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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Até quando as fronteiras com os EUA ficarão fechadas?

Novo governo receberá pressão interna pelo fim das restrições a países como o Brasil.

 

A Casa Branca confirmou nesta segunda-feira (25/01) que o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltará a proibir através de uma ordem executiva a entrada da maioria de viajantes não americanos e não residentes nos EUA que chegam do Brasil, Reino, Irlanda e 26 países europeus do Espaço Schengen. Desde maio de 2020, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) vetou a entrada de viajantes internacionais (com raras exceções) provenientes destes países, que que concentram grandes focos da pandemia da covid-19.

O fim das restrições de viagens foi anunciado de forma surpreendente pelo ex-presidente Donald Trump, a dois do final de seu mandato, e começariam a valer a partir de 26 de janeiro de 2021. No entanto, no próprio dia em que a medida foi aprovada a equipe de Joe Biden declarou a imprensa que não aprovava esta decisão 

Desta maneira, brasileiros que desejam viajar para os Estados Unidos, mas não se enquadram nas exceções estipuladas pela lei americana, continuam precisando fazer “quarentena” de pelo menos 14 dias em outro país livre das mesmas restrições para só então solicitarem a entrada em território americano. Além disso, como também divulgado em medida recente, é necessário agora apresentar resultado negativo de teste de covid-19 feito 3 dias antes da viagem para poder embarcar para os EUA. 

Embora a decisão do governo Biden esteja embasada pelas autoridades de saúde dos EUA, o novo presidente deve encontrar grande resistência por parte de setores vitais da sociedade americana pela reabertura das fronteiras, que desde o ano passado sofrem com a ausência de cidadãos dos países vetados, em especial os da China e do Brasil, que tradicionalmente estão entre as nações que mais enviam turistas, estudantes e trabalhadores temporários (não imigrantes) aos Estados Unidos. 

“A pressão em cima de Biden deve vir, principalmente da indústria do turismo, que representa cerca de 2.8% do PIB americano, e está entre as mais importantes e lucrativas do país. Aproximadamente 77 milhões de pessoas visitam os EUA anualmente. Entretanto, com a chegada da pandemia da Covid-19 em 2020, todos os indicadores de turismo caíram vertiginosamente, gerando grave prejuízo e demissões em praticamente toda a indústria do turismo no país” – declarou Rodrigo Costa, CEO da AG Immigration, empresa especializada em vistos e green card para os Estados Unidos. 

Para se ter uma ideia, em 2019 o turismo gerou 712 bilhões de dólares, enquanto em 2020, devido a pandemia, este número diminuiu para 396,37 bilhões. Uma queda de 42.1%. Sobre este tópico, Rodrigo Costa, que também é especialista em investimentos e mercado de trabalho, comentou: 

“O governo Biden sabe que precisa recuperar o lucro gerado pelo turismo, assim como os empregos perdidos durante o ano passado, e para isso terá não somente que implementar e reforçar medidas sanitárias, como as que já estão em prática nos parques da Flórida, mas também conseguir, eventualmente, repensar a decisão de manter as fronteiras fechadas  para países que tradicionalmente gastam muito dinheiro com turismo nos EUA, como o Brasil e a China.. Com certeza a indústria americana do turismo só irá se recuperar plenamente com a reabertura da fronteira com estes países”. 

Além disso, as universidades de ensino superior e cursos de inglês também devem pressionar o governo pela reabertura das fronteiras com os países vetados. Aproximadamente 12% dos estudantes estrangeiros na América são chineses, e o Brasil é responsável por 5% de todos os estudantes internacionais que chegam ao país. 

Além da perda de receita imediata, as principais instituições de ensino dos Estados Unidos temem que novos estudantes dos países vetados encontrem alternativas de estudos em outros mercados, como Nova Zelândia e Canadá, que não possuem as mesmas restrições americanas, tanto para a entrada no país quanto para a obtenção de um visto de estudo, lembrando que a Embaixada e Consulados americanos no Brasil continuam fechados para emissão de tais vistos. 

