O Dia Nacional de Vacinação, que tem por objetivo conscientizar a
população sobre a importância da prevenção de doenças, muitas vezes fatais, é
celebrado em 17 de outubro. Levar as crianças às unidades de saúde, durante as
campanhas de imunização do Governo Federal se tornou uma ação rotineira graças
a esforços conjuntos dos órgãos competentes. Entretanto, um dos principais desafios
no Brasil é convencer adolescentes e adultos de todas as idades sobre a
importância da vacinação depois da infância. Grande parte da população ainda
pensa que as vacinas são apenas para as crianças.
A vacinação é igualmente importante em todas as faixas etárias e,
por isso, segue um calendário que contempla infância, adolescência, adultos,
idosos, e, para as mulheres, a gestação. O Programa Nacional de Imunizações¹
(PNI), iniciativa que se tornou referência mundial, busca facilitar o acesso da
população às vacinas, além de preconizar e estimular a imunização dos adultos.
“Atualmente, há adultos e idosos que não foram contemplados pelo
Programa de Nacional de Imunizações, criado em 1973. Estas pessoas estão mais
vulneráveis a enfermidades. O mesmo ocorre com aqueles que se vacinaram apenas
na infância, pois a imunidade adquirida com as doses recebidas diminui com o
passar dos anos, enquanto o indivíduo ainda acredita estar totalmente
protegido. Para os que não estão com a carteirinha de vacinação em dia, há
ainda o risco de transmitir doenças para outros a seu redor, como bebês e
crianças não vacinadas”, pondera a Dra. Carolina Ponzi, médica infectologista
da Unimed Chapecó, pertencente ao Sistema Unimed. Ainda segundo a especialista,
com a falta de vacinação, doenças já erradicadas, como sarampo e poliomielite,
podem voltar a circular pelo país.
O Calendário Nacional de Vacinação está disponível no site
do Ministério da Saúde para consulta e
orientação, mas podemos destacar alguns exemplos de imunização para adultos.
·
Vacina contra gripe: pode ser aplicada desde os seis
meses de idade e o recomendado é que as pessoas a recebam uma vez por ano
devido às mutações do vírus;
·
Imunização contra o tétano: deve ser reforçada a cada
década, ou após cinco anos quando da ocorrência de ferimentos de risco para a
doença;
·
Vacina contra o HPV: para meninas e meninos a partir
dos nove anos de idade, para proteção contra o câncer de colo uterino, câncer
de orofaringe, pênis, reto e ânus;
·
Indicação da vacina contra o Herpes-zóster: para
aqueles acima dos 50 anos;
· Vacinação
pneumocócica sequencial: para as pessoas acima de
50 anos ou com fatores de risco, visando a proteção contra meningite
bacteriana, otite, sinusite e pneumonia.
Na opinião da infectologista Carolina Ponzi, a baixa procura dos adultos por imunização talvez se explique por desconhecimento e falta de informação. “Às vezes, pela pequena quantidade de casos de determinadas doenças, as pessoas esquecem que devem se proteger contra elas. Por exemplo, quando tivemos o surto de Gripe A, em 2009, a procura por imunização para a influenza em 2010 aumentou absurdamente. Já em 2014 e 2015, essa mesma procura caiu muito”, explica a especialista.
Cadê a minha carteirinha?
Para atualizar a
sua carteirinha de vacinação, basta procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou
uma clínica privada de imunizações mais próxima a sua residência. Agendar uma
consulta com um médico infectologista para obter as recomendações necessárias
também é uma opção. Caso você não tenha mais esse documento, não se preocupe:
“a única vacina que não deve ser aplicada com um intervalo menor do que dez
anos é a da febre amarela. Para as outras imunizações, os profissionais
habilitados irão fornecer as informações necessárias para atualização do
calendário vacinal”, recomenda a Dra. Carolina.
Referências
1.
Ministério da Saúde. SI-PNI - Sistema de Informação do Programa Nacional de
Imunizações. Disponível em < http://pni.datasus.gov.br/apresentacao.asp>. Último acesso em 10 de outubro de 2016.
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