Cardiologista lista sete hábitos simples para ter
um coração saudável. Por não manifestar sinais, as doenças cardíacas ainda são
as que mais matam no mundo
O cardiologista Diego Garcia explica que grande
parte das doenças que afetam o sistema cardiovascular não manifestam sintomas e
que muitas pessoas só deixam para procurar um cardiologista quando já estão com
um quadro grave. "Idade já não é mais um fator exclusivo para definir a
saúde do coração, até os 30 anos a maior parte dos diagnósticos estão atrelados
aos hábitos prejudiciais", explica.
Para esclarecer algumas formas que podem contribuir
para a redução nos riscos de desenvolver algum tipo de doença cardiovascular, o
cardiologista Diego Garcia lista os hábitos que podem fazer bem ao coração.
Atividade física para prevenir e recuperar
O ideal é reservar 150 minutos por semana e com
frequência mínima de 2 a 3 vezes por semana para obter os benefícios do
exercício físico. "Além de ajudar nas condições físicas, favorece na
diminuição do colesterol ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL) no sangue,
por exemplo", ressalta o Dr. Diego.
Antes de qualquer atividade, a principal
recomendação é que tenha um acompanhamento médico para entender as limitações e
os exercícios indicados. "Hoje já sabemos que os exercícios ajudam na
prevenção de diversas doenças do coração e ainda contribui para a recuperação
daqueles que têm algum problema", explica.
Alimentação equilibrada
A alimentação balanceada é um dos pilares para uma
boa saúde. Uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos, oleaginosas, peixes e
alimentos com um baixo teor de gordura e carboidrato é essencial para um bom
desempenho físico. "Evitar alimentos industrializados e ricos em corantes
são algumas práticas que ajudam a manter a alimentação mais saudável",
comenta o especialista.
Fique longe do tabagismo
Segundo um estudo divulgado pela BMJ, fumantes têm
50% mais chances de desenvolver doenças cardíacas e 30% mais chances de sofrer
um infarto. Além de promover o depósito de colesterol na parede das artérias e
a oxidação do coração, essa situação favorece a formação de coágulos que podem
promover um derrame cerebral. Para quem faz uso do cigarro, recomenda-se buscar
auxilio com profissionais qualificados para abandonar o hábito. "Essa
atitude pode melhorar a qualidade de vida do paciente e prevenir diversas
doenças cardiovasculares, pulmonares e oncológicas", conta o Dr. Diego.
Maneire no álcool
O cardiologista Diego Garcia explica que o consumo
exagerado de álcool pode aumentar o risco de arritmias e insuficiência
cardíaca, mesmo em pessoas que não apresentam antecedente pessoal ou familiar
de cardiopatia. "O álcool promove uma agressão direta sobre as células
cardíacas, podendo comprometer o funcionamento do músculo e do sistema de
condução do estímulo elétrico no coração", diz o especialista. Dentre os
sintomas de alerta estão: palpitações, dores no peito, falta de ar e inchaço
nas pernas.
Vale lembrar que apesar de existirem recomendações
a respeito do consumo máximo de álcool recomendado, esse limite varia
consideravelmente de acordo com a tolerância individual.
Sal com moderação
De acordo com a Sociedade Brasileira de
Hipertensão, atualmente 40% dos infartos e 80% dos acidentes vasculares cerebrais
(AVC) estão associados a hipertensão. A doença pode ter influência do fator
genético, mas evitar o sedentarismo e controlar o consumo de sódio na
alimentação é fundamental para evitar o quadro.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, o brasileiro consome em média 12 gramas de sal por dia mesmo sendo
recomendada a ingestão de no máximo seis gramas. "É preciso também prestar
atenção na ingestão de alimentos industrializados, pois eles são ricos em sódio
e por isso o consumo acaba se tornando excessivo", explica o especialista.
Procure ficar longe do estresse
O corpo reage de forma imediata a situações
inesperadas a partir de adaptações como é o caso do aumento da pressão
arterial, frequência cardíaca e hormônios. "O estresse aumenta o tônus
adrenérgico e eleva o risco de eventos cardiovasculares, como o infarto agudo
do miocárdio e acidente vascular encefálico", frisa o Dr. Diego.
Vá ao cardiologista periodicamente
Mesmo com a correria é preciso estar sempre em dia
com as consultas e exames solicitados pelos médicos. O controle regular é a
melhor maneira de verificar possíveis riscos. "É preciso que a população
saiba que as doenças do coração são silenciosas, por isso o acompanhamento
médico é fundamental para a prevenção, diminuindo o risco de complicações e
aumentando a sobrevida", finaliza o Dr. Diego Garcia.
Dr. Diego Garcia - medico cardiologista com área de
atuação em cardiologia geral, ecocardiografia, cardio-oncologia, medicina
preventiva e medicina do estilo de vida.
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