A reabertura das fronteiras para quem deseja estudar nos EUA deve ser, portanto, preocupação do novo presidente, já que muitos que vão aos EUA estudar acabam posteriormente ficando no país e, consequentemente, fazendo parte importante do mercado de trabalho americano. “Em um mundo onde cada vez mais se valoriza o capital intelectual, a retenção de estudantes internacionais também deve ser considerada prioridade pelos novos mandatários do país”, destacou Rodrigo Costa.

Por fim, com a pausa na emissão de vistos das autoridades consulares americanas no Brasil desde o ano passado, devido a pandemia, milhares de brasileiros não tiveram a oportunidade de solicitar vistos de trabalho temporários, que servem para que um profissional estrangeiro trabalhe nos EUA por um tempo determinado em uma empresa Americana. Muitos destes vistos já haviam sido inclusive congelados durante o governo Trump, antes da pandemia. Entre eles, os vistos H1-B, H-2B, H-4, e o L-1. 

Calcula-se que mais de 240 mil estrangeiros tenham deixado de ser contratados por empresas na América desde que a medida foi aprovada. Tamanha restrição gerou revolta entre as grandes companhias americanas, especialmente aquelas que trabalham com tecnologia de ponta, segmento que sempre necessita de profissionais estrangeiros. Como os pedidos de suspensão desta medida não foram ouvidos durante o governo Trump, a expectativa é que a pressão agora recaia para que o novo presidente não apenas reverta esta decisão, como também reabra as fronteiras para a entrada destes profissionais estrangeiros qualificados nos EUA. 

“Tradicionalmente, muitos brasileiros obtêm vistos de trabalho temporário, e o fim do congelamento destes vistos certamente seria extremamente bem recebido por diversos profissionais do Brasil”, alertou Rodrigo Costa.  




Rodrigo Costa - CEO da AG Immigration e especialista em investimentos. Reside nos EUA há 7 anos e atua no mercado americano há mais de 10 anos. Ele é administrador de empresas com vasta experiência profissional em negócios, tecnologia e marketing. Devido a sua expertise e profundo conhecimento do mercado americano, se tornou CEO e responsável por gerenciar todas as operações da AG Immigration na América Latina. 

 

AG Immigration

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Fone: +1 (407) 728-6033 (11)4210-3678 
e-mail: info@agimmigration.law  

 

Segurança ocular nas estradas: confira dicas para tornar as viagens mais seguras

Durante o verão há um aumento considerável no fluxo de automóveis nas estradas e rodovias. Dirigir pode ser desafiador para qualquer pessoa, independentemente da distância e condições do percurso, mas pode ser um desafio ainda maior para quem usa óculos de grau. Por isso, é fundamental estar também com a saúde ocular em dia.


A pupila reage à intensidade da luz ambiente, especificamente àquela que atinge diretamente os olhos. Seu diâmetro varia, ficando pequeno quando há muito exposição à luz, e grande quando o ambiente está mais escuro. Para completar, em condições de baixa luminosidade, como ao anoitecer, ou durante chuvas e em dias nublados, o diâmetro da pupila fica entre o pequeno e o grande, tornando a percepção espacial difícil para os motoristas e afetando seu desempenho visual.

Outro grande desconforto relatado por motoristas é a sensação de ofuscamento, dificuldade de ver sob luz brilhante, solar ou artificial direta, normalmente associada às luzes de alta intensidade nos faróis dos automóveis em sentido oposto, do reflexo do sol no asfalto e em demais veículos, ou até mesmo da iluminação da rua no período da noite - segundo estatísticas da Polícia Rodoviária Federal, 30% dos acidentes nas estradas ocorrem entre 17h e 20h. É preciso ficar atento também ao efeito "lusco-fusco", mudança na iluminação causada pela transição entre dia e noite, que pode causar perda de noção de distância e profundidade, ou até cegueira momentânea devido ao ajuste dos olhos à luz do nascer ou pôr-do-sol que atravessa diretamente o para-brisa.

