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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Doações de sangue diminuem no fim do ano

Dia Nacional do Doador de Sangue (25/11) alerta sobre a importância desse gesto solidário


O procedimento para doar sangue é simples, rápido e seguro; um único doador pode salvar até quatro vidas 
Crédito: Venilton Küchler 

A doação de sangue é um gesto de solidariedade de extrema importância. Com apenas uma doação, é possível salvar até quatro vidas. Mas com a proximidade das férias e celebrações de fim de ano, as doações diminuem no período. 

Segundo o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), as doações diminuíram cerca de 30% na pandemia. De acordo com o Ministério da Saúde, em algumas regiões do Brasil, a queda foi de até 50%. E com a melhoria do quadro de saúde e o avanço da vacinação, as pessoas devem viajar no fim de 2022 e os estoques podem ficar reduzidos.

 

Dia Nacional do Doador de Sangue

Para reforçar a importância desse gesto solidário, existe o Dia Nacional do Doador de Sangue, que é celebrado em 25 de novembro. Também foi criada a campanha Somos todos do mesmo sangue, com o objetivo de agradecer os doadores, sensibilizar e alertar sobre a importância dessa atitude em favor do próximo. 

“O mês de novembro foi escolhido justamente pelo baixo volume de doações. O dia 25 é uma data muito especial para lembrarmos e promovermos esse ato solidário que é tão necessário”, explica Laís Braga, coordenadora-adjunta do curso de Biomedicina do Centro Universitário Integrado. 

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue regularmente. Esse número fica abaixo dos 2% ideais definidos pela Organização Pan-Americana de Saúde e bem atrás dos 5% que são registrados em países europeus.

 

Quem pode doar sangue

Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos, que estejam pesando mais de 50 kg e em boas condições de saúde. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto. Menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis. 

O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e totalmente seguro. Não há riscos para o doador, porque nenhum material usado na coleta do sangue é reutilizado, o que elimina qualquer possibilidade de contaminação. 

A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador, pois a recuperação ocorre imediatamente. Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml. 

“Doar sangue é um ato solidário, maravilhoso e rápido. Não senti medo algum, não doeu e não demorou. Foi questão de cinco minutos”, incentiva Drielle Freire, acadêmica do curso de Biomedicina no Integrado e que fez a primeira doação de sangue neste ano.

 

Onde o sangue é usado?

O consumo de sangue é diário e contínuo, pois ele é utilizado em várias ocasiões como em anemias crônicas, cirurgias de emergência, acidentes que causam hemorragias, complicações de dengue, tratamento de câncer e outros. Não existe nenhum substituto para o sangue, por isso, ele é tão importante. 

“Vale lembrar que a frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três para as mulheres. O intervalo mínimo entre uma doação e outra é de dois meses para o público masculino e de três meses para o feminino”, pontua Laís.

 

Quem não pode doar

Existem diferentes cuidados a serem observados com a saúde de quem pretende fazer esse gesto de caridade. No entanto, pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente. Recomenda-se também não ingerir alimentos gordurosos três horas antes. 

Outros impedimentos temporários que impedem a doação envolvem quem ingeriu bebida alcoólica nas últimas 12 horas, fez extração dentária nas últimas 72 horas, fez tatuagem ou tenha colocado piercing nos últimos 12 meses, tenha realizado transfusão de sangue no período de até um ano ou tenha sido exposto em situações de risco, acrescido para infecções sexualmente transmissíveis. 

Já os impedimentos definitivos envolvem que contraiu Malária, Hepatite viral após os 11 anos de idade, diabéticos, quem sofre de epilepsia ou convulsão, portadores de Hanseníase, quem tem doenças renais crônicas, antecedentes de neoplasias (câncer), antecedentes de acidente vascular cerebral (derrame), quem apresenta evidência clínica ou laboratorial de Hepatites B e C, AIDS (Vírus HIV), doenças associadas ao HTLV I/II, Doença de Chagas ou quem fez cirurgia bariátrica.

 

Onde doar sangue no Paraná

Existem diversas unidades do Hemocentro espalhadas no estado. “Elas estão localizadas em Curitiba, Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da Vitória”, complementa Laís Braga.

 

Dia Mundial do Doador de Sangue: pacientes tratados com cannabis medicinal também podem doar

Celebrado em 25 de novembro, o Dia Mundial do Doador de Sangue existe para alertar sobre a importância desse generoso gesto humanitário, em que doadores voluntários têm seu sangue coletado e armazenado. Mas o que poucos sabem é que pacientes tratados com Cannabis medicinal também podem estar nessa lista de doadores, apenas devem se atentar às orientações dos especialistas.

“É importante que a pessoa tratada com Cannabis medicinal tenha consciência que isso não a desqualifica da doação de sangue. O único cuidado é que, para aqueles que utilizam produtos com tetrahidrocanabinol (THC), se recomenda esperar 12h para realizar a doação. As demais substâncias, como o CBD, não possuem restrições”, explica a Dra. Ailane Araújo, fundadora e presidente do Núcleo de Desenvolvimento em Medicina Canabinoide e Integrativa (NDMCI). 

A especialista costuma alertar seus pacientes sobre essa questão e os motiva para realizarem esse ato solidário, justamente pela falta de esclarecimentos sobre o tema, e pelo baixo índice de doadores do Brasil em comparação ao resto do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue de forma regular. 

Esse número fica um pouco abaixo dos 2% ideais definidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mas bem atrás dos 5% registrados em países da Europa. As doações constantes são essenciais para os estoques de plaquetas, que ajudam no controle de sangramentos e são usadas em tratamentos contra o câncer, por exemplo. 

“Que a falta de doadores não seja pela falta de conhecimento, estamos aqui para esclarecer e incentivar os pacientes tratados com Cannabis medicinal a doar, se sentirem essa vontade”, completa a especialista.

