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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Confira hábitos que ajudam a manter seu bem-estar


Cardiologista lista sete hábitos simples para ter um coração saudável. Por não manifestar sinais, as doenças cardíacas ainda são as que mais matam no mundo


De acordo com o Ministério da Saúde, 300 mil brasileiros sofrem infartos todos os anos e em 30% dos casos, o ataque cardíaco é fatal. Entre as doenças que mais matam estão o infarto agudo do miocárdio, morte súbita, doença vascular cerebral (AVC) e a doença vascular periférica. Ou seja, manter a saúde do coração em dia é fundamental para quem busca qualidade de vida.

O cardiologista Diego Garcia explica que grande parte das doenças que afetam o sistema cardiovascular não manifestam sintomas e que muitas pessoas só deixam para procurar um cardiologista quando já estão com um quadro grave. "Idade já não é mais um fator exclusivo para definir a saúde do coração, até os 30 anos a maior parte dos diagnósticos estão atrelados aos hábitos prejudiciais", explica.

Para esclarecer algumas formas que podem contribuir para a redução nos riscos de desenvolver algum tipo de doença cardiovascular, o cardiologista Diego Garcia lista os hábitos que podem fazer bem ao coração.


Atividade física para prevenir e recuperar

O ideal é reservar 150 minutos por semana e com frequência mínima de 2 a 3 vezes por semana para obter os benefícios do exercício físico. "Além de ajudar nas condições físicas, favorece na diminuição do colesterol ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL) no sangue, por exemplo", ressalta o Dr. Diego.
Antes de qualquer atividade, a principal recomendação é que tenha um acompanhamento médico para entender as limitações e os exercícios indicados. "Hoje já sabemos que os exercícios ajudam na prevenção de diversas doenças do coração e ainda contribui para a recuperação daqueles que têm algum problema", explica.


Alimentação equilibrada

A alimentação balanceada é um dos pilares para uma boa saúde. Uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos, oleaginosas, peixes e alimentos com um baixo teor de gordura e carboidrato é essencial para um bom desempenho físico. "Evitar alimentos industrializados e ricos em corantes são algumas práticas que ajudam a manter a alimentação mais saudável", comenta o especialista.


Fique longe do tabagismo

Segundo um estudo divulgado pela BMJ, fumantes têm 50% mais chances de desenvolver doenças cardíacas e 30% mais chances de sofrer um infarto. Além de promover o depósito de colesterol na parede das artérias e a oxidação do coração, essa situação favorece a formação de coágulos que podem promover um derrame cerebral. Para quem faz uso do cigarro, recomenda-se buscar auxilio com profissionais qualificados para abandonar o hábito. "Essa atitude pode melhorar a qualidade de vida do paciente e prevenir diversas doenças cardiovasculares, pulmonares e oncológicas", conta o Dr. Diego.


Maneire no álcool

O cardiologista Diego Garcia explica que o consumo exagerado de álcool pode aumentar o risco de arritmias e insuficiência cardíaca, mesmo em pessoas que não apresentam antecedente pessoal ou familiar de cardiopatia. "O álcool promove uma agressão direta sobre as células cardíacas, podendo comprometer o funcionamento do músculo e do sistema de condução do estímulo elétrico no coração", diz o especialista. Dentre os sintomas de alerta estão: palpitações, dores no peito, falta de ar e inchaço nas pernas.

Vale lembrar que apesar de existirem recomendações a respeito do consumo máximo de álcool recomendado, esse limite varia consideravelmente de acordo com a tolerância individual.


Sal com moderação

De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, atualmente 40% dos infartos e 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) estão associados a hipertensão. A doença pode ter influência do fator genético, mas evitar o sedentarismo e controlar o consumo de sódio na alimentação é fundamental para evitar o quadro.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o brasileiro consome em média 12 gramas de sal por dia mesmo sendo recomendada a ingestão de no máximo seis gramas. "É preciso também prestar atenção na ingestão de alimentos industrializados, pois eles são ricos em sódio e por isso o consumo acaba se tornando excessivo", explica o especialista.


Procure ficar longe do estresse

O corpo reage de forma imediata a situações inesperadas a partir de adaptações como é o caso do aumento da pressão arterial, frequência cardíaca e hormônios. "O estresse aumenta o tônus adrenérgico e eleva o risco de eventos cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico", frisa o Dr. Diego.


Vá ao cardiologista periodicamente 

Mesmo com a correria é preciso estar sempre em dia com as consultas e exames solicitados pelos médicos. O controle regular é a melhor maneira de verificar possíveis riscos. "É preciso que a população saiba que as doenças do coração são silenciosas, por isso o acompanhamento médico é fundamental para a prevenção, diminuindo o risco de complicações e aumentando a sobrevida", finaliza o Dr. Diego Garcia.





Dr. Diego Garcia - medico cardiologista com área de atuação em cardiologia geral, ecocardiografia, cardio-oncologia, medicina preventiva e medicina do estilo de vida.


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