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sábado, 30 de abril de 2022

Transformações e o futuro sustentável das organizações

A pandemia acelerou a preocupação das empresas, e da sociedade como um todo, em relação ao ESG - Environmental, Social and Governance – Meio Ambiente, Social e Governança, que passa agora a ser prioridade, colocando no topo da pauta corporativa a questão da sustentabilidade.

Até a década de 70 a preocupação com recursos naturais e sociais era praticamente inexistente, pois não se acreditava na falta de recursos e não havia uma grande preocupação com a qualidade das condições humanas. Foi nesse período que os cientistas começaram a alertar sobre os problemas do efeito estufa e do esgotamento dos recursos naturais, iniciando a realização de estudos sobre maneiras conscientes de explorar o meio ambiente e de forma sustentável, surgindo então a ideia de que é preciso garantir que os recursos usados hoje sejam renovados para que gerações futuras também possam usufruir deles. Junto aos estudos do meio ambiente, também surgiu a preocupação com o desenvolvimento social e as condições humanas.

A partir desses estudos, a questão socioambiental começou a ser uma preocupação das grandes organizações internacionais, que passaram a discutir sobre como desenvolver a exploração de forma sustentável, sem comprometer o próprio desenvolvimento tecnológico e social.

Essa preocupação chegou aos investidores institucionais e em 2006, juntamente com a Iniciativa Financeira do Programa da ONU para o Meio-Ambiente (UNEP FI) e o Pacto Global, foram publicados os princípios do investimento responsável - Principles for Responsible Investments (PRI), que sintetizou essa preocupação em seis princípios que devem orientar os investidores na tomada de decisões em relação aos seus investimentos.

São eles:

1 - Incorporaremos os temas ESG às análises de investimento e aos processos de tomada de decisão.


2 - Seremos pró-ativos e incorporaremos os temas ESG às nossas políticas e práticas de propriedade de ativos.


3 - Buscaremos sempre fazer com que as entidades nas quais investimos divulguem suas ações relacionadas aos temas ESG.


4 - Promoveremos a aceitação e implementação dos Princípios dentro do setor do investimento.


5 - Trabalharemos unidos para ampliar a eficácia na implementação dos Princípios.


6 - Cada um de nós divulgará relatórios sobre atividades e progresso da implementação dos Princípios.


Desde então, o número de signatários desse compromisso tem aumentado cada vez mais. Em 2006 eram em torno de 200 investidores, hoje são mais de 3.000. Somando os recursos movimentados por esses investidores temos o valor de 120 trilhões de dólares disponível para a realização de investimentos em negócios voltados para os conceitos do ESG.

Essa mudança de paradigma, no sentido de que os negócios devem ser preocupar com o meio ambiente, questões sociais, além da governança, tem como fundamento o desenvolvimento sustentável não só do meio-ambiente ou do âmbito social, mas do próprio negócio.

Um bom exemplo de empresa com foco no ESG é a Faber Castell, que replanta árvores nos lugares onde ela extrai madeira para produzir seus lápis, como uma questão autoconsciente, garantindo a manutenção dos recursos para continuar construindo seu principal produto e, assim a sua própria sustentabilidade como negócio.

A mídia também desempenhou um papel fundamental para conscientizar a população sobre o consumo de produtos ou serviços de empresas que estivessem comprometidas com a questão ESG, estimulando ainda mais as companhias interessadas em cativar esse público, a adotarem esse sistema.

Uma empresa que investe em ações ESG tende a passar maior credibilidade aos investidores e, também, aos seus colaboradores, fornecedores e clientes, por estar seguindo os padrões inovadores e sustentáveis, além de estar em conexão ao inconsciente coletivo da sociedade, que também incorporou essa ideia ao seu estilo de vida, uma vez que todos querem que as gerações seguintes também possam usufruir dos recursos e manter o legado de conscientização desenvolvido na segunda metade do século 20.

Outra tendência ESG é gerar economia à própria população, poupando-a de ter que arcar com os custos gerados com problemas ambientais que as empresas deixavam ou explorar recursos os quais elas ficariam sem.

Daí por que o poder público também se mostra cada vez mais suscetível a essa ideia. Vale mencionar o fomento do governo do Paraná, além de linhas de crédito específicas do Finame e do BNDES, que incentivam a adoção de energia renovável e a instalação de sistemas de micro e minigeração de energia elétrica fotovoltaica, eólica ou de biomassa, que permitem que a produção excedente de energia elétrica renovável possa ser compartilhada com o sistema das distribuidoras concessionárias tradicionais, gerando ainda crédito adicional para seus produtores.

Vale lembrar que a Governança Corporativa se pauta pelos tradicionais pilares de transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa. E dentro desse pilar de responsabilidade corporativa já havia a preocupação com o compliance e a responsabilidade socioambiental. Mas com o suporte dos investidores e da própria sociedade, que cada vez mais vem pautando as ações corporativas voltadas para o ESG, a sua implementação veio para ficar.

 

Monica Bressan - especialista em governança corporativa, compliance, ISO 37001, ISO 31000, contratos e finanças. Profissional com perfil estratégico, com mais 20 anos de atuação em escritórios de advocacia, empresas e como professora em cursos de graduação e pós-graduação, formada em Direito e Administração de Empresas, com Especialização em Direito Tributário e Mestrado em Administração de Empresas com foco em Finanças Estratégicas. Possui certificação internacional ISO 31000 Lead Risk Manager (Gestão de Riscos) e ISO 37001 Provisional Auditor (Antissuborno).

É namoro ou união estável?

 Faça um contrato para identificar as regras do relacionamento

 

Desde o ano passado, devido à pandemia provocada pela covid-19, muitos casais de namorados decidiram morar juntos, impulsionando o aumento do chamado contrato de namoro. Apesar de pouco conhecido, o contrato de namoro já existe há mais de 15 anos. Ele serve para assegurar que uma determinada relação não se configure em uma união estável, implicando na divisão de bens. Sabe-se que, no rompimento de uma união estável, assim como no casamento, metade dos bens adquiridos durante o tempo de relacionamento são divididos, caso o casal opte pelo regime de comunhão parcial de bens. Esse foi o principal motivo da ascensão desse tipo de contrato no período de pandemia em que os pombinhos decidiram cumprir o período de isolamento social juntos.