 


Dra. Ailane Araújo · Médica pós-graduada em Pediatria, Nutrologia, Psicologia Positiva e Coaching, com certificação internacional; · Fundadora e idealizadora do Núcleo de Desenvolvimento em Medicina Canabinoide e Integrativa (NDMCI); · Palestrante em diversos, congressos, simpósios, faculdades e eventos médicos científicos sobre Cannabis Medicinal e Medicina Integrativa; · Diretora do Centro Brasileiro de Referência em Medicina Cannabinoide (CBRMC), com atendimento online para todo Brasil; · Consultora técnica em Terapia Canabinoide; · Professora de pós-graduação e professora no Curso de Atualização em Cannabis Medicinal da UNIFESP;


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Rinopatia diabética pode levar à cegueira

A retina é a área dos olhos onde se formam as imagens antes de serem enviadas ao cérebro e pode ser acometida pela retinopatia diabética, uma doença relacionada ao descontrole do diabetes. Por isso, o oftalmologista Fernando Naves, do Hospital Santa Casa de Mauá, alerta que os olhos também são órgãos comprometidos pela doença, podendo levar à cegueira irreversível, inclusive de ambos os olhos. 

De acordo com uma pesquisa publicada pela BMC Public Health, em janeiro deste ano, 20,2% das pessoas com diabetes tipo 2 possuem retinopatia diabética. O estudo envolveu 912 brasileiros. “Os diabéticos precisam cumprir o tratamento à risca, pois a possibilidade de perder a visão é muito maior do que as pessoas que não possuem a doença”, orienta o oftalmologista.  

Existem duas formas da doença e uma delas é a retinopatia diabética não proliferativa, primeiro nível da doença, a qual causa hemorragia e vazamento de líquido na retina. O outro tipo é a retinopatia diabética proliferativa, quando as chances da perda de visão são grandes e provoca a formação de vasos anormais com sangramento e o descolamento da retina. 

A doença pode ser prevenida a partir do controle da glicose no sangue e das visitas periódicas ao oftalmologista. 

No estágio inicial, a retinopatia diabética não apresenta sintomas e, por essa razão, as visitas ao especialista são extremamente importantes. Com o tempo, o paciente passa a ter visão borrada, fotofobia, distorção das imagens, manchas ou pontos na visão, dificuldade na visão noturna e perda progressiva da visão. O diagnóstico é comprovado por meio de exame clínico, da angiografia por fluoresceína, por tomografia de coerência óptica e por exame de fundo de olho. 

Os cuidados com o diabetes são primordiais para o sucesso do tratamento, o qual tem a finalidade de retardar sua evolução e dependerá do estágio da doença. O especialista poderá recomendar medicação anti-inflamatória, fotocoagulação - aplicação de laser, injeções intra-vítreas, terapia anti-VEGF ou as cirurgias de vitrectomia. 

“Assim como em todo controle e prevenção de doenças, na retinopatia diabética é importante ter hábitos saudáveis, praticar exercícios, ter boa alimentação e melhorar os níveis glicêmicos”, orienta o oftalmologista Fernando Naves.

 

Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300. 

 https://santacasamaua.org.br/

 

Novembro Azul: Higienização inadequada e falta de acompanhamento de médicos e dentistas aumentam riscos de diagnóstico tardio e mais grave de doenças

Câncer de boca é o quinto mais frequente em homens e é tão letal quanto os outros tipos da doença
Crédito: Envato

 

Descuido dos homens com a saúde bucal pode resultar em diversas infecções 

 

A falta de higiene bucal entre os homens é um fator de risco para o agravamento não só de doenças bucais, como a gengivite e a periodontite, mas também de problemas cardíacos, além de infecções sexualmente transmissíveis. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. O estudo também aponta que a falta de atenção à saúde masculina é a causa para o aumento na diferença da taxa de mortalidade entre homens e mulheres.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida dos homens é sete anos mais baixa que a das mulheres (eles com 73,3 anos, enquanto elas com 80,3). O cuidado com a saúde deve ser mantido em todas as idades, com atenção aos hábitos preventivos de higiene e à rotina de consultas médicas com especialistas de diferentes áreas, independentemente do sexo. Assim como as mulheres vão ao ginecologista com periodicidade, os homens também devem consultar regularmente o urologista. E consultas semestrais ao dentista também são fundamentais para garantir a saúde completa.


Fatores agravantes

Junto à falta de cuidados preventivos com a saúde, está o uso de substâncias viciantes, como cigarro e álcool. O excesso causa problemas não somente nos pulmões e rins, mas também no aparelho bucal. “O câncer de boca é o quinto mais frequente em homens e é tão letal quanto os outros tipos da doença. O uso de cigarros convencionais ou eletrônicos, por exemplo, torna a pessoa mais vulnerável ao câncer e também é fator de risco para outras doenças bucais graves”, explica o dentista e especialista em Saúde Coletiva da Neodent, João Piscinini. 

Outras doenças que afetam diretamente a boca são infecções sexualmente transmissíveis, como herpes, sífilis, gonorreia, HPV e HIV. São consequências dessas infecções os sintomas de dor e dificuldade na mastigação, além de aumentarem o risco de desenvolvimento do câncer de boca.

Mais um ponto ressaltado no estudo e muito alertado por dentistas é a gravidade de doenças periodontais provocadas pelo acúmulo de placa bacteriana. São exemplos a gengivite e periodontite, que atingem a gengiva e os ossos e ligamentos dos dentes, respectivamente. 


Prevenção

Para qualquer doença, o diagnóstico precoce garante maior possibilidade de tratamento e cura. Consultar as mais variadas especialidades médicas é uma forma de controlar a saúde, ainda mais quando já existem fatores de agravamento. “Assim como as outras áreas, a consulta periódica em dentistas auxilia no diagnóstico precoce de diversas doenças, mesmo aquelas que não são somente da boca. Além da rotina de acompanhamento profissional, a escovação correta, uso do fio dental e a higiene como um todo, aliada à alimentação balanceada, exercícios físicos e hábitos saudáveis são os melhores remédios para uma vida saudável”, complementa o dentista.

  

Neodent®

 

Iniciativa chama atenção para doença rara e grave na avenida paulista

 

No mês de conscientização da doença ocular da tireoide (DOT), a associação de pacientes Crônicos do Dia a Dia (CDD) chama atenção para a condição que é rara, crônica e progressiva, também conhecida como orbitopatia de Graves ou oftalmopatia de Graves.[1,2,3]. Voltada para a sociedade, a iniciativa #OOlharDizTudo vai projetar fotos e vídeos das pessoas que compartilharem seus olhos nas redes sociais usando a hashtag, estampando diversos espaços do Shopping Cidade São Paulo, localizado na Avenida Paulista, a partir das 18 horas, nos dias 25 e 26. Durante os dias da campanha, inúmeros olhares serão exibidos nos 20 painéis de LED do shopping. A ação tem o apoio institucional da Horizon Therapeutics.