Dirigir exige ainda que a atenção seja dividida entre diferentes pontos focais, em distâncias variadas - o olhar transita entre os acontecimentos na estrada, os veículos próximos e os comandos internos no painel do carro e espelhos, tornando imprescindível uma visão dinâmica, que garanta a segurança própria e a de terceiros. Confira abaixo algumas dicas essenciais para uma viagem tranquila e segura.


Descanso: o sono está diretamente relacionado ao alto índice de acidentes nas estradas, competindo praticamente de igual para igual com o consumo de bebidas alcoólicas. Segundo estudo realizado em 2019 pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), estima-se que aproximadamente 30% dos acidentes rodoviários noturnos são causados por motoristas que dormem na direção, o que corresponde a 20% das mortes nas estradas brasileiras. Portanto, é imprescindível que o motorista tenha uma boa noite de sono e esteja descansado antes de pegar a estrada. Além do risco de cair no sono ao volante, colocando em perigo sua própria vida e a de terceiros, a atenção e os reflexos rápidos podem ser fator determinante na hora de evitar acidentes. É importante perceber os sinais que o corpo dá e respeitar seus limites, optando até por postergar a viagem caso não se sinta apto e descansado o suficiente.


Uso dos óculos: previsto na legislação brasileira e passível de multa, o uso dos óculos de grau é obrigatório para quem necessita. Investir em produtos de qualidade é essencial para preservar a saúde ocular e permitir alto desempenho da visão em um momento tão crucial. As lentes DriveSafe da ZEISS, referência em cuidados com os olhos, são projetadas para garantir maior conforto e segurança aos motoristas. Com tecnologia Luminance Design®, as lentes se adaptam ao tamanho da pupila em condições de baixa luminosidade e, aliadas ao tratamento DuraVision® DriveSafe, reduzem a sensação de ofuscamento em até 64%, proporcionando visão de alta performance para todos os momentos e condições. Ainda, o design das lentes DriveSafe incorporam uma distância média até 43% maior, facilitando a mudança de foco entre o painel e os espelhos do automóvel, e de até 14% a mais em zona de visão muito distante, o que permite uma visão mais ampla da estrada, proporcionando mais conforto e segurança ao motorista.


Alimentação: uma boa alimentação pode colaborar muito com uma viagem tranquila. Dê preferência às comidas leves e de fácil digestão, que não causarão sonolência e tampouco desconforto digestivo durante o percurso. Se a viagem for matutina, tome um café da manhã reforçado e rico em frutas e fibras. Caso a viagem seja depois do almoço, evite comidas gordurosas ou pesadas. Para reduzir as paradas na estrada, opte por levar lanches leves e práticos consigo, como por exemplo barrinhas de cereal, biscoito integral, água e suco de caixa. Considere também o tipo do percurso - se a estrada tiver muitas curvas, pode causar enjoo, portanto é indicado não comer de forma exagerada. Importante lembrar que a falta de alimentação adequada pode causar tontura e dores de cabeça, que comprometem a acuracidade visual, tornando o ato de dirigir muito perigoso.


A importância do líder em momentos de crise

Nos últimos meses experimentamos uma crise global com circunstâncias e exigências sem precedentes na história mundial recente. E para sobrevivermos a este cenário atípico, tem sido necessário que verdadeiros líderes assumam seu papel diante da sociedade e do mercado, direcionados por sua coragem e visão a médio e longo prazo.

Em um "novo mundo" em construção, fica cada dia mais evidente que o papel da liderança se tornou ainda mais desafiador, afinal, em um novo cenário econômico e profissional, os líderes precisam engajar, apoiar e se mostrar presentes às suas equipes, dando autonomia e confiança aos colaboradores como sempre foi indicado, mas que agora se tornou essencial.

Isso porque já é sabido que não apenas em momentos de crise, mas a atuação eficaz do líder é fundamental para engajar colaboradores e minimizar riscos para o negócio, independente do atual momento da empresa ou do mercado externo.