O contrato de namoro é embasado na alteração da Lei 9.278 de 1996 que afastou o prazo mínimo de cinco anos de convivência e ocasionou preocupação nos casais atuais. Nele, é definido pelas duas partes que não há a intenção de construir uma família, ou seja, a relação dos namorados é apenas parental e não conjugal - quando há a intenção de constituição de família.

Todo o processo é realizado no cartório de notas, de preferência com o acompanhamento de um advogado de Direito de Família, por necessitar de cláusulas contratuais bem definidas para esse namoro. Por exemplo, se tiver filhos, definir regras para guarda e visitas. Se tiver pets, a mesma situação. As regras são estipuladas respeitando a moral, os bons costumes e a lei. É uma garantia jurídica para proteger o patrimônio de ambos, caso o relacionamento termine. Ou seja, nada será repartido, sem risco de um dos pares entrar com ação de reconhecimento de união estável.

Esse tipo de contrato é bastante comum no meio das celebridades e dos empresários que estão em relacionamentos e a pandemia apenas aflorou essa alternativa aos namorados que decidiram morar juntos nesse momento difícil.

Pode parecer invasivo, mas na verdade esse contrato mostra ao outro que você está resguardando bens patrimoniais para um casamento futuro, uma vez que o namoro pode ser convertido em união estável ou casamento. A partir daí, a regra de partilha de bens começa a vigorar, de acordo com o regime de bens escolhido. Portanto, não é uma desconfiança, mas uma segurança jurídica que prepara o relacionamento para um casamento ou união estável, que respeita as decisões de ambos, inclusive decisões financeiras.

É uma necessidade no mundo atual em que as pessoas não namoram somente para a finalidade de casamento, como acontecia antigamente. Quem não conhece avós ou até mesmo pais que para namorar era preciso pedir a mão da mulher e fazer todo um ritual com os pais da futura cônjuge?

Hoje, no namoro qualificado (ou relacionamento mais sério), não há compromisso de casamento. As pessoas são livres para romper a relação quando bem quiserem. Há relação sexual, um vive na casa do outro, mas não há a intenção de constituir uma família. No entanto, sem esse contrato, existe o risco de uma das partes conseguir o reconhecimento de união estável. Inclusive, a Lei 9.278 de 1996 surgiu após uma empresária ser obrigada a dividir seus bens após um relacionamento que configurou no reconhecimento de união estável.

O prazo de validade termina quando o relacionamento é rompido, porém se existirem regras instituídas após o término do relacionamento, esse contrato continua vigorando, por exemplo em caso de guarda e visita de pets ou filhos.

Portanto, o contrato de namoro é uma alternativa para os relacionamentos modernos. E você que está num relacionamento que configura um namoro topa fazer esse acordo?

 

Dra. Catia Sturari - advogada especializada em descompliar os temas que envolvem o Direito de Família. Atua há 12 anos na área e é formada pela IMES (Hj, USCS), em São Caetano do Sul. Atualmente, cursa pós-graduação em Direito de Família pela EBRADI e é condutora do programa Papo de Quinta, no Instagram, voltado às questões que envolve o Direito de Família, também é palestrante em instituições de ensino e empresas e é conhecida pela leveza em conduzir temas difíceis de aceitar e entender no ramo do Direito de Família.


sexta-feira, 29 de abril de 2022

Como cuidar da saúde dançando: confira as dicas da Smart Fit e escolha a dança como sua atividade física regular

Nesta sexta-feira, 29 de abril, comemora-se o Dia Internacional da Dança. Atividade física vigorosa, dinâmica e divertida, a dança também é uma ótima forma de cuidados com a saúde e pode ser encarada como um exercício "fantasiado". Destacamos 7 benefícios e ensinamos um passo básico e versátil para você começar agora mesmo

 

Confira as dicas de Camila Belluomine, gerente de modalidades coletivas do Grupo Smart Fit:

 

  1. A dança é um é ótimo exercício cardio

Além das vantagens associadas a qualquer atividade que exige fôlego, a dança trabalha resistência para coração e pulmões, força muscular e flexibilidade. Uma atividade como a corrida na esteira pode fazer você perder peso da mesma maneira, é verdade. Mas a dança requer outras habilidades, que você vai aprimorando à medida que pratica. Estamos falando de equilíbrio, agilidade, coordenação e potência.


  1. A dança ajuda a perder peso ou manter a forma

A dança é um exercício aeróbico vigoroso o suficiente para fazer você queimar calorias e emagrecer, se esse for o seu objetivo. Para perder peso, é necessário manter a regularidade. Uma aula de Fit Dance ou de Zumba na Smart Fit queima até 500 calorias por aula (com duração de 45 a 60 minutos), dependendo da intensidade.


  1. E você ainda fortalece os músculos

Dançar é especialmente benéfico para os músculos das pernas, abdômen e bumbum. Também trabalha os quadris e a parte inferior das costas. Algumas modalidades podem exigir ainda mais de braços e ombros. Dançando você ganha tônus muscular e flexibilidade.


  1. Alívio do stress

Quando dançamos, a adrenalina e cortisol, hormônios produzidos em estado de stress, começam a ser gastos pelo coração e músculos e fazem o corpo relaxar, fazendo o cérebro liberar endorfina, dopamina e serotonina, hormônios que dão a sensação de prazer.


  1. Desenvolve agilidade, ritmo e percepção espacial

Acompanhar as batidas da música exige consciência corporal, atenção aos gestos e ao espaço que você está ocupando. Não é só o corpo trabalhando, mas o cérebro também.


  1. A dança é democrática

A dança é indicada para todos. É só querer fazer dela uma estratégia de atividade física. “Pessoas com qualquer nível de preparo físico, com qualquer histórico, e de qualquer idade podem dançar. As aulas de Fit Dance e Zumba da Smart Fit registram 80% da capacidade total da sala. Lembrando que é importante seguir as orientações do professor, pois só ele é capacitado para oferecer opções de intensidade para cada praticante.