“Quem quiser participar da ação, basta postar uma foto ou um vídeo dos olhos usando a hashtag #OOlharDizTudo -- depois, é só conferir no telão. O objetivo da iniciativa é elevar a conscientização a respeito da DOT, uma condição grave que pode, em alguns casos, levar à cegueira. Precisamos aumentar as informações sobre esta doença que ainda é pouco conhecida e, infelizmente, subdiagnosticada”, explica Bruna Rocha, gerente geral da CDD.

A DOT é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca o próprio tecido muscular e adiposo atrás dos olhos, causando inflamação (vermelhidão e inchaço) e formação de tecido cicatricial. Trata-se de uma condição extremamente heterogênea, ou seja, os sintomas podem variar de paciente para paciente e evoluir de maneira leve, moderada ou severa.

Alguns dos principais sinais e sintomas são olhos arregalados (retração palpebral) e saltados (proptose), além de ressecamento e dor, visão dupla (diplopia), olhos desalinhados ou que não se movem juntos, sensibilidade à luz, vermelhidão, inchaço e lacrimejamento excessivo.[2] A doença tem um impacto social relevante. Ela está associada a efeitos psicológicos e emocionais significativos, que comprometem, consideravelmente, o bem-estar de quem convive com a patologia.

Não é incomum a DOT ser associada à doença de Graves, a causa mais comum de hipertireoidismo, um problema na tireoide (glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins), que se caracteriza pela produção desordenada dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Aproximadamente um terço dos pacientes com doença de Graves apresentam algum sinal e/ou sintoma nos olhos, o que explica o nome da enfermidade.[2,4] Embora a maioria dos pacientes com DOT (90%) tenha hipertireoidismo concomitante, a DOT também pode ocorrer em pacientes com a tireoide normal ou com hipotireoidismo, quando há queda na produção dos hormônios T3 e T4 (10% dos casos).[5]

Assim como em todas as condições raras, o diagnóstico precoce da DOT é essencial para um melhor manejo da doença. Ele é clínico, feito por meio de um exame detalhado com médico oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular. É possível complementar a investigação com exames de sangue para avaliar a função tireoidiana e de imagem. A tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética podem fornecer informações mais precisas, por exemplo. O cuidado adequado traz benefícios para quem convive com DOT e reduz o impacto da patologia. Diante de qualquer suspeita, é recomendado procurar por um endocrinologista ou um oftalmologista para mais orientações.

Para outras informações sobre a iniciativa #OOlharDizTudo e a doença ocular da tireoide, acesse link

Sobre a Crônicos do Dia a Dia
Associação Crônicos do Dia a Dia nasceu para tornar a vida das pessoas que convivem com doenças crônicas melhor. Acreditamos que a #InformaçãoÉOMelhorRemédio e, por meio da internet, buscamos espalhar conhecimento de qualidade que possa alcançar as mais diversas pessoas. É através dessa conscientização que queremos mudar o mundo. Vem com a gente?! 


Referências
[1] Wang Y, Patel A, Douglas RS. Thyroid Eye Disease: How A Novel Therapy May Change The Treatment Paradigm. Ther Clin Risk Manag. 2019;15:1305-1318. doi:10.2147/TCRM.S193018.
[2] Barrio-Barrio J, Sabater AL, Bonet-Farriol E, Velázquez-Villoria Á, Galofré JC. Graves’ ophthalmopathy: VISA versus EUGOGO classification, assessment, and management. J Ophthalmol. 2015;2015:249125.
[3] Link. Acesso em 27/07/2022; 2.Ther Adv Ophthalmol 2021, Vol. 13: 1--14 DOI: 10.1177/ 25158414211027760
[4] Weightman DR, et al. Autoantibodies to IGF-1 binding sites in thyroid associated ophthalmolpathy. Autoimmunity. 1993; 16(4):251--257.


Novembro Roxo: especialista alerta sobre importância do pré-natal para evitar casos de prematuridade

No Brasil, 12,4% dos bebês nascidos vivos são prematuros. Cuidados durante a gestação, como os exames de pré-natal, podem mudar o cenário

 

Prematuro é o bebê que nasce com menos de 37 semanas de gestação. A chamada prematuridade é considerada a principal causa de morte em recém-nascidos, além de oferecer maior risco de internações em UTI, e de que a criança desenvolva problemas de saúde como asma e alergias. No mundo, todos os anos, cerca de 1 milhão de bebês perdem a vida nos primeiros dias, e 15 milhões de crianças nascem antes do tempo. 

Para a pediatra e neonatologista do Hospital IGESP, Patricia Terrivel, o alerta principal é em relação à necessidade de as gestantes realizarem o pré-natal de forma adequada, 

“O pré-natal deve acontecer desde o momento em que essa mulher descobre que está grávida. É importante que busque um médico que a acompanhe durante toda a gestação, para garantir boas condições de saúde para mãe e bebê”, afirma a médica. 

“Só com os exames adequados é possível identificar doenças como hipertensão arterial, diabetes e sífilis, além de detectar malformações no feto”, acrescenta a especialista do Hospital IGESP. 

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF,) falta de cuidados pré-natais, tabagismo e a desinformação são alguns dos desencadeadores da prematuridade no Brasil. Segundo dados divulgados pela Aliança Nacional para o Parto Seguro e Respeitoso, só em 2019, o país notificou 300 mil nascimentos prematuros, e o 10º lugar no ranking mundial de prematuridade. 

“É importante conscientizar sobre a importância do pré-natal precoce, que promova o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna. Neste mês, queremos chamar a atenção para este aspecto em especial, e mostrar que com os cuidados adequados, mãe e bebê podem ter um parto saudável, e claro, uma vida com menos preocupações em relação a doenças e males que possam aparecer em decorrência da prematuridade”, conclui a neonatologista Patricia Terrivel.

