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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Aprovação de Michel Temer sobe e atinge 30%, mostra pesquisa Ipsos



Levantamento mostra ainda alto desconhecimento a reformas; a da previdência é desconhecida por 49% dos brasileiros

A aprovação do presidente Michel Temer alcançou 30% em setembro, elevação de nove pontos percentuais ante agosto, segundo pesquisa Pulso Brasil, monitoramento da Ipsos realizado entre 6 e 16 de setembro em 72 cidades brasileiras com 1.200 entrevistas presenciais. Já a porção dos que desaprovam Temer retraiu oito pontos percentuais e ficou em 60% em setembro, a menor taxa em 12 meses.

Em setembro de 2015, Temer tinha 55% de desaprovação. Desde então, sua avaliação negativa ficou sempre acima dos 60%, atingindo o ápice de desaprovação em junho deste ano, quando 70% dos entrevistados afirmaram desaprovar o presidente. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.


“Todos os indicadores de avaliação referentes ao presidente Michel Temer e ao seu governo estão em patamares muito negativos, mas, de um modo geral, apresentaram pequenas melhoras em setembro. Isso pode ser reflexo do término do processo de impeachment, que põe fim a um período de grande instabilidade política e social, e às primeiras percepções positivas sobre a melhora da economia no médio prazo”, analisa Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil.

A avaliação do governo federal variou pouco em setembro ante agosto. A porção dos que avaliam a gestão como ótima ou boa se manteve estável em 8%, mesmo nível de agosto, assim como se manteve inalterada a porção dos que avaliam o governo como regular (31%). Já o índice dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo retraiu quatro pontos percentuais ante agosto e fechou setembro em 45%. A taxa dos que não responderam ou não souberam opinar ficou em 16% ante 12% no mês anterior.  


Reformas
A Ipsos também sondou o nível de conhecimento e a favorabilidade dos brasileiros à possibilidade de reformas dos sistemas previdenciário e trabalhista. A pesquisa revela que quase metade dos entrevistados (49%) não ouviu falar de propostas para reformar a previdência e 59% dos pesquisados desconhecem mudanças para o setor trabalhista.

Sobre o nível de favorabilidade a possíveis mudanças, quatro em cada dez entrevistados (41%) se disseram a favor de que haja mudanças no sistema previdenciário e 43% se mostraram favoráveis a alterações trabalhistas. As outras possibilidades de mudanças sondadas pela Ipsos na pesquisa foram reforma política (56% a favor), reforma da educação (52% a favor), em programas sociais (46%) e reforma tributária (41%).

Apesar de favorabilidade a mudanças nos setores mencionados acima, metade dos entrevistados (51%) acredita que Temer está despreparado para reestruturar quatro áreas centrais: a da previdência, a política, a trabalhista e a tributária. Em contrapartida, 23% dos pesquisados aprovam a atuação do novo governo para reformar as quatro áreas e 22% acreditam que o governo está preparado para conduzir as mudanças.

Para 11% dos entrevistados, ainda é muito cedo para opinar se Temer está preparado e, para 7% dos pesquisados, Temer não está nem preparado nem despreparado. Outros 10% não souberam responder ou não opinaram. Já o índice dos que não souberam ou não quiseram responder se aprovam ou não é bem maior, com 27% dos indecisos quanto à atuação do novo governo até aqui.     
  
“Há meses nossa análise tem ressaltado a alta rejeição da população em relação a partidos e a políticos, o que se confirmou com o alto índice de abstenção nas eleições municipais. Nesse cenário de indisposição contra a política e os políticos de um modo geral, o desafio de Temer é demonstrar preparo para conduzir as reformas necessárias para o país, algo que ainda não é percebido pela opinião pública e que será fundamental para melhorar a avaliação positiva de seu governo”, analisa Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil.


Impeachment e fim de um governo do PT
A tese de que o impeachment foi um golpe contra a Constituição Brasileira não é referendada por quatro em cada dez dos brasileiros. No mesmo levantamento, um terço dos entrevistados concordou com a afirmação de que o processo que levou à deposição da ex-presidente Dilma Rousseff foi golpe, enquanto 18% não concordaram nem discordaram da afirmação e 7% não souberam ou se recusaram a responder.

O impeachment é visto como uma boa notícia porque põe fim aos governos do PT para 44% dos entrevistados. Já 31% discordam desta afirmação e 20% nem concordam nem discordam. Os entrevistados foram questionados também sobre a expectativa de que a economia volte a crescer com o afastamento de Dilma Rousseff. Os que acreditam na retomada representam 44% da população, enquanto 28% não acreditam em melhora e 22% não concordam nem discordam sobre a possibilidade de retomada do crescimento.




Ipsos



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