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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Dia Mundial do Combate ao Câncer: doença óssea é um dos tipos mais agressivos em animais de estimação




Pouco conhecido entre os tutores, o câncer nos ossos é mais comum em animais de grande porte e traz como principal sintoma fortes dores
Com a proximidade do Dia Mundial de Combate ao Câncer, 4 de fevereiro, os médicos veterinários do Grupo Pet Care fazem um importante alerta aos tutores: os pets também podem desenvolver um dos tipos mais agressivos da doença, que atinge os ossos. O diagnóstico rápido e preciso é fundamental para oferecer maior qualidade de vida aos animais que apresentam o problema. “O câncer ósseo tem evolução rápida e agressiva, em 30 dias o aspecto da lesão piora muito e o risco de metástase é alto. Após confirmação diagnóstica o tratamento deve ser instituído o mais rápido possível”, explica o médico veterinário Alex Lafarti, especialista em Oncologia.
O principal sintoma da doença é a dor, que pode estar ou não acompanhada de um inchaço do osso afetado. “Por isso o paciente manca intensamente, perde o apetite e fica quieto”, detalha Lafarti. “Pela fragilidade óssea podem ocorrer também fraturas repentinas”, completa.
A causa específica do câncer ainda é desconhecida, mas é possível afirmar que alguns fatores podem predispor o animal ao aparecimento do câncer como: genética herdada dos pais, exposição do animal a produtos cancerígenos, radiação, obesidade e a inflamação, causada por traumas constantes. “Os ossos longos como o úmero, rádio, fêmur e tíbia são os mais frequentemente acometidos, provavelmente por serem esses ossos que sustentam o peso corpóreo. Porém, ossos como costelas e vértebras, mandíbula e da cavidade nasal também são acometidos”, diz o oncologista.
Os cães de porte grande e gigante, como Dogue Alemão, Fila Brasileiro, Rottweiler, Mastiff, São Bernardo, Doberman, Pastor Alemão e Weimaraner, têm maior predisposição para o desenvolvimento da doença, que aparece geralmente entre os sete e nove anos. “Isto está relacionado com o tamanho desses animais e não com a raça especificamente”, ressalta Lafarti.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da doença é feito através de uma combinação de exames laboratoriais e por imagem. “O raio-X muitas vezes indica a presença do problema, mas a citologia e a biópsia com análise histopatológica podem ajudar a diferenciar uma lesão óssea por bactérias ou fungos e também ajudam na identificação do tipo de neoplasia (tumor) que estamos enfrentando”, detalha o especialista. “Já o estadiamento da doença, que é definir o grau de avanço, pode ser feito utilizando-se recursos como a tomografia computadorizada”.
O tratamento normalmente inclui a remoção cirúrgica do membro afetado e em algumas situações específicas apenas o osso comprometido é retirado, na tentativa de preservar o membro. “Em seguida é instituído um protocolo quimioterápico, além de uma terapia de apoio a fim de amenizar sintomas secundários”, ressalta. “Animais com alterações em coluna, joelho e articulação coxofemoral (bacia) podem ter um pior prognóstico quanto à locomoção e requerer terapias complementares como acupuntura e fisioterapia, porém devemos levar em consideração que a dor em tumores é de extrema intensidade e o controle somente é feito com a remoção da lesão, preservar o osso afetado nessa situação não é opção. O uso de antiinflamatórios e analgésicos deve ser iniciada logo que aparece a suspeita da doença”, finaliza Lafarti.

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