 

Importante saber

O pré-natal inclui desde a análise do histórico do paciente em conversa com o médico (anamnese), até a realização dos exames físico, laboratoriais e de imagem, que devem ser solicitados no acolhimento da mulher no serviço de saúde, logo após o diagnóstico de gravidez.

A recomendação do Ministério da Saúde é de que sejam realizadas no mínimo seis consultas, sendo a primeira no primeiro trimestre e que, até a 34ª semana, sejam feitas consultas mensais.

Para o período entre a 34ª e a 38ª semanas, a indicação é de uma consulta a cada duas semanas e, a partir da 38ª semana, consultas semanais até o dia do parto.


Campanha Novembro Roxo

Dezenas de países realizam a campanha “Novembro Roxo”, que promove atividades de conscientização sobre a prematuridade durante o mês. O tema global deste ano é “Garanta o contato pele a pele com os pais desde o momento do nascimento”.

O Novembro Roxo surgiu em Roma, na Itália, por meio da Fundação Europeia para o Cuidado do Recém-nascido e da ONG Prematuridade.

O dia 17 de novembro foi escolhido porque na data, um dos criadores da Fundação se tornou pai de uma menina, em 17 de novembro de 2008. Anos antes, ele havia perdido filhos trigêmeos, que nasceram prematuros. No mesmo ano, a March of Dimes, organização norte-americana para prematuros e recém-nascidos, lançou o Dia da Consciência para a Prematuridade nos EUA, também no dia 17 de novembro.

No Brasil, a data passou a existir em novembro de 2014, com a criação da ONG Prematuridade


Hospital IGESP

 

Alimentação inadequada pode gerar inflamação silenciosa, afirma médico nutrólogo Matheus Azevedo

Sintomas como baixa energia, olheiras ou pele acneica podem indicar que há uma inflamação silenciosa acontecendo no organismo; médico nutrólogo Matheus Azevedo aponta sinais de inflamação, cita hábitos que podem ser os causadores e dá orientações para reverter o quadro


Um relatório elaborado por pesquisadores da Universidade de Harvard e lançado recentemente pela Harvard Health Publishing mostrou que a inflamação tem sido um problema recorrente encontrado nos exames clínicos. Costumamos associar inflamações a agentes externos, como vírus, bactérias ou fungos, mas o estudo aponta uma outra causa para a alta dessa reação metabólica, responsável pela maior incidência de câncer, doenças cardíacas e diabetes tipo 2, entre outros: o estilo de vida inadequado que desencadeia uma inflamação silenciosa. 

“Primeiro temos que entender que a inflamação atua como um mecanismo de defesa e os sinais e sintomas são nosso corpo avisando que algo não está bem. Isso não quer dizer que todas as pessoas vão ter os mesmos sintomas. Em cada pessoa, a inflamação vai se manifestar de uma forma diferente”, esclarece o médico nutrólogo Matheus Azevedo. 

São variados os alertas que podem indicar que a pessoa está com o corpo inflamado, dentre os sintomas estão: 

-Baixa energia 

-Alterações na urina 

-Intestino desregulado ou constipado 

-Olheiras 

-Pele acneica 

os sintomas podem surgir a partir de um estilo de vida que envolve má alimentação, estresse excessivo, ansiedade, sono inadequado e sedentarismo, por exemplo. 

“Há um conjunto de fatores que acabam estressando e inflamando o corpo e isso pode se manifestar de diferentes formas, como uma urina escura em quem não tem ingestão hídrica adequada ou quando há uma ingestão excessiva de alimentos inflamatórios, como açúcar refinado e farinha branca, que podem causar a sobrecarga do rim e alterações na urina”, exemplifica o médico nutrólogo Matheus Azevedo. 

O abuso de alimentos com excesso de açúcar ou gordura também pode afetar o intestino, de acordo com o nutrólogo, que lembra que o órgão é considerado o nosso segundo cérebro. 

“Hoje a gente sabe que 90% da serotonina é produzida no intestino. A partir do momento em que a pessoa tem um intestino desregulado, excesso de constipação ou alteração nas fezes, é porque há uma má absorção de nutrientes”, acrescenta, afirmando que já há inclusive estudos que confirmam a relação entre o funcionamento do intestino e transtornos de humor. 

Outro exemplo comum de inflamação mencionado pelo médico é o da pele muito oleosa. “São vários fatores que acabam desencadeando esse processo inflamatório no corpo e causando sintomas, como no caso da pele muito acneica e sebosa, que pode estar relacionada tanto a um desequilíbrio hormonal quanto à má alimentação, ao sedentarismo, ao estresse excessivo, à falta de sono. Tudo isso influencia processos inflamatórios na pele”, explica. E para evitar que esse tipo de reação seja deflagrada, o médico afirma que não existe bala de prata: é necessário mudar de estilo de vida, aliando uma boa alimentação a outros hábitos saudáveis. 

“Não adianta só começar a consumir determinados alimentos. Tem que adotar uma atividade física, ter uma regulação de sono e da ansiedade e eliminar o tabagismo, que é altamente inflamatório”, elenca. “E além de trazer para o prato o número adequado de calorias, com o aporte correto de proteínas, gorduras e carboidratos - que varia de acordo com as necessidades de cada um -, é importante também evitar os alimentos inflamatórios, que são aqueles ricos em açúcar, industrializados, embutidos, ricos em glúten, álcool em excesso.” Para ajudar nesse detox do corpo, o especialista recomenda simplesmente comida de verdade: verduras, vegetais, frutas e proteínas, seja carne branca ou vermelha. “É comer comida de verdade; evitar fast foods e a comida industrializada, que são o grande mal hoje”, sublinha.



Dr. Matheus Azevedo
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Com Covid-19 em alta, sistema imunológico fortalecido diminui casos sérios da doença

Para o médico Hugo Gatto, treinos moderados, sono e alimentação são principais aliados para imunidade alta
 

Freepik
Os benefícios da prática de exercícios físicos para a saúde já são bastante conhecidos e durante a pandemia, ficou ainda mais claro a importância de se exercitar para fortalecer o sistema imunológico. Com o número de casos de Covid-19 voltando a subir em todo o país e uma possível nova onda da doença, manter a imunidade alta passa a ser uma preocupação, ainda mais quando casos graves do coronavírus estão associados ao desequilíbrio do sistema imune mediada por moléculas de ATP, de acordo com estudo publicado na revista Frontiers in Immunology, conduzido por pesquisadores da USP. Para o médico Hugo Gatto, pós-graduando em Medicina do Esporte, os exercícios são uma forma de proteção, mas precisam ser moderados para não causar efeito contrário. 

