Estudo realizado pela SBVC revela que 48% desse consumidor utiliza smartphones para suas compras online
Segundo
estimativas do IBGE, nos próximos 20 anos a população acima de 60 anos, mais
que triplicará, chegando a 88,9 milhões de brasileiros (39,2% da população). Ou
seja, o Brasil está no momento de proporcionar mudanças e novas oportunidades
de negócios em muitos segmentos, pois a população está envelhecendo em uma
velocidade muito rápida, o que trará um grande impacto sobre os sistemas de
saúde e outros, com elevação de custos e do uso dos serviços.
Pensando
neste futuro cenário, a SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo em
parceria com a AGP Pesquisas atualizou a pesquisa feita em 2017, com
informações sobre os atuais hábitos de compra da população com idade superior a
60 anos. “Realizamos este estudo para analisar os fatores que levam este
público a consumir, que aspectos eles mais prezam em suas compras e a presença
do varejo digital entre essa população. Além disso, avaliamos a experiência de
compra e os aspectos mais valorizados no consumo de produtos e serviços”,
comenta Eduardo Terra, Presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.
O
estudo da SBVC contou com 510 entrevistados numa pesquisa 83,3% dos 60+
afirmaram que eles mesmos são o elemento responsável pelo controle das finanças
e decisões de compra em sua residência. Na média da população entrevistada, o
item mais importante no orçamento mensal são os gastos com mantimentos (R$
666), seguidos por Moradia (R$ 591) e Saúde (R$ 395), que obtiveram queda em
relação ao ano passado, R$892, R$805 e R$758 respectivamente. É importante
ressaltar que o consumo se dá em uma ampla variedade de canais: 47% dos
entrevistados costumam ir semanalmente a redes de hipermercados ou
supermercados, 55% ao mercado local e 59% às lojas de hortifrúti. Apenas 31%
costumam ir toda semana à feira livre (sendo que 21% afirmam nunca frequentar
esse canal). Percebe-se que o consumidor com mais de 60 anos, ao mesmo tempo em
que utiliza super e hipermercados, tradicionais e de vizinhança, em seu mix de
consumo, também vai aos hortifrútis para o abastecimento de itens perecíveis.
Sobre
a experiência no ponto de venda dos supermercados, em 2017 os consumidores não
a consideravam tão positiva, porém para este ano houve alteração, 32%
consideram a experiência “muito boa”, versus 12% do ano anterior. Shopping
centers não fazem parte do rol de escolhas e farmácias é considerado canal de
reposição, 46% visita mensalmente.
Lojas
cheias, filas, falta de atendimento são aspectos que atrapalham bastante a
experiência de compra, pois dificultam o deslocamento pelo PDV e a finalização
bem-sucedida da compra. “Assim como na 1ª pesquisa, o que mais nos chamou a
atenção é o fato de que itens relacionados exclusivamente à experiência de
consumidores 60+, como a disponibilidade de áreas de descanso, elevadores,
escadas rolantes, são muito menos relevantes para a satisfação dos clientes do
que itens que também são importantes para clientes de outras faixas etárias,
como caixa sem filas”, ressalta Eduardo Terra.
Metodologia
O estudo entrevistou 510 consumidores
em todo o país, e teve como objetivo quantificar aspectos relacionados aos
hábitos de compra da população acima de 60 anos, com especial interesse na
comparação entre lojas físicas e online.
Sociedade
Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC)
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