Com a pandemia, quem ocupa um cargo de liderança precisou se adaptar ao cenário de forma rápida e para alguns até mesmo de forma intuitiva. Criar novas soluções, lidar com a ansiedade dos profissionais e garantir o bem-estar não é uma tarefa fácil em um período tomado por incertezas, conseguir estimular a produtividade da equipe e manter o nível de engajamento e comprometimento (para alguns à distância pela adoção do home office) tem sido um desafio que precisa ser superado dia após dia.

Tem uma frase que gosto muito que diz que "uma crise pode expor rapidamente os pontos fortes e fracos ocultos de um líder", Gene Klann. De fato, este é um momento que exige cautela e clareza para tomada de decisões estratégicas. Neste sentido, a dica é desenvolver a empatia, afinal, cá entre nós - não está fácil para ninguém. Demonstrar preocupação real com os colaboradores, fazer reuniões com a equipe mesmo à distância, pedir feedback, auxiliar colaboradores com dificuldades no trabalho remoto e flexibilizar a rotina de trabalho, são algumas medidas que podem aproximar e fortalecer a relação entre comandante e comandados.

Além disso, sabemos que os impactos resultantes da maior crise mundial dos últimos tempos ainda serão sentidos por um bom tempo, infelizmente. Mas que também, por mais grave que seja a crise, é preciso liderar com otimismo e esperança de dias melhores. Um líder é aquele que não se desespera, busca transformar a crise em uma oportunidade e o faz com inteligência emocional.

Exatamente neste momento, talvez estejamos tendo acesso aos números mais alarmantes para o mercado brasileiro, consequência dos resultados do primeiro semestre do ano, e é justamente agora que os verdadeiros líderes vão se destacar.

Mais do que nunca, são os líderes que precisarão tomar à frente e direcionar as empresas para que tenham condições reais de se recuperar e permanecer no mercado. Para ajudar neste sentido, elenquei algumas percepções que poderão ajudar quem está à frente de um negócio a se sobressair, são elas:

• Desenvolva habilidades relacionadas a gestão;

• Articule os interesses, tanto internos quanto externos;

• Aprenda a se comunicar de forma eficiente;

• Mantenha um canal aberto com a equipe sempre;

• Estabeleça e verifique padrões de trabalho que podem mudar no pós-pandemia;

• Promova uma cultura de inovação;

• Multiplique as boas lideranças através de reconhecimento e incentivo real;

• Dê o exemplo através de ações coerentes;

• Foque na solução, não no problema;

• Inspire, não mande.

Não existe mais espaço para um chefe ditador ou que apenas cria regras que ele mesmo não acredita ou não cumpre. Um líder inspirador busca desenvolver uma cultura de trabalho positiva, pautada pela empatia, respeito e propósito da empresa como objetivo final.

Verdadeiros líderes já entenderam que não devem se desgastar ou se concentrar em proteger seu domínio no trabalho. Ao invés disso, precisam expandi-lo, pois seu sucesso depende do sucesso dos outros e de aprender a delegar e não concentrar tudo em suas mãos. São essas características que farão de você um líder e do seu negócio uma empresa preparada para o "novo normal".

 


Benito Pedro Vieira Santos - especialista em Reestruturação de Empresas e sócio da Avante Assessoria Empresarial.

https://www.avanteadm.com.br/

 

Millenials e Geração Z: o presente e o futuro das relações de trabalho

Especialistas da Luandre explicam os pontos de encontro e os de atrito das novas gerações e as empresas

 

Ter um emprego estável, casa própria e um bom carro. Esta trinca já foi fundamental, porém, hoje, para os Millenials, nascidos entre 1981 e início dos anos 90, as prioridades são outras. Entenda as diferenças:

Diferenças entre Millenials e Geração Z

Jovens adultos, na faixa dos 19 e 35 anos, os Millenials já ocupam o mercado de trabalho e são motivados pelas oportunidades de crescimento, ao mesmo tempo em que buscam equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. São conhecidos pelo trabalho em equipe, aliado à flexibilidade -- home office e horários adaptáveis

De acordo com Gabriela Mative, gerente de RH da Luandre, uma das maiores consultorias de RH do Brasil, os Millenials, também conhecidos como Geração Y, estão abrindo o caminho de uma nova era profissional, bem diferente da anterior, ocupada pela Geração X e que vai ganhar novos contornos quando a Geração Z, formada por adolescentes, hoje, estiver no mercado.