 

7.    Fique por dentro das dancinhas da moda

Funk e as dancinhas que fazem sucesso nas redes sociais marcam presença nas aulas da Smart Fit. A aula é formatada com picos de intensidade. Usamos a estrutura de treinamento aeróbico. As músicas têm estilos bem variados e o que faz mais sucesso são as músicas do momento.

 

Comece a dançar agora 

Não sabe dançar? Tem vergonha de postar aquela coreografia? Para pegar o ritmo, que tal aprender o Step Touch, um passo fácil e versátil que serve como base para diversos tipos e estilos de música? Veja o vídeo com o passo a passo e entre no clima.

 

8 hábitos e posturas que prejudicam sua lombar e como mudá-los


A dor nas costas, em algum momento, vai afetar você. Estima-se que cerca de 90% da população tem ou terá algum episódio de lombalgia ao longo da vida. A condição é a principal causa de afastamento do trabalho e de incapacidade física.
 
Mas, por que as dores na coluna são tão prevalentes em nossa sociedade? Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Reeducação Postural Global (RPG) e Pilates, parte do problema reside em hábitos da vida moderna e em posturas inadequadas.
 
“A obesidade atingiu níveis preocupantes nos últimos anos. Estudos apontam que no Brasil cerca de metade da população está com sobrepeso. O sedentarismo é outro fator de risco importante para problemas na coluna, por exemplo. Em relação às posturas, as pessoas adotam ao longo da vida posições inadequadas, porque são mais confortáveis”.
 
“Com o passar do tempo, essas posturas se tornam vícios, com grande potencial para causar doenças e lesões no sistema musculoesquelético. Na maioria dos casos, a coluna é a área mais afetada pela má postura, pelos maus hábitos e pelo estilo de vida”, comenta Walkíria.    
 
Acompanhe agora os principais vícios de postura que podem prejudicar a coluna lombar e saiba como se livrar deles.
 

1- Permanecer em pé com os joelhos muito esticados 
Ficar em pé na fila do banco, da padaria, do mercado, do transporte público etc., com os joelhos muito esticados, pode levar à dores na região lombar. Essa hiperextensão dos joelhos sobrecarrega a parte inferior da coluna.

Recomendação: Para aliviar o desconforto, o ideal é “destravar” os joelhos, fazendo movimentos sutis com as pernas para frente e para trás.

 
2- Carregar bebês e crianças muito pesadas no colo
 O ato de carregar bebês e crianças no colo pode prejudicar bastante a coluna lombar, principalmente quando o peso ultrapassa 10% do peso corporal de quem as carrega.
 
Essa regra dos 10% vale para qualquer coisa, seja uma criança, um pet, uma caixa, uma mala etc. Outra posição comum é quando a mãe encaixa a criança em um dos lados do quadril. Por último, pegar a criança do berço, carrinho ou do chão sem flexionar os joelhos também pode causar lesões na lombar.

Recomendação: A primeira dica é sempre flexionar as pernas para levantar a criança e levá-la ao colo. O peso da criança não deve ser maior que 10% do peso corporal de quem a carrega. Um exemplo: uma mãe que pesa 60 Kg deveria carregar até 6 kg. Jamais carregar a criança encaixada no quadril. Procurar distribuir o peso da criança ao segurá-la também é importante.
 
O sling e o canguru são interessantes. Contudo, se a criança for muito pesada, pode causar problemas na coluna também. Nesses casos, ou seja, para crianças maiores, o ideal seria levá-las em carrinhos.

 

3- Curvar-se para frente
Provavelmente, a maioria das pessoas tem dificuldade para manter a coluna ereta do dia a dia. Seja na posição sentada ou em pé, a tendência é se curvar para frente. Em outros casos, muito para trás.
 
Ao longo do tempo, essa postura pode causar dores na coluna dorsal (meio das costas) e na lombar. Além disso, há o risco de a pessoa desenvolver a cifose, famosa corcunda.
 
Recomendação: Seja em pé ou sentado, a melhor posição para a coluna é procurar manter o tronco na posição ereta. A cadeira de estudo ou de trabalho precisa apoiar a coluna lombar. Esse apoio é essencial para facilitar a manutenção dessa postura.

 
4- Sapato alto ou baixo demais
Tudo na vida exige equilíbrio. E isso vale para os calçados. Os sapatos com saltos muito altos, no caso das mulheres, desorganizam toda as partes da coluna. A tendência é jogar a lombar para trás. Com o tempo, isso pode causar uma lordose e muitas dores na região. Já as sapatilhas e rasteirinhas também podem levar à lombalgia.
 
Recomendação: O ideal é deixar os saltos para ocasiões especiais. No dia a dia, o ideal é optar por calçados com saltos de 3 a 4 cm. Homens devem evitar sapatênis sem um solado mais alto, por exemplo.

 
5- Apoiar o peso do corpo em uma das pernas
Quando precisamos ficar muito tempo em pé, temos a tendência de procurar alguma superfície para encostar, como muros, paredes, carros etc. Outra postura, nessas situações, é apoiar o peso do corpo em uma das pernas. Seja como for, essas posturas levam a uma assimetria do corpo que prejudica o eixo da coluna.

Recomendação: Sempre procure distribuir o peso do corpo nas duas pernas, mantendo os joelhos um pouco flexionados. Evite encostar-se nas superfícies. Faça o trabalho de destravar os joelhos e se movimentar de forma sutil no lugar.
 

6- Abaixar sem flexionar as pernas
Esse vício de postura é clássico. A maioria das pessoas se esquece de dobrar as pernas ao se abaixar. Outro erro é pegar o peso do chão de um lado só.

Recomendação: O agachamento correto é feito com as pernas flexionadas. O peso deve ser levado pelos dois braços, junto ao peito. 

 

7- Estar acima do peso
O sobrepeso e a obesidade são muito prejudiciais para a coluna.

Recomendação: O ideal é perder peso até atingir àquele que se adequa ao peso e à altura de cada pessoa.

 

8- Dormir de bruços
Dormir com a barriga para baixo é péssimo, uma vez que o pescoço e a coluna não ficam em uma posição neutra. Essa postura sobrecarrega a musculatura dessas duas regiões e pode causar dores e outras lesões na coluna.

Recomendação: A melhor posição na hora de dormir é de lado, com as pernas semiflexionadas. Outro ponto é avaliar se o colchão está em boas condições e é adequado para o peso e altura. Isso vale também para o travesseiro.
 
