No
próximo fim de semana, o Ministério da Educação (MEC) vai recorrer à biometria
para fazer o reconhecimento individual dos inscritos no ENEM (Exame Nacional
do Ensino Médio) – fundamental para que todos os alunos tenham as mesmas
oportunidades na hora de realizar as provas. O MEC não divulga se o
cadastramento das impressões digitais será realizado no primeiro ou no segundo
dia (ou em ambos). O objetivo é que os participantes sejam surpreendidos e não
possam enviar outra pessoa para fazer a prova em seu lugar. Cerca de oito
milhões de jovens devem passar por essa experiência – sendo que 2,2 milhões de
alunos estão no último ano do Ensino Médio e dependem desse exame para
ingressar numa das 500 universidades que utilizam o resultado do ENEM como
critério de seleção.
Na
opinião de Phil Scarfo, especialista em biometria e vice-presidente
global de vendas e marketing da HID Biometrics, a autenticação da
‘impressão digital’ tem o mais alto valor de uso no nosso dia a dia, já que se
trata de um atributo físico inviolável, que não pode ser alterado por
criminosos. “Num futuro próximo, não vamos precisar de bolsa nem carteira,
apenas dos nossos dedos para fazer uma série de atividades, incluindo as
acadêmicas. Por isso, é uma grande ideia usar a impressão digital para
autenticar pessoas que estão participando de um grande processo de seleção.
Quando os leitores de impressão digital de alta qualidade e segurança estiverem
disponíveis nos smartphones, meios de transporte, locais de trabalho, caixas
eletrônicos, escolas, hospitais, academias de ginástica etc., tudo o que
fizermos terá um nível de segurança imensamente maior do que hoje”.
O
especialista destaca ainda que a maioria dos documentos expedidos atualmente
conta com registros de impressão digital: documento de identidade (RG),
passaporte, título de eleitor, carteira de motorista etc. “O Brasil está
fazendo um enorme banco de dados de impressões digitais, o que permitirá em
breve cruzar informações que serão muito úteis para agilizar processos e
aumentar a segurança dos cidadãos. A possibilidade de saber ‘quem’ está fazendo
‘o quê’ evita um número enorme de fraudes e ações mal-intencionadas. Além
disso, finalmente as pessoas começam a aposentar as senhas alfanuméricas usadas
nos últimos 60 anos”.
No
âmbito acadêmico, Scarfo diz que o uso de autenticação de impressão digital não
é importante somente no controle de acesso dos estudantes às escolas e
universidades, mas em tantas outras situações em que é fundamental haver maior
supervisão. “Há áreas, dentro de uma instituição acadêmica, com entrada
permitida apenas a professores, pesquisadores ou colaboradores. Outras, em que
são armazenadas substâncias mantidas sob rígido controle. Há também
departamentos com bens de alto valor – como computadores de última geração, equipamentos
audiovisuais, telescópios etc. A implantação de um sistema biométrico para
aumentar o controle de acesso a esses ambientes gera impacto positivo inclusive
na área administrativa de modo geral, já que se restringe a possibilidade de
mau uso, danos e furtos”.
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