Dr. Hugo ressalta que não é recomendado exceder o limite de 7 horas de exercícios por semana. “Atletas de alta performance fazem uma carga de treinamento que é excessiva, então acaba que o sistema imune abaixa, devido ao alto desgaste e estresse metabólico”, comenta o especialista. O médico alerta também para a importância de uma boa noite de sono e uma alimentação equilibrada, que associados a treinos regulares -- aquela mais leve, de 1 hora por dia, contribui para o fortalecimento do sistema imune. “Práticas como nadar, pedalar e correr aumentam a imunidade especificamente no sistema respiratório, foco primário da covid-19”. 

O médico explica que os exercícios também estão estritamente ligados à diminuição do estresse oxidativo, que é o desbalanço entre radicais livres e antioxidantes em nosso corpo, que pode ocasionar sérios riscos à nossa saúde, como envelhecimento precoce e morte celular, além de doenças. “O estresse oxidativo pode gerar consequências que se agravam em condições patológicas como a Síndrome Aguda Respiratória Severa”, diz Hugo. 

Somado a isso, já existem estudos que comprovam essa relação direta. Uma pesquisa realizada pela organização Kaiser Permanente, publicado no British Journal of Sports Medicine, observou quase 50 mil adultos com coronavírus. Os resultados demonstraram que aqueles que realizavam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, apresentaram incidências significativamente menores de hospitalização, admissão em UTI e morte devido à Covid-19. 

No entanto, o médico pós-graduando em Medicina do Esporte pontua que o sedentarismo não agrava somente casos de Covid-19, como também de outras enfermidades. “O quadro agudo do coronavírus pode ser um dos muitos malefícios causados pelo sedentarismo. Outras doenças como diabetes, derrames, alguns tipos de câncer e problemas cardiovasculares também são agravados pelo comportamento sedentário. Ou seja, a pratica de exercícios é essencial para uma vida longa e saudável”, finaliza Hugo Gatto.

 

Hugo Gatto - Graduado em medicina pela FURB (Universidade Regional de Blumenau), o Dr. Hugo Gatto tornou-se referência em implantes hormonais, além de contar com pós graduação em andamento em Nutrologia e Medicina do Esporte. Hugo também está à frente da clínica, Instituto Gatto, referência em reposição hormonal, emagrecimento e hipertrofia.


Voz e a audição nos jogos da Copa

 

Voz e a audição nos jogos da Copa

 

Dia de jogo é dia festa! Gritos, fogos, música, buzinas e junto com todas as emoções das partidas aparecem também os primeiros sintomas de alteração vocal, como cansaço, ardor ou dor ao falar, falhas na voz, mudança de tom, pigarro e rouquidão, dor de garganta, dor de ouvido, zumbido e sensação de surdez. Para driblar o problema e lidar com os prejuízos comuns nesta época festiva, o médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros, da capital paulista, revela algumas dicas e cuidados importantes. 

Ele afirma que quando a voz falha ou a rouquidão aparece não se deve sussurrar! Isso porque o sussurro pode provocar um esforço extra nos músculos do aparelho fonador e piorar as características da voz que já estão prejudicadas. Nesta época festiva, é comum o consumo de álcool e dieta fora do padrão, o que pode levar a refluxo gastro-esofágico. O refluxo associado ao abuso vocal, favorecem às lesões nas pregas vocais. 

“Em casos de rouquidão ou afonia, poupe a voz, usando-a somente quando necessário, procure articular bem as palavras, além disso é essencial hidratar-se principalmente nos dias mais secos”, diz o especialista. Se a rouquidão permanecer por mais de uma semana, é essencial a visita a um otorrinolaringologista. 

A perda auditiva também está entre uma das deficiências mais comuns e que pode aparecer durante a Copa do Mundo. Dr. Bruno explica que todo mundo pode ter perdas auditivas por exposição excessiva ao ruído (fogos, cornetas, apitos e afins) -- mesmo que a festança dure apenas um mês. “O mais importante é cuidar da audição para que ela permaneça intacta e permita desfrutar todos os sons até que os jogos se acabem. Para isso, algumas dicas simples podem se tornar essenciais”, diz. 

  • Evite ambientes barulhentos por muito tempo e se a festa for na sua casa não abuse dos barulhos próximos das orelhas de seus familiares e convidados, principalmente em lugares fechados -- vá às janelas ou até às portas para tocar as buzinas, por exemplo;
  • Para os mais velhos é importante utilizar sempre os acessórios de proteção auditiva (EPI) quando estiverem em exposição a ruídos mais intensos;
  • Coloque a música em volume abaixo da metade da capacidade dos aparelhos;
  • Cuidado com a música em ambientes com ruído de fundo. Neste caso é comum ultrapassar o limite saudável para os ouvidos.
  • Após exposição ao ruído intenso, pode aparecer sensação de “ouvido tampado”, zumbido e perda de audição.
  • Se perceber dificuldade em entender ou grande necessidade em aumentar o volume da televisão, procure um especialista para fazer um exame de audição. Quanto mais cedo se cuidar, melhor!

 Para finalizar, ele comenta que a prevenção é o melhor remédio. “Perdas de audição são irreversíveis e poucas mudanças de hábito já surtem excelentes efeitos benéficos para a saúde auditiva. Lembre-se de que ouvir é um privilégio”, finaliza.

  

FONTE:  Bruno Borges de Carvalho Barros. Médico especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo.

 

Copa do Mundo 2022: 5 cuidados para ter com a saúde

Segundo o Estudo Longitudinal de Saúde (Elsa-Brasil), o aparecimento de distúrbios psiquiátricos como ansiedade e depressão estão associados ao risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). A coleta e avaliação desses dados foi feita ao longo de 10 anos (2008 -2018) e contou com a participação de 15 mil pessoas.