“A conclusão é que precisamos ter mais consciência corporal, ou seja, perceber melhor nossas posturas no dia a dia. A partir disso, é possível corrigi-las para prevenir problemas na coluna e em outras partes do corpo”, finaliza Walkíria.


Sensibilidade nos dentes impacta diretamente na qualidade de vida

Problema afeta cerca de 30% da população e deve ser tratado logo aos primeiros sintomas


Ao contrário do que muitos pensam, o problema bucal que mais atinge a população não é a cárie e sim a sensibilidade dentária. Atingindo uma em cada três pessoas, o problema não deve ser negligenciado, principalmente com a chegada dos dias frios, em que os sintomas podem ser ainda piores, ocasionando outras disfunções como a má alimentação e a incorreta higienização dos dentes.

Segundo a ortodontista, Viviane Vivaldi, a sensibilidade dentária é provocada pela exposição da dentina que pode ser causada pela degradação química do esmalte do dente, deslocamento da gengiva com exposição da raiz e trincas no esmalte. Assim, quando os estímulos de alimentos quentes, frios, ácidos ou muito doces tocam nessa região, a dor é imediata. "Nos casos mais graves a dor pode prejudicar a mastigação, fazendo com que a pessoa não consiga se alimentar corretamente. Outro problema recorrente é a má escovação, também provocada pela dor no local. Nesse caso o paciente muitas vezes nem percebe que está evitando passar a escova no dente sensível, o que prejudica ainda mais a higienização”, conta a especialista.

Sobre o tratamento, Viviane indica alguns procedimentos que devem ser realizados no consultório como laises, medicamentos dessensibilizantes, restaurações e cirurgias de recobrimento radicular. “Esses procedimentos são indicados para os casos mais graves, em que a dor prejudica a qualidade de vida da pessoa.” Já nos casos mais pontuais, o tratamento em casa apresenta ótimos resultados, como a utilização de cremes dentais de baixa abrasividade, desenvolvidos para dentes sensíveis, flúor e enxaguantes bucais, além de evitar alguns alimentos cítricos.

Muito pacientes apresentam a mordida errada o que pode causar uma força excessiva no dente e causar a retração gengival levando ao aumento da sensibilidade, nesses casos, o tratamento ortodôntico seria o melhor tratamento para paralisar essa perda de estrutura. “A má oclusão também pode ocasionar a sensibilidade, nesses casos, umas das melhores opções é o uso de alinhadores como o Invisalign que possibilita recuperar a oclusão correta, desenvolvendo a saúde aos dentes e tecidos adjacentes”, finaliza.


Estudo encontra associação entre pequenas doses de álcool e problemas cognitivos


A ciência sobre beber pesado e o cérebro é clara: os dois não têm um relacionamento saudável. As pessoas que bebem muito têm alterações na estrutura e tamanho do cérebro que estão associadas a deficiências cognitivas. 

Mas, de acordo com um novo estudo, o consumo de álcool, mesmo em níveis que a maioria consideraria modestos - algumas cervejas ou taças de vinho por semana - também pode trazer riscos para o cérebro. Uma análise de dados de mais de 36.000 adultos, liderada por uma equipe da Universidade da Pensilvânia, descobriu que o consumo leve a moderado de álcool estava associado a reduções no volume geral do cérebro. 

A ligação ficou mais forte quanto maior o nível de consumo de álcool, mostraram os pesquisadores. Como exemplo, em pessoas de 50 anos, à medida que o consumo médio entre os indivíduos aumenta de uma unidade de álcool (cerca de meia cerveja) por dia, para duas unidades (um litro de cerveja ou um copo de vinho), há mudanças associadas no cérebro equivalente a envelhecer dois anos. Passar de duas para três unidades de álcool na mesma idade era como envelhecer três anos e meio. A equipe relatou suas descobertas na revista Nature Communications. 

"O fato de termos uma amostra tão grande nos permite encontrar padrões sutis, mesmo entre beber o equivalente a meia cerveja e uma cerveja por dia", diz Gideon Nave, autor correspondente do estudo e membro do corpo docente da Penn's Wharton. 

"Essas descobertas contrastam com as diretrizes científicas e governamentais sobre limites seguros de consumo", diz Kranzler, que dirige o Penn Center for Studies of Addiction. "Por exemplo, embora o Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo recomende que as mulheres consumam em média não mais de uma dose de bebida por dia, os limites recomendados para os homens são o dobro disso, uma quantidade que excede o nível de consumo associado no estudo com diminuição do cérebro”. 

Uma ampla pesquisa examinou a ligação entre beber e a saúde do cérebro, com resultados ambíguos. Embora existam fortes evidências de que o consumo excessivo de álcool causa mudanças na estrutura do cérebro, incluindo fortes reduções na massa cinzenta e branca em todo o órgão, outros estudos sugeriram que níveis moderados de consumo de álcool podem não ter impacto, ou mesmo que o consumo leve pode beneficiar o cérebro em adultos mais velhos. 

Para entender as possíveis conexões entre a bebida e o cérebro, era fundamental controlar as variáveis ​​de confusão que poderiam obscurecer a relação. A equipe controlou idade, altura, destreza manual, sexo, tabagismo, status socioeconômico, ascendência genética e município de residência. Eles também corrigiram os dados de volume cerebral para o tamanho geral da cabeça. 

Os participantes voluntários do Biobanco responderam a perguntas da pesquisa sobre seus níveis de consumo alcóolico, de abstenção completa a uma média de quatro ou mais unidades de álcool por dia. Quando os pesquisadores agruparam os participantes por níveis de consumo médio, surgiu um padrão pequeno, mas aparente: o volume de substância cinzenta e branca, que poderia ser previsto por outras características do indivíduo, foi reduzido. 

Passar de zero para uma unidade de álcool não fez muita diferença no volume cerebral, mas passar de uma para duas ou duas para três unidades por dia estava associado a reduções tanto na substância cinzenta quanto na branca. 

"Não é linear", diz Daviet. "Fica pior quanto mais você bebe”. 

Mesmo retirando os bebedores pesados ​​das análises, as associações permaneceram. O volume cerebral mais baixo não estava localizado em nenhuma região do cérebro, descobriram os cientistas. 