“Esses jovens, com idades entre 11 e 18 anos, da Geração Z, são ainda mais competitivos e independentes, preferindo ter um ambiente de trabalho exclusivo a ter que dividir um. São indivíduos totalmente por dentro da era digital, diferentemente dos Millenials que, embora pioneiros tiveram de se adaptar”, detalha Gabriela.


O que essas gerações querem?

Assim, na Luandre, observa-se essa mudança de comportamento puxada pela Geração Y. Se antes, estabilidade era a pauta do dia, a preocupação hoje é com a qualidade das relações interpessoais. “Uma das principais buscas é por lideranças qualificadas. A maioria destes profissionais avalia a qualidade do gerente. Para as novas gerações, o trabalho é a vida deles, ou seja, um mau gerenciamento os afasta rapidamente”, diz Gabriela.

Outras questões, como oportunidades de crescimento na empresa e aumento de salário influenciam significativamente. “As gerações anteriores também buscavam por reconhecimento financeiro, mas notamos que os jovens precisam deste reforço mais rapidamente, talvez porque a velocidade de tudo hoje em dia seja maior, a começar pela rapidez que a internet proporciona”, explica Gabriela.

Ela ainda destaca que esses profissionais buscam por empresas alinhadas a seus ideais: “Millenials têm a preocupação em estar em companhias que estejam de acordo com seu propósito de vida, por isso, para eles tão importante quanto um bom salário é a transparência da empresa em relação à sua missão e suas práticas”.


O futuro nas organizações

No passado, quando a Geração Y estava chegando ao mercado, havia o mito de que se tratava de gente preguiçosa. Contudo, neste momento, o consenso é que características, antes desprezadas, podem ser positivas. Gabriela nota que a necessidade por flexibilidade de horário, já comentada, possibilita que não se limitem a

trabalhar somente de acordo com uma carga horária pré-estabelecida e não se importem em também oferecer essa flexibilidade conforme a demanda.

Ela também observa a capacidade de articulação e iniciativa para propor ideias em razão da vontade por autonomia: “há uma busca por fazer diferença no mundo e isso começa pelo local onde trabalham. Eles querem ser agentes transformadores e não apenas levar adiante o que já está estabelecido”.

E, ao que tudo indica, o cenário profissional daqui a alguns anos deve seguir essa tendência ao se considerar que os Millenials já são 50% do público interno das organizações e, em dez anos vão representar, 75% da força de trabalho no mundo, segundo uma pesquisa global liderada pela ferramenta Join.Me. Na Luandre, em 2019, o número de contratados entre 20 e 35 anos representou 73% e o número de currículos recebidos ultrapassa a média de 63%.


Empresários defendem flexibilização em tributos para socorrer turismo e evitar falências no setor

Encontro no Sindhotéis reuniu representantes da hotelaria e gastronomia, instituições, prefeitura e Câmara de Vereadores

 

Empresários da hotelaria, gastronomia, entretenimento e lazer reuniram-se com representantes da prefeitura e Câmara Municipal para debater alternativas para superar a crise enfrentada pelo setor. O encontro foi mediado pelo presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu, Neuso Rafagnin, na segunda-feira, 25.

O evento contou com participação do secretário municipal de Turismo, Paulo Angeli; do assessor político especial de Relações com o Legislativo, coronel Jahnke; da presidente da Comissão de Turismo da Câmara de Vereadores, Anice Gazzaoui; do presidente do Conselho Municipal de Turismo, Yuri Benites; e do presidente do Visit Iguassu, Felipe González.

