A crise levou o Brasil a um dos
maiores índices de desemprego de sua história e, com a intenção de buscar uma
saída, muitos partiram para a abertura de novos negócios. A Serasa Experian fez
um estudo especial para mostrar a evolução do nascimento de Microempreendedores
Individuais (MEIs) desde 2015 e os resultados mostraram que a atividade cresceu
38% considerando o primeiro semestre de 2018 em comparação ao mesmo período de
2015. O levantamento mostra o surgimento de 1.033.017 de MEIs no acumulado de
janeiro a junho deste ano, enquanto no mesmo período de 2015 foram 748.371.
Muitos desses ex-desempregados, hoje,
são lojas virtuais. Eles, assim como lojas físicas já estabelecidas, decidiram
também atuar por meio da internet a aproveitar a onda. Como a Black Friday, que
acontece no dia 23 e que certamente terá no e-commerce muito do seu movimento.
De certo modo, esse universo do e-commerce experimenta grande crescimento e
compõe muito do se convencionou chamar de transformação digital. Antes de ingressar
numa atividade nesse formato, contudo, é preciso ficar atento às questões de
segurança. Uma loja virtual precisa transmitir ao seu público a confiança de
que a exposição dos dados não corre risco de vazamento.
Vender pela internet, de fato, pode ser
algo bastante cômodo e que exige menos investimentos que um ponto físico, mas
tornar o e-commerce um negócio operacional, funcional e seguro exige muito de
agilidade e inovação. É preciso lembrar que as pessoas hoje buscam ganhar
tempo, comodidade, não querem pegar filas, buscar vagas em estacionamentos,
enfrentar o trânsito. Querem, porém, ter a certeza de que podem ver imagens
fidedignas do produto, que os prazos de entrega serão cumpridos, assim como os
de eventual devolução. Querem também que seus dados de cadastro sejam incluídos
da forma mais simples e que estejam seguros e livres do ataque de hackers.
Muitas vezes esses dados são captados e os golpes em termos de compras se dão
apenas no momento seguinte e, muitas vezes, até em lojas físicas.
No
sentido de facilitar a vida das pessoas em geral, em agosto a Serasa Experian
lançou o Identific, que possibilita o login usando a identificação dos usuários
(consumidores ou empresas) no ambiente digital por meio dos certificados
digitais. E, o que é melhor, a ferramenta é totalmente gratuita para os dois
lados e torna as operações mais seguras. Vale lembrar que os
cybercriminosos fazem ataques de phishing, através do envio de emails, SMS e se
valem de réplicas de sites de lojas conhecidas, tudo para enganar as pessoas e
captar dados pessoais, informações do cartão de crédito e senhas, que podem
inclusive serem usadas num momento seguinte.
Essas tentativas de fraudes de identidade acontecem tanto
no ambiente online quanto off-line. Mapeamento da internet feito pela BigData
Corp a nosso pedido em junho deste ano apontou que 40,10% dos sites do País não
estão seguros, o que representa um total de 7,2 milhões de endereços. Estes
sites não possuem o certificado de segurança (SSL – Secure Socket Layer), que
promovem uma conexão segura utilizando a criptografia entre o servidor e os
dados trafegados, o que evita o roubo de dados durante a transação.
Maurício Balassiano - diretor de
Certificação Digital da Serasa Experian
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