Insônia, isolamento, depressão e
irritação são alguns dos sintomas de que algo não vai nada bem para os
dependentes da vida virtual
Um dos maiores
problemas “encobertos” de saúde mental da atualidade é o excesso de tempo gasto
por crianças e adolescentes frente aos celulares e tablets, em contato, muitas
vezes, com supostos amigos e diversões de redes sociais. Ocorre que o hábito
pode vir a tornar-se uma adicção, ocupando muito tempo livre e comprometendo a
vida escolar, familiar e social desse público mais jovem.
Mas e os pais e
responsáveis pelos menores? Familiares e genitores, pressionados pelos
afazeres, pela profissão e pela pressa do dia-a-dia tendem a ignorar o
comportamento dos filhos. E não é raro que rotinas assim desencadeiem sintomas
como isolamento, insônia, agressividade, apatia, depressão, entre outros.
O mergulho na cultura tecnológica e o
excesso de informações, de forma contínua, podem ter um preço. A alta exposição
às tecnologias virtuais tem potencial de levar a alterações neuroquímicas e à
perda de massa cerebral, assim como à dificuldade de concentração em ações
simples como ler um livro ou conversar com alguém.
Conhecido como ‘cérebro
de pipoca’, o distúrbio é nada menos que o analfabetismo emocional – a
dificuldade de uma pessoa em ‘ler’ expressões faciais, emoções, e mesmo
diferenciar manifestações na voz, olhar ou postura de alguém. Essa situação
aumenta a vulnerabilidade de crianças e adolescentes ao trauma psicológico.
Profissionais de saúde, educadores e
pesquisadores têm se dedicado a estudar o fenômeno. Um deles é o psicólogo
clínico e neurocientista Julio Peres, que defende o uso da psicoterapia para
orientar jovens e núcleos familiares, promover o reequilíbrio da qualidade de
vida e atividades que favorecem expressões neurofisiológicas saudáveis.
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