"Há algumas evidências de que o efeito da bebida no cérebro é exponencial", diz Daviet. "Então, uma bebida adicional em um dia pode ter um impacto maior do que qualquer uma das bebidas anteriores naquele dia. Isso significa que reduzir a bebida final da noite pode ter um grande efeito em termos de envelhecimento cerebral". 

 

Rubens de Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Associations between alcohol consumption and gray and white matter volumes in the UK Biobank, Nature Communications (2022).


Perda auditiva: Quando devemos procurar ajuda?

Otorrinolaringologista do São Cristóvão Saúde comenta como identificar sintomas da hipoacusia e quando buscar tratamento especializado

 

Precisa pedir para que repitam mais de uma vez o que lhe foi dito, por não ter compreendido a conversa? Assiste televisão em volume alto, causando reclamação de quem está ao redor? Já deixou de ouvir o som do telefone ou da campainha ou não sabe identificar a direção do som? O IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, estima 10 milhões de brasileiros com alguma deficiência auditiva, aproximadamente 5% da população com dificuldades em ouvir ou já em grau avançado de surdez. 

 Caso tenha se identificado com essas situações ou conheça alguém que passe por isso, o Dr. Lucas Bevilacqua Alves da Costa, Otorrinolaringologista no São Cristóvão Saúde, Doutor pela FMUSP e membro do Fellowship em Otologia, esclarece sobre a hipoacusia, definida como “diminuição da capacidade de se detectar os sons” e seus possíveis tratamentos. “Nos adultos, a principal queixa se dá por meio de relatos de dificuldade para compreender o que familiares ou amigos estão dizendo. Já nas crianças, se manifesta principalmente com falta de atenção e atraso no desenvolvimento de fala e linguagem”, comenta o especialista.

 Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, esse é um problema que, até 2050, vai afetar 900 milhões de pessoas no mundo e podem surgir, gradualmente, ao longo da vidaDe acordo com o otorrino, dentre os fatores que podem levar à perda auditiva, estão:

  1. Neurossensorial: lesão interna, cujas limitações podem ser congênitas; ou seja, quando a pessoa nasce com esse tipo de perda auditiva, ou adquiridas quando ao longo da vida, por fatores ambientais ou exposição a substâncias nocivas, que levam a perda da audição (a exemplo de alguns medicamentos). 
     
  2. Condutiva: múltiplos fatores que podem levar à essa condição, tais como infecções e traumas.

Grande parte das causas está relacionada a fatores que podem ser evitados com o controle de condições já existentes e por métodos de prevenção. “É importante evitar a exposição à fatores de risco, tais como ruído de alta intensidade, e da manipulação e/ou uso de produtos ototóxicos. Para pessoas que trabalham expostas à ruídos, é importante o uso de equipamento de proteção individual apropriado para atenuação da intensidade sonora. Também é importante orientar adolescentes e crianças sobre o uso dos fones de ouvido”, notifica Dr. Lucas Bevilacqua A. da Costa. 

“No caso das crianças, quando o responsável notar atraso no desenvolvimento de fala e linguagem ou qualquer suspeita que o mesmo venha a ter”, complementa o médico. Assim, o diagnóstico é realizado por meio de exames que analisam as diferentes habilidades auditivas, sendo o mais comum a audiometria. 

Dependendo dos resultados dos exames e das causas da surdez, o médico indicará o tratamento mais adequado. Alguns casos são resolvidos com a administração de antibióticos e anti-inflamatórios, sempre sob prescrição médica. Outros, como trauma acústico, requerem repouso. “Denominamos a surdez completa de um dos ouvidos (unilateral), de anacusia. Quando esta é nos dois ouvidos (bilateral) a denominação é que o indivíduo está cofótico”, esclarece. “No caso dos aparelhos auditivos, o mais conhecido deles é o chamado Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). Porém, sua indicação depende do grau da perda auditiva (leve, moderado, severo ou profundo) e do tipo da perda auditiva (neurossensorial, condutiva ou mista)”, finaliza Dr. Lucas Costa.

Desse modo, ao notar sinais que podem estar relacionados à perda auditiva, procure um médico otorrinolaringologista para melhor investigação. Afinal, a prevenção é sempre a melhor maneira de cuidar de sua saúde!

  

Grupo São Cristóvão Saúde


Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho serve de alerta para a importância dos cuidados com a saúde dos funcionários

Exame Ocupacional é fundamental para evitar acidentes e prejuízos à saúde dos trabalhadores


          O Laboratório São Paulo é pioneiro e referência em Belo Horizonte na realização do exame ocupacional in loco.Esse procedimento faz parte do processo de contratação de um funcionário por uma empresa e também é realizado em casos de afastamento por mais de 30 dias, contratação, demissão, quando o profissional tem uma promoção, vai mudar de função ou ocupar um novo cargo. O exame é necessário para avaliar o estado físico e mental do colaborador.

          No dia 28 de abril é celebrado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, data que veio para conscientizar sobre os cuidados que se deve ter com a saúde dos empregos para evitar acidentes durante o período de trabalho. O Laboratório São Paulo realizaexames laboratoriais, como análise de glicemia, colesterol,hemograma, entre outros de acordo com o pedido médico. Uma equipe qualificada e treinada cuida da área para entregar os resultados com agilidade. O acesso ao resultado é de forma segura pelo portal web.

          De acordo com a coordenadora de Ciência, Inovação e Tecnologia do Laboratório São Paulo, Cláudia Assunção, a realização do exame ocupacional tem um papel importante, como os de análises clínicas que conseguem detectar uma diabetes ou colesterol alto, por exemplo, que serve para orientar o médico na hora de fazer o relatório sobre a função que será exercida pelo funcionário. “É uma segurança para ocolaborador e para a empresa, assim será possível detectar se tem ou não alguma doença e até pode servir de orientação para um tratamento médico”, ressalta.

          Pensando na importância de se fazer o acompanhamento constante da saúde e bem estar dos colaboradores, o Laboratório São Paulo tem investido em tecnologias de business inteligence que permitem aanálise dos resultados laboratoriais com a ciência de dados e estatísticas preditiva, que servem para auxiliar o departamento médico. O Laboratório São Paulo também tem uma equipe especifica para realizar os exames dos colaboradores na própria empresa.

