Especialista
faz alerta sobre os efeitos devastadores da insônia no metabolismo
As tão almejadas oito horas de sono diárias,
recomendadas pelos médicos como fundamentais para a saúde de qualquer pessoa,
infelizmente são uma utopia para pelo menos 40% dos brasileiros que sofrem com
insônia, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A
maior preocupação dos especialistas neste caso é que de acordo com pesquisas
recentes existe uma relação entre a falta de tempo de sono e o surgimento
de doenças metabólicas como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão, alteração
no colesterol e triglicerídeos, doenças cardiovasculares e até depressão.
“A alteração no padrão de sono pode levar a uma
série de transformações hormonais, metabólicas, neurológicas e
psicológicas. Isso porque, durante o sono nosso corpo libera freneticamente
diversos hormônios, que são responsáveis por regular o metabolismo, a fim
de que não haja excesso ou déficit de nutrientes no nosso organismo”, explica a
endocrinologista e metabologista da Clinica Soulleve, Dra. Cassandra Lopes.
Para investigar mais a fundo a origem da insônia,
pesquisadores da Universidade da Califórnia começaram a avaliar as variações
genéticas de distúrbios do sono e constataram que a falta de sono tem uma
base hereditária e os genes ligados à insônia , também estão ligados
ao consumo de álcool, por exemplo. A maioria das amostras coletadas também
apresentaram relação forte entre a falta de sono e o aumento dos depósitos de
açúcar no sangue.
“A falta de sono tem efeitos debilitantes em todo
o organismo. Assim, quanto pior a qualidade do sono, mais nosso cérebro vai
entender que precisa trabalhar para concertar o que
ficou desequilibrado, o que levará diretamente a ansiedade, podendo
causar depressão, a baixa na concentração, aumento de apetite e maior
disponibilidade de açúcar no sangue”, afirma Cassandra.
Para reverter esse quadro, a metabologista
explica que é preciso primeiro melhorar o padrão de sono e depois partir para o
controle das doenças que resultaram da insônia. “O uso de hormônios em forma
sintética como a melatonina, responsável pela regulação de diversas funções
metabólicas, pode ser uma alternativa para o controle do relógio biológico. Mas
é sempre fundamental que a pessoa procure ajuda de um especialista para iniciar
o tratamento, que levará ao melhor resultado para cada caso específico”,
conclui a endocrinologista.
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