Na última década os registros de ataques do
animal cresceram 460%
Os
casos de acidentes com escorpião cresceram cerca de 460% nos últimos 10 anos no
Estado de São Paulo, passando de 6.519 incidentes, em 2009, para mais de 30 mil
em 2018, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Diante destes números,
o Seconci-SP (Serviço Social da
Construção Civil) traz orientações de como eliminar os criadouros do animal e
os principais procedimentos a serem realizados em caso de picada.
A
assistente social do Seconci-SP, Flávia Lopes Augusto Sampaio, comenta que na
região Sudeste a espécie Tityus Serrulatus, popularmente conhecida como
escorpião-amarelo, é a mais comum. Com tamanho médio de sete centímetros de
comprimento quando adulto, o animal possui reprodução partenogenética (sem a
necessidade de um parceiro) e tem aproximadamente dois partos com, em média, 20
filhotes cada, por ano.
Flávia
explica que os escorpiões possuem hábitos noturnos e costumam ficar em locais
úmidos, quentes e escuros. “Na área urbana é muito comum encontrar estes
animais dentro de botas, sapatos e em locais com acúmulo de entulhos”, destaca.
As
baratas e pequenos insetos são os principais alimentos dos escorpiões. Por
isso, para evitar a proliferação do animal, é muito importante não acumular lixo
e entulhos nas obras. A assistente social também destaca que, como o escorpião
costuma procurar alimentos em áreas próximas de onde está instalado, é preciso
ficar atento a terrenos baldios que podem ser um criadouro.
“Se
a pessoa identificar um local próximo à sua residência que pode ser um
criadouro em potencial, basta acionar a prefeitura da cidade para que o
proprietário do terreno seja notificado e intimado a realizar a limpeza”,
recomenda.
Flávia
destaca que as reações mais comuns ao ataque do animal são dor, vermelhidão e
inchaço leve no local da picada, piloereção (pelos em pé) e sudorese (suor).
Estes sintomas podem variar de uma pessoa para outra, mas a recomendação é
lavar a região atingida com água e sabão, manter uma compressa morna no local
ferido e buscar atendimento médico imediato. Nunca deve ser colocado gelo no
ferimento ou tentar sugar o veneno.
O
tratamento é realizado por meio do soro antiescorpiônico. “A picada deste
tipo de animal pode levar uma pessoa a óbito em algumas situações, razão pela
qual é indispensável o atendimento especializado para acompanhamento dos
sintomas”, salienta a assistente social do Seconci-SP.
Prevenção
A
eliminação dos ambientes que facilitam a existência do animal é a principal
forma de combater a proliferação do escorpião. Por isso, manter a rotina de
retirar entulhos da obra e usar luvas e botas neste processo pode evitar
acidentes.
É
muito importante sempre verificar o interior dos sapatos antes de calçá-los e
evitar colocar as mãos em troncos de árvores e buracos no jardim. Em casa, é
recomendável manter a cama e os móveis separados da parede e colocar protetores
embaixo da porta.
Mais informações sobre as espécies de escorpiões
presentes no Brasil, tratamentos e formas de prevenção podem ser encontradas na
cartilha elaborada pelo Instituto Butantan, disponível no link: http://www.seconci-sp.org.br//midia/132059584089689778.pdf
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