Em
2018, o Brasil registrou mais de mil casos de doença meningocócica3
Pedro
Pimenta, sobrevivente da meningococcemia, dá voz à conscientização
Na
próxima quarta-feira, dia 24 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Combate à
Meningite. Neste grupo de doenças, destacam-se no Brasil as meningites bacterianas
e, dentre elas, a doença meningocócica, que leva cerca de 20% dos pacientes a
óbito, geralmente, dentro de 24 a 48 horas após o início dos sintomas.4,12
“A prevenção contra a meningite meningocócica é possível
e importante. É preciso explicar que existem diferentes tipos de doença
meningocócica e que a imunização é uma das melhores formas de proteção”, conta Dr. Jessé Alves (CRM-SP 71991),
infectologista e gerente médico de vacinas da GSK.
Para
conscientizar sobre a meningite, Pedro Pimenta, um jovem sobrevivente da doença
meningocócica, se tornou embaixador e, junto com a GSK, levará informação sobre
a doença.
Sobre
Pedro Pimenta – sobrevivente da doença meningocócica
Pedro
era esportista e tinha uma rotina de alimentação saudável. No ano que contraiu
a doença meningocócica, estava fazendo cursinho pré-vestibular, ia para a
academia, para as baladas nos fins de semana, ou seja, tinha uma vida social
movimentada de um jovem de 18 anos. Estava dormindo muito pouco e, de acordo
com Pedro Pimenta, isso baixou sua imunidade. Naquele ano, ele teve duas
infecções na garganta que foram tratadas com antibióticos e uma mononucleose.
E, no dia 11 de setembro, acabou contraindo a meningococcemia.
A
doença evoluiu muito rápido e com gravidade extrema. Quando deu entrada no
hospital, segundo Pedro, ele tinha menos de 1% de chance de sobreviver. A
bactéria se espalhou rapidamente pela corrente sanguínea, levando a necrose de
seus membros superiores e inferiores, e a necessidade da amputação dos dois
braços acima dos cotovelos e das duas pernas acima dos joelhos. Pedro ficou
quase seis meses internado. Superando todos esses desafios, Pedro, hoje com 28
anos, é 100% independente, mora sozinho nos EUA, dirige seu carro e viaja o
mundo fazendo palestras.
“Jovem, aos 18 anos, a gente se acha invencível. Eu era o
mais saudável da turma e aconteceu isso. É uma coisa que a gente não espera e
que pode acometer qualquer pessoa. Essa doença evolui muito rápido, é
gravíssima e altamente letal. Ou seja, é um milagre estar vivo. Mas ninguém
precisa passar pelo o que eu passei. É muito importante que as pessoas se
conscientizem, se vacinem e se protejam”, conta Pedro.
Doença Meningocócica
A
Doença Meningocócica é causada pela bactéria Neisseria
meningitidis, que possui 13 sorogrupos identificados, sendo que
cinco deles são os mais comuns (A, B, C, W e Y).2,4,5 Uma das formas
de manifestação da doença é a meningite meningocócica, que é uma infecção das
membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Uma outra forma mais
grave é quando a bactéria atinge a corrente sanguínea, chamada de
meningococcemia.2,4,5 Se não for tratada, a meningite meningocócica
é fatal em 50% dos casos e pode resultar em dano cerebral, perda auditiva ou
incapacidade em 10% a 20% dos sobreviventes.4
Dados
do Ministério da Saúde mostram que, em 2018, foram registradas 1.060
ocorrências no Brasil, sendo que as regiões Sudeste (566 casos) e Sul (210
casos) apresentaram os maiores números de casos notificados.3
Considerada uma doença endêmica no Brasil, com casos esperados ao longo de todo
o ano1, a meningite meningocócica é uma infecção bacteriana grave,
que pode causar sequelas e até mesmo levar a óbito.2,4 A vacinação é
uma das melhores formas de prevenção contra a doença.1,2
Transmissão
O
meningococo, bactéria que causa a meningite meningocócica, pode ser transmitido
de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas ou secreções
respiratórias, através de tosse, espirro e beijo, por exemplo.4 Até
23% dos adolescentes e adultos jovens podem ter a bactéria na orofaringe
(“garganta”) e podem transmiti-la mesmo sem adoecer – são chamados de
portadores assintomáticos.11,15
Sintomas
Os
sinais e sintomas iniciais da meningite meningocócica — incluindo febre,
irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito6 —
podem ser confundidos com outras doenças infecciosas.5,6
Na
sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas violáceas (arroxeadas)
na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz.5,6 Se não for
rapidamente tratado, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão,
sepse e choque, falência múltipla de órgãos e risco de óbito.5,6
Essa
rápida evolução e início abrupto, pode levar a óbito em menos de 24 a 48 horas.5
Por isso, é tão importante a prevenção da doença.1,2
Prevenção
A vacinação é uma das melhores formas
de prevenção contra a doença.1,2 Outras formas que podem ajudar na
prevenção incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e
limpos.1
Atualmente, existem vacinas para a
prevenção dos 5 sorogrupos mais comuns no Brasil, as vacinas contra a meningite
meningocócica causada pelo tipo B e as vacinas contra os tipos A, C, W e Y.1,3,7,8
A vacina contra os tipos A, C, W e Y, por exemplo, é recomendada nos
calendários das sociedades médicas a partir dos 3 meses de idade, bem como para
jovens e adultos (dependendo da situação epidemiológica).7,8,14 As
vacinas para a prevenção da meningite meningocócica causada pelo tipo B têm
indicações de idade diferentes, porém abrangendo a faixa etária dos 2 meses aos
50 anos de idade, também recomendada pelas sociedades médicas.7,8,9,13
Nos postos de saúde, a vacina contra a
doença causada pelo meningococo C é disponibilizada para crianças menores de 5
anos de idade e adolescentes de 11 a 14 anos.7,10
Importante ressaltar que a meningite
meningocócica não é uma doença só de criança e até 23% dos adolescentes e
adultos são portadores da bactéria, podendo transmití-la para outras pessoas
através da saliva e partículas respiratórias, sem necessariamente desenvolver a
doença.4,5,11,15
É importante lembrar que a vacinação é
um recurso importante para a prevenção, não só da meningite meningocócica, mas
de outras doenças infecciosas também em crianças, adolescentes e adultos.1,10,14
GSK
Material dirigido ao público em geral.
Por favor, consulte o seu médico.
Referências:
- PORTAL
DA SAÚDE. Meningite: o que é, tem cura, pode matar, sorogrupos, causas,
sintomas, transmissão, tratamento, diagnóstico e prevenção. 2019.
Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites>.
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- SOCIEDADE
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Acesso em: 18 abr. 2019.
- Pesquisa
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NOTIFICAÇÃO" para Linha, "SOROGRUPO" para Coluna,
"CASOS CONFIRMADOS" para Conteúdo, "2018" para
Períodos Disponíveis, "MM", "MCC" e "MM+MCC"
para Etiologia, e "TODAS AS CATEGORIAS" para os demais itens.
Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/meninbr.def>.
Acesso em: 28 mar. 2019.
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- Pesquisa
realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “ANO 1°
SINTOMA" para Linha, “EVOLUÇÃO" para Coluna, "CASOS
CONFIRMADOS" para Conteúdo, “2018" para Períodos Disponíveis,
"MM", "MCC" e "MM+MCC" para Etiologia, e
"TODAS AS CATEGORIAS" para os demais itens. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/meninbr.def>.
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