Acumulado
de 2019 registra a criação de mais de 179 mil postos de trabalho com carteira
assinada
O mercado formal no Brasil
apresentou saldo negativo em março. Foram fechadas 43.196 vagas de emprego,
consequência de 1.261.177 admissões e 1.304.373 desligamentos. O resultado, no
entanto, não altera a tendência de retomada gradual da economia, já que no
acumulado do ano (janeiro a março) houve saldo positivo de 179.543
vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgados nesta quarta-feira (24) pela Secretaria de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia.
O resultado negativo deste
mês tem relação direta ao observado em fevereiro, quando houve saldo positivo
de 173.139 vagas, acima das expectativas. Os setores que normalmente admitiam
nesta época do ano anteciparam as contratações para fevereiro, e aqueles que
demitiam concentraram as demissões em março. O fato provocou tendências opostas
entre os meses.
No acumulado do bimestre
(fevereiro e março), o saldo de 129.943 empregos é superior ao
verificado em 2018, quando foram geradas 117.339 vagas formais. Também houve
crescimento nos últimos 12 meses, com a criação de 472.117 postos de trabalho,
um aumento de 1,24% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
No mês, houve perda
acentuada de vagas no Comércio (-28.803), seguido da Agropecuária (-9.545),
Construção Civil (-7.781), Indústria de Transformação (-3.080) e Serviços
Industriais de Utilidade Pública (-662). Três setores tiveram resultado
positivo em março: Serviços, Administração Pública e Extrativa Mineral. Nos
serviços, foram criados 4.572 empregos, impulsionados pelo subsetor de Ensino,
que abriu 11,7 mil vagas, e pelo de Transporte e Comunicações, que gerou 7,1
mil novos postos. A Administração Pública teve o segundo melhor resultado para
o mês, com a geração de 1.575 vagas, acompanhada pela Extrativista Mineral, que
abriu 528 vagas.
Desempenho regional – O
emprego foi positivo em oito estados: Minas Gerais (5.163 postos); Goiás
(2.712); Bahia (2.569); Rio Grande do Sul (2.439); Mato Grosso do Sul (526);
Amazonas (157); Roraima (76) e Amapá (48). Os maiores saldos negativos foram
registrados em Alagoas (-9.636 postos); São Paulo (-8.007), Rio de Janeiro
(-6.986); Pernambuco (-6.286) e Ceará (-4.638).
Entre as regiões, a maior
queda ocorreu no Nordeste, com o fechamento de 23.728 vagas de emprego formal.
No Sudeste, foram encerrados 10.673 postos; no Norte, 5.341; no Sul, 1.748; e
no Centro-Oeste, 1.706.
Modernização
Trabalhista - Pela modalidade de trabalho intermitente
foram gerados 6.041 empregos, envolvendo 2.216 estabelecimentos e 1.720
empresas contratantes. Esse resultado representa um aumento de 2.842 mil empregos
(88%) na comparação com março de 2018, quando o saldo foi de 3.199 mil empregos
intermitentes. Foram registradas ainda 7.085 admissões em regime de tempo
parcial e 4.956 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.129 postos de
trabalho. Ocorreram 18.777 desligamentos mediante acordo entre empregador e
empregado.
Ministério da Economia
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