A conversa girou em torno das possibilidades de redução, parcelamento ou isenção de tributos municipais para a indústria do turismo – principal atividade econômica de Foz –, sobretudo aos setores mais impactados pela pandemia do novo coronavírus. A proposta é seguir o exemplo de outros municípios que têm flexibilidade na arrecadação, a fim de evitar falências no turismo, como Cascavel.

 

Medidas – O objetivo é implantar os benefícios possíveis ainda em 2021 e já propor e aprovar projetos de lei agora para mudanças que só possam ser colocadas em vigor no próximo ano. “As entidades estão cientes dos limites para mudar a legislação municipal, mas defendem que é possível atender aos pedidos em curto e médio prazo”, afirmou Neuso Rafagnin.

Um exemplo prático diz respeito à Taxa de Verificação de Funcionamento Regular (TVFR), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e taxa de publicidade. Os valores, antes compatíveis com a realidade local, hoje são praticamente impossíveis de serem pagos diante da crise no turismo.

Outra solicitação é estender o desconto do pagamento à vista também para os parcelamentos. Em relação ao IPTU, por exemplo, pede-se a manutenção do desconto de bonificação mesmo se, neste ano, o valor for pago parcelado. Acerca do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), solicitou-se a redução da alíquota de 5% para 3%, como era até 2015.

 

Próximos passos – Diante dos pedidos dos empresários, o secretário municipal de Turismo, Paulo Angeli, assumiu o compromisso de levar – e defender – as propostas ao prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro. “Buscaremos um parecer legal sobre todos os pleitos. Alguns pontos devem dar mais trabalho para mudar, outros parecem depender de decisão política”, disse.

A vereadora Anice Gazzaoui destacou que o turismo é o carro-chefe para o desenvolvimento da cidade, porém hoje o setor sente o peso dos tributos municipais, prejudicando a manutenção de empregos e a sustentabilidade das empresas. “Vamos encontrar uma saída juntos. Acredito que dá para ser feito”, resumiu.

Após o debate, ficou acordada a criação de um grupo de trabalho, baseado no Comtur (colegiado formado por 35 instituições da iniciativa privada e poder público) e com participação de representantes da Secretaria Municipal da Fazenda, da Secretaria Municipal de Transparência e Governança e da Procuradoria-Geral do Município. 


Assessor de investimentos dá dicas de como economizar e estabelecer uma reserva de emergência

Com o início de um novo ano, surgem novas resoluções e objetivos pessoais. No ano passado, uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) indicou que guardar dinheiro foi a principal meta financeira dos brasileiros em 2020.

Mas poupar não é tão simples assim. Para guardar dinheiro, o interessado precisa, primeiramente, saber o quanto gasta por mês e ter consciência financeira, isto é, conhecimento do quanto custa seu estilo de vida. O CEO da Apollo Investimentos, João Guilherme Penteado, detalha o processo de economizar.

"É fundamental saber exatamente para onde vai cada centavo gasto e, em especial, o que é ou não indispensável naquele mês e o valor que pode ser guardado. Ao receber o salário, você já tem uma projeção de onde vai o dinheiro e pode, assim, organizar muito melhor suas finanças”, destaca. Segundo ele, é a partir disso, que se monta um orçamento que torna possível a criação de uma reserva de emergência.

Este modo de poupar, chamado de "colchão financeiro", gera os ativos de reserva de emergência. Com o suporte de uma assessoria de investimentos, o cliente consegue economizar de modo a minimizar os riscos de perca de dinheiro.

No caso de perfis mais conservadores, por exemplo, uma das alternativas é compor a carteira com ativos atrelados à inflação.  “E nós, da Apollo, sugerimos que tenha em todas as carteiras. Isso impede o cliente de perder dinheiro em um cenário de juro real negativo, ou seja, com a inflação mais alta do que a taxa Selic. Dessa forma, o cliente protege o poder de compra real do patrimônio a médio e longo prazo", explica Penteado.