          Os funcionários contratados devem fazer os exames ocupacionais a cada dois anos, quando não trabalham em área de risco, já os que trabalham em áreas de muito risco precisam realizar os exames periodicamente. Colaboradores menores de 18 anos e acima de 45 anos devem fazer semestralmente ou anualmente em casos de realizarem trabalhos em situações de risco.

          O laudo do exame ocupacional só é emitido pelo médico do trabalho. Ele irá analisar os exames realizados para definir se o colaborador está apto ou não para exercer a função dentro da empresa. Com o laudo, é possível acompanhar a evolução da saúde do trabalhador, durante o período em que estiver trabalhando, e saber se desenvolveu ou não alguma doença ao realizar as atividades dentro da empresa.

Ergonomia: cuidados com o corpo no home office

Fisioterapeuta do Getninjas dá dicas para não sofrer com dores posturais 

Com o trabalho remoto, alguns cuidados simples com o corpo acabaram sendo deixados de lado. É importante manter-se em alerta, pois ao improvisar uma mesa de trabalho ou passar muitas horas sentado, o profissional corre o risco de desenvolver problemas posturais. Para evitar que os desconfortos diminuam a produtividade e a qualidade de vida, o fisioterapeuta Edson Neves, que atende pelo GetNinjas, maior aplicativo de contratação de serviço do Brasil, trouxe algumas dicas de ergonomia para preservar a saúde no modelo home office. Confira:

 

Investimento em móveis ergonômicos 

A ergonomia é a ciência que estuda o relacionamento do homem com o trabalho, e por consequência, as condições de trabalho e objetos podem ser adaptados às necessidades do corpo humano. O estudo engloba a postura corporal, condições das cadeiras, altura e espaço das mesas, apoio de pés, entre outros. Para os profissionais que estão seguindo o modelo de home office, uma cadeira ergonômica pode ser um investimento interessante, segundo o fisioterapeuta. O que diferencia essa cadeira das demais é que a ergonômica dá apoio e sustentação para a coluna, para a lombar e suporte para os pés. Até mesmo os apoios para os braços têm o importante papel de aliviar o peso sobre os músculos dos ombros e da nuca. Além disso, é essencial somar a cadeira ergonômica à altura adequada da mesa de trabalho, que deve ter entre 54 cm a 74 cm para evitar dores e má postura.

 

Postura corporal 

Além dos móveis ergonômicos serem importantes, o colaborador também deve cuidar de sua postura para evitar problemas. Ao passar muitas horas na mesma posição, o profissional pode ocasionar lesões na coluna e nos membros superiores e inferiores. A solução para isso é se movimentar e alterar a postura a cada meia ou uma hora. A simples ação de levantar da cadeira ajuda a evitar problemas nos músculos e na coluna, pois ativa a circulação e estimula a musculatura do corpo.


Fome pelos cinco sentidos


Não se trata apenas da diferença entre a fome emocional e a fome física -- aquelas que já são fáceis de identificar entre fome e vontade de comer. Quando se trata de alimentação a frase de “comer pelos olhos” vai além de apenas este sentido. A médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela especialista em emagrecimento da capital paulista afirma que os cinco sentidos são facilmente ativados diante do pensamento em relação à comida e para todos, os tipos de fome são diferentes. 

“Nariz, olhos, ouvidos, tato e por fim a boca. Além da comida ativar os cincos sentidos é possível que uma pessoa coma mais quando não repara em cada um deles e isso pode gerar a compulsão e, consequentemente virem os quilos a mais”, alerta a médica.

Para ajudar a compreender a relação entre o poder do olfato, visão, audição, tato e paladar e as comidas, a médica separou um a um.

 

Nariz

Café é um exemplo clássico: até quem não saboreia a bebida gosta do cheiro. Isso acontece porque aromas agradáveis despertam este tipo de fome, que geralmente possui conexão com as memórias afetivas. 

“O cérebro pode se sentir satisfeito a apenas com fragrâncias. Leve sempre o prato perto do nariz antes de colocá-lo na boca. Feche os olhos e perceba o cheiro dele, pode até ser que só de sentir o aroma já sacie a vontade de comer compulsivamente e apenas experimentando já será suficiente”, fala Dra. Ana.

 

Olhos

Comer com os olhos sempre foi algo dito. É porque a visão traz uma enorme influência sobre o que comemos, mas uma mesa decoradamente posta e um prato bem apresentado não significa que tenham que vir acompanhados por uma enorme quantidade de comida. A dica da médica e notar cada detalhe do prato como as cores, texturas e formas e colocar sempre pouca quantidade no prato, isso ajuda a não comer de modo automático.

 

Ouvido

Alguns barulhos poder servir de gatilhos para a fome como uma pipoca estourando, um pacote se abrindo ou ouvir uma mastigação de algo crocante. “Aqui vale sempre a pergunta a si mesmo se há prazer em mastigar ou se há fome mesmo”, avisa a nutróloga.

 

Tato

É pelo tato que os bebês começam a serem introduzidos à alimentação solida depois do desmame. Por isso que o ato de comer com as mãos pode induzir a comer mais. “A facilidade de ter uma sanduiche nas mãos, por exemplo, exclui a necessidade de descansar o garfo e a faca e acaba estimulando ainda mais as mordidas. A dica é ir retirando pequenos pedaços aos poucos e deixar a comida sempre no prato”, ensina.

 

Boca

Observar cada mordida, aproveitar os sabores, perceber a salivação e mastigar inúmeras vezes ajuda a satisfazer as sensações tanto do prazer de comer quanto da saciedade. Caso contrário, pode levar à compulsão. “É deste mesmo modo que conseguimos também conhecer novos alimentos e dar mais chances para os crus e in natura -- que são sempre os mais saudáveis e menos calóricos”, finaliza a médica.

 

FONTE: Dra. Ana Luisa Vilela - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá -- MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo -- HCFMUSP. Hoje, dedica-se a frente da rede da Clínica Slim Form a melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.


"Saúde tá no corpo. Saúde tá no cuidado. Saúde tá na boca"

O cuidado com a saúde bucal reflete diretamente no cuidado com o corpo!

