na gestação. Conforme citado acima, o homem também ingere o metilfolato três meses antes da concepção, suspendendo essa suplementação após a gravidez ser confirmada.

Além dessa vitamina, nos três meses que antecedem a concepção é iniciada a suplementação de vitaminas C e E, antioxidantes, que atuam sobre a qualidade da ovulação – assim como atuaram na espermatogênese masculina, citada acima.

Após à concepção, durante toda a gestação, é adotado um polivitamínico específico para gestantes, com selênio, zinco, ferro e outros componentes necessários para a manutenção das principais vitaminas. Além dele, é preciso suplementar Vitamina D e Ômega 3. “Utilizo 600mg de Ômega 3 diariamente em minhas pacientes, bem como 7.000 UI de Vitamina D por dia. Esses valores são indicados pelas melhores referências mundiais e por novos estudos. É necessário atualizar as dosagens conforme os estudos conclusivos são publicados, já que a literatura nos mostra mudanças significativas nas necessidades das pacientes, que precisam ser repostas”, diz a médica.

Ela explica que o Ômega 3 está relacionado ao desenvolvimento do sistema nervoso do bebê, atuando no processo cognitivo. Além disso, reduz a chance de parto prematuro, bem como está relacionado a outras áreas secundárias, como a da visão, por exemplo. Já a Vitamina D atua na redução da pré-eclâmpsia, evita a trombofilia e reduz a chance de parto prematuro, entre outras importantes funções.



   
Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979. Especialista em Longevidade pela ABMAE – Associação Brasileira de Medicina Antienvelhecimento. É adepta a tratamentos menos invasivos, que privilegiem o conceito de Longevidade, sempre que possível.
  

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