Com a chegada da Copa do Mundo, os nervos estão à flor da pele, então precisamos ficar atentos aos cuidados necessários. Uma partida de futebol paralisada por cerca de uma hora devido a um infarto sofrido por um torcedor. Esse fato aconteceu em setembro deste ano, durante uma emocionante partida entre Cádiz e Barcelona, no Campeonato Espanhol. No momento do incidente, o placar marcava 2 a 0 para o Barcelona, quando o árbitro Carlos del Cerro Grande foi informado e enviou atendimento médico para a arquibancada.

Assim, pensando em mais uma competição emocionante, especialistas da Doctoralia e Medictalks listaram 5 dicas para evitar preocupações no meio das partidas. Confira:



Cuidado com a alimentação

De acordo com a Dra. Rosamar Rezende, parceira da Medictalks e Especialista em Hepatologia, Gastroenterologia, possuindo experiência em Elastografia Hepática, as pessoas precisam prestar atenção caso se alimentem durante as partidas e até mesmo antes ou depois destas, já que podem ficar ansiosas e naquele momento, terem compulsão alimentar. “O nervosismo e a agitação nestas situações são naturais, mas é preciso buscar outras formas de se acalmar que não estejam relacionadas com a alimentação. Comer em excesso traz predisposição à obesidade e gordura no fígado”, explica.


Atenção à ansiedade e ao nervosismo

Segundo Denise Ayres d’Avila, Psicóloga e membro da Doctoralia, alguns cuidados podem ser favoráveis nessa época do ano. “Não supervalorize os resultados, pense nos jogos como uma oportunidade de confraternizar entre amigos. Se perceber efeitos físicos de ansiedade como sudorese excessiva, respiração curta e coração acelerado, são sinais de alerta. Dê uma volta, procure respirar lentamente, concentre-se na sua respiração. E não se esqueça, o jogo acaba e sua vida continua”, afirma.



Cuidado com a voz

Segundo Arthur Conegundes, especialista em voz, oratória e membroda Doctoralia, gritar em meio aos jogos da Copa do Mundo é inevitável, portanto, alguns cuidados devem ser tomados, principalmente com aqueles que trabalham com a voz, como por exemplo: cantores, professores, palestrantes, entre outros. “Quando gritamos, corremos o risco de gerar lesões, portanto é importante estarmos protegidos para isso. O consumo de água ao longo do dia é um ponto indispensável para hidratar a prega vocal, além disso, após um longo dia de euforia, o descanso é necessário para recuperar a possível roquidão”, afirma.



Não consuma álcool em excesso

Segundo Rezende, Médica parceira da Medictalks, o consumo de bebida alcoólica em excesso pode trazer vários danos à saúde e sintomas que podem atrapalhar o resto do dia das pessoas, e por isso, estas devem se policiar para não passarem do limite.

“Quando ingeridas em excesso, estas bebidas podem trazer euforia, batimentos cardíacos acelerados, náuseas, vômitos, hipoglicemia, falta de coordenação motora e sonolência. Além disso, no caso de consumo contínuo em excesso, este pode levar à gastrite, esofagite, sangramento digestivo, problemas hepáticos, pancreatite, neuropatia periférica, anemia, disfunção imunológica, osteoporose, além de ser um fator de risco para vários tipos de câncer como de boca, esôfago, fígado, estômago, entre outros. Assim, mesmo em momentos de celebração, é preciso beber com moderação e lembrar que se hidratar é fundamental, isso antes, durante e depois do consumo do álcool. Também é importante evitar ingerir bebidas alcoólicas sem se alimentar”, informa.



Cuidado com a exposição ao sol

Para Gislaine Sales, dermatologista e membro da Doctoralia, o clima desértico adicionado com esportes praticados em áreas externas podem trazer prejuízo à pele dos jogadores e torcedores. Portanto, é muito importante redobrar o uso de protetor solar, hidratantes orais e tópicos, além de cuidados extras como uso de roupas com fator de proteção e óculos escuros. “A exposição prolongada, que começa desde as filas, pode causar desidratação pelas altas temperaturas, surgimento de manchas na pele, envelhecimento e até risco de aparecimento de alguns tipos de câncer de pele”, completa Gislaine. Segundo a especialista, o ideal é aplicar protetor solar 30 minutos antes de sair para o evento e se hidratar com frequência.


Obstrução nasal: entenda a importância da avaliação otorrinolaringológica

Problema pode ser causado por processos alérgicos infecciosos ou distúrbios estruturais, alerta especialista do Hospital Paulista

 

A congestão nasal, ou “nariz entupido”, acontece quando a mucosa nasal fica inchada ou edemaciada (que se forma edema), acumulando secreção e dificultando a respiração. E respirar é uma função fisiológica tão importante que o menor obstáculo que dificulte o fluxo do ar pelas vias aéreas superiores provoca desconforto.

Conforme o Dr. João Marcos Piva, Otorrinolaringologista do Hospital Paulista, a obstrução nasal pode ser provocada por processos alérgicos, infecciosos virais e bacterianos, como uma gripe ou um resfriado, por exemplo. Mas também pode ter causas como infecção dos seios paranasais (sinusite) e distúrbios estruturais, como desvio do septo, adenoide (carne esponjosa), presença de pólipos ou ainda tumores no nariz.

“No caso da sinusite aguda, por exemplo, é uma característica comum haver secreção com pus e muco. Às vezes, pode acontecer de haver um odor ou gosto metálico na boca, dor facial ou dor de cabeça, além de vermelhidão ou sensibilidade nas bochechas ou acima das sobrancelhas”, destaca o especialista. Neste caso, em geral, apenas o exame clínico é suficiente. No entanto, a tomografia computadorizada sempre é recomendada para uma melhor precisão e diagnóstico da patologia de rinossinusite.

Os sintomas da rinite alérgica também são comuns ocorrer em certas estações do ano, como espirro, coriza, olhos lacrimejando e coceira.

Para além do desconforto, Dr. Piva pondera que a obstrução nasal pode ocasionar uma má qualidade no sono, cansaço ao acordar e perda de vontade a atividades físicas, além de dificuldade de concentração e memória em razão da respiração pela boca.