 

A boca desenvolve um papel importante no corpo do ser humano, principalmente quando se trata de saúde. De acordo com o cirurgião-dentista Dr. Paulo Sergio Santos, doutor em Patologia Bucal e Livre Docente em Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (USP), a boca é a porta de entrada de muitas doenças e, por ela, o indivíduo sabe se seu corpo está em bom funcionamento ou não, sendo assim, a saúde bucal tem influência direta com a saúde do corpo. 

O aparecimento de doenças bucais pode ser reflexo de alguma doença do corpo, ou mesmo a alteração da boca pode levar a alguma doença sistêmica, principalmente as inflamações gengivais. “Infecções que começam na boca podem se disseminar pelo corpo. Por exemplo, se há uma infecção/inflamação na gengiva, essa inflamação pode ser carregada pelo sangue para outras regiões. As doenças gengivais são silenciosas e quando o indivíduo percebe a doença, já há um comprometimento grande”, diz Dr. Sérgio. 

Além das doenças na gengiva, outro ponto são as infecções oportunistas, que estão relacionadas a fungos e vírus e acometem as pessoas quando há queda de imunidade, isso favorece o aparecimento de microrganismos que podem se alastrar pelo corpo, como o vírus da herpes. 

A cirurgiã-dentista Dra. Fernanda Carrer, mestre em Patologia Bucal e doutora em Ciências Odontológicas pela USP, diz que o indivíduo precisa olhar a boca como um todo. “Geralmente vemos a boca como dente e gengiva, no máximo. Mas, tem a língua, a bochecha, o céu da boca e a garganta. Todas essas mucosas que revestem a boca (tecidos moles) podem ficar doentes também”, alerta. 

 

Doenças bucais podem agravar doenças autoimunes 

Algumas doenças autoimunes podem ter repercussão na boca, seja por conta dos efeitos colaterais dos remédios, seja por conta da imunidade comprometida. 

Para ilustrar como a boca interfere na saúde de todo o corpo, o Dr. Sergio relatou um caso recente que atendeu, em que o paciente conseguiu controlar o diabetes tratando de um abscesso dentário. 

“O paciente tinha um abscesso dentário (uma infecção dentária) com início em cárie dentária, que evoluiu para uma infecção endodôntica (canal), e foi para o osso, provocando uma infecção grave. Esse paciente era diabético e estava muito descompensado. Ao trabalhar em conjunto com a equipe médica, ajustando os medicamentos, conseguimos fazer a extração do dente comprometido e drenagem do abscesso. Dois dias depois, havia melhora significativa do diabetes, estabilizando o paciente, o que permitiu progresso no controle do diabetes pela equipe médica”, compartilhou o doutor. 

 

Câncer: pacientes precisam de atendimento especializado 

Pacientes em tratamento de câncer (seja na boca ou em outra região do corpo) precisam de atendimento odontológico especializado. Atualmente, as Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) e o Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) fazem acompanhamentos odontológicos. 

Em tratamentos de quimio e radioterapia, os pacientes são assistidos pelo cirurgião-dentista e, em alguns casos, o profissional precisa tratar de lesões na boca, um efeito colateral desses procedimentos, diz a Dra. Fernanda Carrer. 

Outra atenção dos cirurgiões-dentistas são os cânceres bucais, que geralmente são causados pelo excesso de álcool e tabaco e atingem cerca de 15 mil pessoas por ano, principalmente homens com 50 anos ou mais, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA. Porém, na última década esse câncer tem acometido pessoas com idade e entre 17 e 35 anos, por estar relacionado a uma doença sexualmente transmissível, o papilomavírus humano, conforme alerta Dr. Paulo Sergio. 

 

Prevenção, vulnerabilidade social e doenças bucais 

Escovar os dentes após as refeições e fazer consultas regulares com o cirurgião-dentista são métodos importantes de prevenção das patologias bucais. A Dra. Fernanda reforça que iniciar a higiene da boca desde criança é fundamental. “Manter uma regularidade na escovação com uso de creme dental fluoretado, desde as primeiras erupções dos dentes das crianças, previne contra as doenças mais comuns: a cárie e as doenças periodontais”, diz. 

Além disso, a questão social é, também, determinante para as doenças bucais, principalmente essas mais comuns, como explica a cirurgiã-dentista: “tem estudos que mostram isso vastamente, por exemplo, crianças que têm mais cáries estão associadas a mães com menos escolaridade. O paciente com mais vulnerabilidade social morre de câncer de boca porque descobre mais tarde e têm menos acesso aos serviços de cuidados com a saúde”, diz. 

A Dra. Fernanda reforça o quão importante é o governo, seja federal, estadual ou municipal, investir em Políticas Públicas que garantam o acesso dessas pessoas ao tratamento dentário. 

 

Campanha Saúde tá no corpo. Saúde tá no cuidado. Saúde tá na boca” 

No mês de abril, o CROSP elaborou a campanha “Saúde tá no corpo. Saúde tá no cuidado. Saúde tá na boca”. Por meio dela, pretende impactar o público geral sobre o papel determinante que a saúde da boca desempenha no organismo e como isso se reflete na qualidade de vida. 

Para isso, as peças publicitárias colocam o paciente como protagonista e adicionam, ainda, um brilho aos personagens da campanha, reforçando a ideia da importância de cada cidadão para os profissionais da Odontologia. Tópicos como alimentação, escovação e visitas regulares ao cirurgião-dentista serão abordados com ênfase durante o mês.

 

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


A importância do monitoramento cardíaco durante atividades físicas

Não é apenas quem sofre de alguma patologia cardiovascular que precisa monitorar a frequência cardíaca ao praticar exercícios físicos.  O coração é um músculo que possui como função fisiológica a contração e relaxamento - esse movimento é responsável por bombear o sangue e distribuí-lo para todo o corpo, portanto, durante a prática de exercícios físicos esse processo é intensificado pela atividade e maior necessidade de oxigenação.

Por isso, é necessário estar atento e observar se o coração está sofrendo algum tipo de sobrecarga durante o exercício, sendo assim, a melhor forma de controle é através da avaliação e monitorização da frequência cardíaca - lembrando que esses dados de frequência variam de acordo com idade, hábitos de vida e histórico de cada pessoa.