Ainda neste cenário, o CEO atenta à necessidade de caixa. "Se o cliente sabe que vai precisar do dinheiro em breve, a volatilidade da economia pode gerar aumentos na curva de juros e, consequentemente, o impacto negativo", lembra. "Portanto, a reserva de emergência precisa ser um ativo seguro e líquido, com resgate imediato”, reforça.

Nessa opção, Penteado explica que não existe rentabilidade alta, mas um tripé com relação aos investimentos: segurança, liquidez e retorno. É importante lembrar que nenhum ativo será perfeito e vai oferecer os três aspectos de uma vez. “É aí que se encaixa a importância de uma assessoria de qualidade para auxiliar o cliente a não tomar decisões erradas por desconhecimento dos riscos ou outra situação desfavorável", comenta.

Outro ponto importante na hora de poupar é a categorização dos gastos. Penteado ressalta que o indivíduo precisa de um julgamento crítico para decidir o que é essencial no orçamento do mês. "Ninguém precisa trocar de carro em um curtíssimo espaço de tempo, por exemplo. Contas prioritárias são luz, água, mercado, e, certamente, uma reserva de emergência - no caso de qualquer imprevisto, este dinheiro está garantido para uso pontual e essencial".

A dica, segundo ele é: “comece a poupar agora para que a sua vida financeira seja diferente para que em caso de imprevistos, como em 2020, você fique tranquilo”.

 



Apollo Investimentos

https://apolloinvestimentos.com.br/

 

Pandemia fez com que brasileiros se preocupassem mais com o futuro financeiro, revela estudo da Mastercard

 Pesquisa demonstra as mudanças que a Covid-19 trouxe para os consumidores em seus hábitos diários, estado emocional e bem-estar


A Mastercard, em parceria com a Americas Market Intelligence (AMI), realizou um estudo no final de 2020 com 13 países da região da América Latina e do Caribe (Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Panamá, Peru, Porto Rico e Jamaica) para analisar as mudanças nos hábitos e no estilo de vida dos consumidores causados pela pandemia da Covid-19.

Os resultados da pesquisa revelam que a pandemia e o isolamento social tiveram um grande impacto no emocional dos consumidores. A nova realidade impulsionou diversos sentimentos negativos entre os brasileiros, 33% estão se sentindo menos felizes e 32% estão sentindo mais raiva do que antes. Os níveis de ansiedade também subiram, 54% dos entrevistados acreditam que o nível de ansiedade e estresse está maior agora do que antes e 43% estão sentindo mais medo.

O novo cenário mundial também foi um alerta vermelho para os brasileiros se cuidarem e se planejarem financeiramente. Cerca de 60% estão mais preocupados com o futuro financeiro, mas apenas 45% planejam economizar dinheiro para uma reserva emergencial. Por outro lado, 33% dos brasileiros entrevistados sofreram redução de renda neste período, e 11% foram demitidos de seus trabalhos. 



O "novo normal" da rotina dos escritórios 


Com os novos desafios impostos pelo distanciamento social, o Home Office se tornou uma realidade para empresas em toda a região e no Brasil não foi diferente, em pouco tempo, empresas tiveram que se adaptar para possibilitar o trabalho remoto. Segundo a pesquisa, 63% dos entrevistados brasileiros empregados trabalharam em casa durante algum período da quarentena.

Dos entrevistados, mais da metade espera retornar ao trabalho presencial ainda na primeira metade de 2021, além disso, 3% acreditam que isso só ocorrerá no segundo semestre e 13% planejam passar a trabalhar remotamente permanentemente.

Novos hábitos online
Com o comportamento digital cada vez mais inserido na rotina dos consumidores e, para compensar a ausência de atividades presenciais, novos hábitos online começaram a fazer parte de suas vidas e devem ser levados em conta. Dos entrevistados, 32% afirmaram que irão trabalhar em home office com mais frequência e 38% vão usar o online banking mais vezes em vez de realizarem transações bancárias em agências físicas.

