Brasil possui médicos ativos com CRM em
quantidade suficiente para atender demandas da população
O
Brasil possui médicos ativos, com registro nos Conselhos Regionais de Medicina
(CRMs), em número absoluto suficiente para atender às necessidades da população
e, inclusive, para ocupar vagas abertas no Programa Mais Médicos (PMM). Em
cinco anos, o total desses profissionais cresceu 21,03%. A conclusão é de
análise feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a partir de suas bases
cadastrais, no período compreendido entre 2013 e 2018.
Na
avaliação do CFM, se comparado com as estimativas do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), fica evidente que o percentual de crescimento
da população médica foi 5,4 vezes maior do que o de crescimento da população em
geral, nesse intervalo de tempo, que ficou em 3,7%. Nos últimos cinco anos, o
País ganhou mais 7.462.186 habitantes, passando de 201.032.714 (em 2013) para
208.494.900 (em 2018).
Com
o aumento registrado na população médica, também subiu a razão de médico por
grupo de mil habitantes no Brasil, que passou de 1,93 (2013) para 2,24 (2018).
Essa variação aproximou o indicador nacional de países como Coréia do Sul
(2,2), México (2,3), Japão (2,4) e Polônia (2,5).
O
aumento significativo da população médica aconteceu nos 26 estados e no
Distrito Federal, o que mostra que essa oferta tem crescido mesmo nas áreas
mais distantes, apesar de persistir uma tendência de concentração nos estados e
regiões mais desenvolvidos, em especial no Sul e no Sudeste, bem como na faixa
litorânea.
Atualmente,
o Brasil conta com 466.135 médicos ativos, segundo números de outubro passado.
Entre 2013 e 2018, um total de 98.006 médicos se inscreveram nos Conselhos
Regionais de Medicina. Proporcionalmente, os maiores aumentos foram registrados
nos seguintes estados: Rondônia (48,41%), Tocantins (46,85%), Piauí (37,35%),
Paraíba (34,08%) e Amazonas (30,87%). Os menores percentuais de aumento foram
registrados em: Distrito Federal (14,88%), São Paulo (15,47%), Rio de Janeiro
(17,15%), Rio Grande do Sul (17,66%) e Alagoas (19,62%). CONFIRA TODOS OS
ESTADOS NA TABELA ABAIXO:
Mesmo
descontando-se dos novos inscritos o número de médicos que se tornaram inativos
no período (por óbito, cancelamento de registro, etc.), o aumento efetivo da
população médica continua alto, ficando em 77.716 profissionais. Sob esse
prisma, os estados onde foi registrado maior aumento proporcional de médicos
foram: Tocantins (38,7%), Mato Grosso (36,5%), Maranhão (33,6%), Piauí (33,3%)
e Amapá (32,3%). Por sua vez, os estados com menor crescimento foram: Rio de
Janeiro (8,9%), Rio Grande do Sul (14,8%), Alagoas (17,9%), São Paulo (19,6%) e
Amazonas (20%).
No
Tocantins (estado com maior aumento efetivo proporcional), a população médica
apresentou índice de crescimento 7,4 vezes maior que o da população geral.
No Rio de Janeiro (estado com menor aumento), o percentual de evolução da
população médica foi quase o dobro do que o da população em geral.
Diante
dessa evolução, o Conselho Federal de Medicina destaca que há no Brasil médicos
regularmente inscritos em número superior à necessidade apresentada pelo
Programa Mais Médicos. No entanto, na avaliação da autarquia há que considerar
a urgência de fortalecimento da Atenção Básica, em especial nos municípios mais
carentes, dotando-os de infraestrutura, insumos, medicamentos, equipes
multiprofissionais em saúde e acesso a rede de referência para encaminhar casos
mais graves, pois são questões primordiais para que o trabalho médico e,
consequentemente, o atendimento à população se deem de modo ético dentro de com
padrões técnicos adequados.
Conselho
Federal de Medicina
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