Nesse sentido, Dr. Piva recomenda que, diante da apresentação de obstrução nasal persistente ou com frequência, um otorrinolaringologista deve ser procurado para uma melhor investigação, através de exames por vídeo endoscópio e de imagens, como tomografia, ressonância e, assim, um tratamento individualizado e preciso para cada paciente.


Descongestionantes

Pessoas que usam descongestionantes nasais tópicos (uso no local) por mais de 3 dias, frequentemente, sentem congestão de rebote quando os efeitos do fármaco desaparecem. As pessoas continuam usando o descongestionante em um círculo vicioso de congestão persistente, causando piora. Essa situação, também chamada de rinite medicamentosa, pode persistir por algum tempo e as pessoas podem interpretá-la como uma continuação do problema original, em vez de uma consequência do tratamento.

“Nós não devemos fazer uso de descongestionantes nasais. Apesar de uma desobstrução imediata, ele possui um efeito muito danoso ao coração, podendo, a médio e longo prazo, provocar arritmias e pressão alta, entre outras patologias”, alerta Dr. Piva.

Nas crianças, os descongestionantes devem ser utilizados com muito critério, pois as substâncias do medicamento, muitas vezes, podem provocar depressão do sistema cardiorrespiratório e óbito. 



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Como e por onde começar os cuidados com a saúde bucal do seu filho?

É importante manter a higiene bucal mesmo antes dos dentinhos aparecerem e a Chicco, marca especialista em parentalidade, traz dicas práticas para os pais e/ou responsáveis se adaptarem a essa rotina

 

A boca tem um papel fundamental muito além da fala, da respiração e da nutrição. Sua estrutura também representa a saúde em geral e por isso é tão importante, desde a primeira infância, uma boa rotina de cuidados. 

“Esse hábito começa quando os pequenos ainda nem apresentam os primeiros dentinhos. Na verdade, inicia com a saúde dentária da mãe, ou seja, cuidados básicos da genitora são os primeiros passos para garantir a saúde bucal dos bebês”, explica a cirurgiã-dentista Dra. Manoela Pimenta.

Na fase do aleitamento, a partir dos 3 meses de vida, é indicado fazer a limpeza, removendo os restos de leite dos lábios e sobre a língua, com gaze envolvida com água filtrada ou fervida uma vez ao dia, pois mesmo não mastigando nenhum alimento, o recém-nascido tem contato com açúcares presentes no leite materno. Também é importante estimular a gengiva do pequeno, já que essa primeira fase visa, além da higienização, fazer com a que a criança já comece a adquirir esse hábito.

Com o nascimento dos primeiros dentinhos é hora de iniciar a limpeza com uma escovinha de dente. Vale ressaltar que não existe uma data certa para fazer essa introdução, uma vez que o surgimento deles pode acontecer dos 4 aos 9 meses de idade.

 Os dentinhos de leite são provisórios, mas não é por isso que merecem menos atenção, até porque são nos primeiros anos de vida que se constroem os hábitos que se prolongarão na fase adulta. “Crianças com dentes fortes e bem cuidados, possivelmente serão adultos com dentição saudável”, reforça a profissional.

Os pequenos precisam de escovas de dente específicas – elas são menores, com cerdas macias e cabo anatômico. A Chicco, marca italiana especialista em parentalidade, possui em seu portfólio itens exclusivos para facilitar o dia a dia da higiene bucal das crianças a partir dos 6 meses de vida.

A escova “Primeiros Dentes” foi projetada para a boquinha pequena do bebê. Com indicação a partir dos 6 meses, as cerdas inovadoras são suaves para gengivas irritadas e extramacias para uma ação delicada. O pescoço é ligeiramente inclinado para alcançar os cantos posteriores e o cabo antiderrapante facilita o manuseio, sem contar as decorações de bichinhos que farão os pequenos se divertirem.

A “Escova de Dentes Chicco Bambu” é outra ótima opção! A sua estrutura é feita de uma única vara de bambu, um material biodegradável, resistente à água, flexível e leve. As cerdas extremamente macias possuem pontas ultrafinas, para uma limpeza suave sobre o esmalte e as gengivas sensíveis. Com as mesmas características funcionais, a “Escova de Dentes de Leite”, para crianças de 3 a 6 anos, tem personagens divertidos, cabo flexível, ventosa na base e protetor de cerdas.

A marca também tem “Escova de Dentes Elétrica” para crianças a partir dos 3 anos Alimentada por bateria, a cabeça vibratória, aliada às cerdas tecnológicas, limpam com mais facilidade os espaços gengivais sendo mais eficientes na remoção do tártaro em comparação as cerdas convencionais.

“Vale lembrar que a limpeza precisa ser realizada por um adulto. O dentinho começou a nascer, higienize apenas com água. Quando aparecer por completo, o indicado é usar uma pequena quantidade – do tamanho de um grão de arroz – de creme dental próprio para uso infantil. A orientação é escovar dente por dente, tanto na parte inferior quanto na arcada superior. Também é importante escovar a língua. No final, vale higienizar a boca da criança com gaze molhada para retirar o excesso de creme dental”, ensina Dra. Manoela Pimenta.

 É comum que algumas crianças, principalmente as menores com idades entre 1 e 2 anos, chorem na hora da escovação ou recusem a fazê-la. Se isso acontecer, pais e/ou cuidadores podem recorrer a artifícios, como músicas e vídeos educativos sobre a higiene bucal. O ideal é que a criança associe esse momento a algo prazeroso e divertido, sem traumas e nervosismo.

“Não podemos deixar de citar a importância das visitas regulares ao dentista desde cedo! O acompanhamento é fundamental para que os pais ensinem os hábitos saudáveis e para as crianças absorverem esses aprendizados, visando assim garantir um sorriso saudável por toda a vida”, finaliza a cirurgiã-dentista.

 

Chicco

 

Como as oscilações de temperatura prejudicam a saúde?

Pixabay
Especialista alerta para o aumento de viroses, gripes, resfriados e até casos de Covid-19 em período marcado por oscilações de temperatura


Nas últimas semanas, tem sido comum encontrar alguém espirrando ou tossindo na rua, no transporte público, no trabalho ou em estabelecimentos comerciais. Com as frentes frias recentes e a grande amplitude térmica, muitas pessoas têm apresentado quadros gripais, virais, de resfriados e até de doenças crônicas respiratórias agravadas.