O Grupo Ultra, holding especializada em franquias de Academias e Studios Fitness, realiza o monitoramento de todos os seus alunos nos studios Spider Kick -  um studio inspirado no treinamento que o Anderson ?Spider? Silva, ex-Campeão Peso Médio do UFC, fazia para se preparar para as lutas. Ele é, inclusive, sócio da franquia. Mas não é um treino que foca só em luta. São 45 minutos de diferentes atividades que promovem alto gasto calórico e melhoram o condicionamento físico.

São três estações de atividades - uma de agilidade, onde os exercícios são de agachamento, salto, simulação de socos, pular corda, flexões e polichinelo, tudo com o peso do próprio corpo. Depois, vem a de Muay Thai, onde são trabalhados tanto chutes quanto socos. Por último, é o treino funcional, que é feito com pesos e alterna dias onde o foco são os membros inferiores e outros onde os superiores são os mais usados.

Todo mundo usa um frequencímetro e existe uma TV que mostra ao aluno em que zona ele está. Se os batimentos estão tranquilos, ele está na zona azul. Quando passa para a zona amarela, eles estão um pouco mais elevados. O ideal é manter-se na zona laranja, que é quando há a maior queima calórica.  Mas é preciso ficar atento para não ultrapassar essa zona e chegar na vermelha, que não é o ideal. No final do treino, essa TV mostra os seus resultados: quanto mais você se manteve na zona laranja, melhor foi o aproveitamento.

 

Enfermeira obstetra dá dicas para amamentação de gêmeos

Quantidade de leite produzida pela mãe tem relação com o estímulo recebido no primeiro mês de vida


Quando falamos de amamentação, já é mais do que sabido de que não existe leite fraco ou insuficiente. Ainda assim, as mamães de gêmeos sentem-se inseguras se são capazes de produzir leite para os dois bebês.

Segundo a Enfermeira Obstetra e Consultora de Amamentação Cinthia Calsinski, o aleitamento gemelar é totalmente possível e o preparo da mulher é iniciado ainda na gestação, com informações sobre livre demanda, boa pega e posicionamento dos bebês, contato pele a pele, sinais da boa ingestão de leite, observação do comportamento e das evacuações etc. “Informação nunca é demais e estar bem preparada dá segurança para encarar as situações”, conta a enfermeira obstetra.

O medo de não ser capaz de produzir leite para os dois bebês também é infundado. Cinthia explica que a capacidade de produção depende do estímulo da mama no primeiro mês de vida -- que pode ser feito pelos recém-nascidos ou por uma bomba extratora de leite. “Quanto mais receptores de prolactina forem ativados neste período pelo estímulo e esvaziamento da mama, melhor será a produção de leite”, explica.

Um ponto fundamental para que as mamães de gêmeos consigam ter sucesso no aleitamento é a organização: a mãe deve se dedicar única e exclusivamente aos bebês. Se for preciso contratar ajuda para manter a rotina doméstica, não tem problema. “Monte uma rede de apoio, reserve espaço para anotar dados de cada mamada, ordenha, etc. e dedique-se ao aleitamento. Cuidar de dois bebês é um desafio e, nos primeiros dias, tanto mãe quanto bebês estão aprendendo e se adaptando à amamentação.”

Cada bebê deve ter seu tempo de mamada sozinho com a mãe e é importante fazer um rodízio de bebês/mamas a cada 24 horas ou a cada mamada, uma vez que cada um estimula a mama de uma maneira (tempo, força, musculatura etc) e pela experiência sensorial com a mãe. “Eles percebem a diferença de como enxergam a mãe, sentem seu corpo, escutam o ambiente etc.”, conclui Cinthia.
  
 

Cinthia Calsinski - Enfermeira Obstetra e Consultora de Amamentação


Mais da metade dos brasileiros tem sobrepeso e 30% são hipertensos

“O sobrepeso pode, inclusive, antecipar em uma década os sintomas e diagnóstico da doença”, alerta especialista   

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 10 milhões de pessoas morrem no mundo em decorrência da hipertensão arterial. Por estar relacionada à doença, a obesidade também é um dos fatores analisados por especialistas para o diagnóstico hipertensivo. Reforçando esta informação, o Ministério da Saúde realizou um mapeamento que revela mais de 57% de brasileiros com sobrepeso e, destes, 22% já estão obesos, o que acende um sinal vermelho contra os maus hábitos alimentares e comportamentais.   

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que 30% dos brasileiros são hipertensos em razão de causas rotineiras, dentre elas, o hábito de fumar, ingerir bebidas alcoólicas em excesso, diabetes sem controle e doenças cardíacas predispostas. A coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade UNINASSAU, campus Redenção, Fabrícia Castelo Branco, comenta que tanto hipertensão como o diabetes são fatores de risco para o desenvolvimento ou agravamento de outras enfermidades. "Altas quantidade de sal, tabagismo, sedentarismo, histórico familiar, estresse e envelhecimento são causas em potencial para a hipertensão. O sobrepeso pode, inclusive, antecipar em uma década os sintomas e diagnóstico da doença. Por isso, alimentação equilibrada, exercícios frequentes e hábitos saudáveis são imprescindíveis para o bem-estar geral. Para isso, um profissional de saúde precisa ser consultado regularmente”, pontua Fabrícia.     

Uma rotina equilibrada, que esteja relacionada aos hábitos saudáveis, pode ser iniciada nas refeições consumidas. A coordenadora do curso de Nutrição da UNINASSAU Redenção, Conceição Carvalho, também acrescenta que o consumo de determinados alimentos colabora para a prevenção de sintomas e do agravamento do problema, como os legumes e frutas. "É possível conviver com estas condições de maneira mais tranquila. Para isso, o paciente precisa compreender que, a partir do momento que se é diagnosticada a hipertensão, nada pode continuar como estava. Então, a alimentação prescrita por um nutricionista vai ajudar no controle dessa pressão alta. Além disso, algumas atitudes devem ser adotadas, como medir a pressão com regularidade, praticar exercícios físicos, meditar e procurar ter momentos prazerosos ao lado da família e amigos”, finaliza Conceição.    


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