O número é tão significativo que se assemelha aos índices do inverno, estação do ano mais crítica para o desenvolvimento dessas patologias. É o que afirma o otorrinolaringologista Rodrigo Miranda, do Hospital IPO, em Curitiba.

“O fluxo de pacientes com doenças respiratórias atendidos no hospital se manteve alto até agora, em pleno novembro. Ainda estamos com um padrão de inverno. Em outros anos, era comum perceber um declínio a partir do mês de setembro”, comenta o médico.

De acordo com o especialista, o sistema respiratório é o mais afetado pelas mudanças bruscas de temperatura. As oscilações entre o frio e o calor em poucos dias, além da baixa umidade, fragilizam as vias respiratórias e favorecem a proliferação de agentes agressores, como alérgenos, bactérias e vírus, caso da Covid-19.

Além de manter hábitos saudáveis em relação à alimentação, sono e prática de atividades físicas, é importante adotar algumas medidas preventivas para reduzir a proliferação de doenças contagiosas. Segundo Miranda, os aprendizados da pandemia são valiosos neste momento.

“Usar máscaras em ambientes fechados, com aglomeração de pessoas e, principalmente, quando você está doente é uma questão de consciência social”, alerta. “Outra dica importante é a manutenção da hidratação das vias aéreas, com o consumo regular de água durante o dia e o uso contínuo de soro fisiológico nasal”, recomenda, pois como ressecamento da região nasal favorece a instalação de agentes agressores, apostar na hidratação é uma forma de evitar contaminações, alergias ou infecções.

Aos pacientes que têm doenças respiratórias crônicas, vale reforçar a atenção e manter acompanhamento rígido e contínuo com médico especialista, focando especialmente na prevenção de eventuais exacerbações ou crises. Já para evitar o contágio pelo SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, manter o esquema vacinal completo é fundamental.

“A vacinação, o uso de máscaras e os demais cuidados preventivos diminuem os riscos de contaminação e reduzem a transmissibilidade e propagação do vírus”, finaliza Miranda.


Novembro Azul: veja mitos e verdades sobre a saúde do homem

O mês dedicado à atenção à saúde do homem e à prevenção ao câncer de próstata traz à tona questões relacionadas ao bem-estar dessa parcela da população. Apesar da ampla difusão de informações a respeito do tema, algumas delas ainda enfrentam mitos e tabus. 

"Além de estarem atentos à próstata, os brasileiros não devem descuidar do coração, já que doenças cardiovasculares estão entre as que mais causam óbitos nos homens. Outro ponto de atenção é o controle dos níveis de glicose no sangue, a fim de evitar o desenvolvimento do diabetes, uma das patologias de maior incidência no Brasil”, afirma Dr. Gustavo Campana, vice-presidente médico de Análises Clínicas do Grupo Alliar, uma das maiores redes de medicina diagnóstica do país. 

Para ajudar no esclarecimento do assunto, Campana listou alguns mitos e verdades sobre o bem-estar masculino. Confira abaixo:

 

Homens vivem menos que mulheres

Verdade. De acordo com o último estudo sobre longevidade realizado em 2020 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida entre homens no Brasil está em 73,3 anos, enquanto a das mulheres é de 80,3 anos. Os dados não consideram os efeitos da Covid-19. Entre os fatores apontados para essa diferença está a maior disposição feminina para realizar consultas médicas e exames preventivos regulares.

 

Eles procuram mais o médico quando a dor já é grande

Verdade. Levantamento do Centro de Referência da Saúde do Homem da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, demonstra que seis em cada 10 homens diagnosticados com câncer de próstata só procuraram o médico quando os sintomas estavam insuportáveis.

 

O exame PSA sozinho é capaz de verificar se há doença na próstata

Mito. Utilizado para avaliar se o PSA (Antígeno Prostático Específico) está normal ou elevado, o teste é complementar ao exame de toque. Portanto, apenas a análise PSA não basta para diagnosticar doenças na glândula.

 

Diabetes é uma doença silenciosa

Verdade. O corpo só dá sinais do diabetes quando a doença está em fase avançada, por isso, os sintomas da enfermidade demoram a aparecer. Contudo, a doença pode danificar órgãos e vasos sanguíneos, causando graves danos à saúde. “Um exame de glicemia ou Hemoglobina Glicada é o primeiro passo para verificar a taxa de glicose no sangue e é o início de toda a avaliação médica para o diagnóstico do Diabetes, conta Campana.

 

Diabetes tem cura 

Mito. Tanto o tipo 1 - desenvolvido por uma reação do próprio corpo, que passa a atacar as células do pâncreas, glândula responsável pela produção de insulina -, quanto o tipo 2 - quando o organismo humano deixa de produzir ou se cria uma resistência ao hormônio - não têm cura. Porém, a doença pode ser controlada com mudança de hábitos e monitoramento das taxas de glicose no sangue.

 

Açúcar tem a ver com doenças do coração 

Verdade. O diabetes pode causar doenças cardiovasculares graves como infartos, AVCs (Acidentes vasculares cerebrais) e o entupimento das artérias, denominado de doença cardiovascular. “Por isso, pacientes com diabetes devem consultar o seu médico pelo menos uma vez ao ano, no mínimo. Assim, o médico é capaz de prescrever os exames necessários e, consequentemente, o melhor tratamento para cada caso”, conta Campana.

 

Só homens idosos desenvolvem câncer de próstata

Mito. Apesar de menor incidência, há casos da doença diagnosticada em pacientes com menos de 40 anos. Histórico de câncer de próstata entre familiares e obesidade são alguns dos fatores de risco.

 

Relações sexuais sem camisinha podem causar câncer de pênis

Verdade. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o uso do preservativo é indispensável para prevenir ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como o vírus HPV, relacionados por alguns estudos como uma das possíveis causas de câncer de pênis no país. Também é importante vacinar meninos a partir dos nove anos. Na rede privada, o imunizante contra HPV está disponível para homens até 45 anos. 

 Grupo Alliar


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