Após sentirem os benefícios de comprar sem sair de casa, 36% dos entrevistados planejam realizar mais compras online do que físicas, e 27% planejam optar pelo delivery ao pedirem comida em casa.

"A pesquisa revela o grande impacto emocional que a pandemia teve em todos nós. A Covid-19 marca um ponto de atenção importante para que empresas atendam melhor às necessidades de seus funcionários e para que marcas desenvolvam produtos e soluções que suportem as novas necessidades do consumidor. Com espaço para que todos possam melhorar e evoluir, podemos ter certeza de que 2021 terá não apenas um consumidor evoluído, mas também uma indústria inteira transformada. E, à medida que os canais digitais continuam a crescer e ganhar a preferência do consumidor, sabemos que a nossa tecnologia desempenhará um papel fundamental no desenvolvimento de novos modelos de negócios para a indústria e em novas soluções para o consumidor", afirma Sarah Buchwitz, Vice-Presidente de Marketing e Comunicação da Mastercard Brasil.

 

Brexit e o passaporte italiano: o que muda com a saída do Reino Unido da União Europeia?

Segundo o advogo italiano Domenico Morra, especialista em dupla cidadania, serão diversas mudanças para quem deseja viajar a turismo, trabalhar ou estudar na comunidade britânica


Depois de anos de intensas discussões e acordos, finalmente o brexit entrou em vigor no primeiro dia de 2021 para confirmar a vontade dos eleitores no plebiscito e ratificar de forma deliberativa a saída do Reino Unido da União Europeia. Mais do que se desvincular do bloco dos 27 países da Europa e mudar a geopolítica e geoeconomia mundiais, o brexit mexeu nas relações entre as nações da comunidade britânica e os viajantes, estudantes e trabalhadores estrangeiros.

Mas, de fato, o que muda com o brexit para os brasileiros, incluindo aqueles que possuem ou desejam possuir o passaporte italiano, com a saída do Reino Unido da União Europeia? Aparentemente, as mudanças não são muito positivas, segundo o advogado Domenico Morra, especialista em dupla cidadania da RSDV & Avv. Domenico Morra – Cidadania Italiana.

Morra explica que no último dia 24 de dezembro de 2020 o Reino Unido e a União Europeia chegaram a um acordo para regular as relações que vigorará, a princípio, até o próximo dia 28 de fevereiro. “O texto ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Europeu, mas vai regular as relações comerciais, de segurança cidadã e de governança, com a criação de um conselho de parceria mista encarregado de garantir que o acordo seja aplicado e interpretado corretamente”, ressalta o especialista.

Quem viajar para algum país da Grã-Bretanha, a partir de agora será considerado viajante nacional de países terceiros, ou seja, para entrar na comunidade britânica haverá um maior rigor das autoridades de imigração e uma nova documentação, como o bilhete de identidade eletrônico. “Cidadãos europeus e não europeus com reconhecida cidadania estrangeira podem entrar o Reino Unido sem a emissão de vistos para viagens curtas de até três meses”, ressalta Morra.

Por conta o brexit, estudar em alguma universidade pertencente ao Reino Unido também ficará mais difícil e pesará mais no bolso, mesmo para aqueles que possuem dupla cidadania. “Se dentro da União Europeia o brasileiro com cidadania italiana tinha vantagem de aproveitar os benefícios europeus para estudantes no sistema de ensino superior inglês, com o brexit esses benefícios como descontes e facilidades que estavam em vigor devem ser reconsiderados nos próximos meses”, defende Morra.

Outras mudanças significativas são para quem pretende trabalhar na Inglaterra ou nos demais países após a saída da União Europeia. “Ítalo-brasileiros que pretendem trabalhar na comunidade britânica devem, agora, comprovar ao governo local que já estarão empregados antes de desembarcar em algum país da Grã-Bretanha”, explica o advogado. “Outra alternativa é dispor do tempo de 90 dias como turista para encontrar um emprego e protocolar o desejo de permanecer no país”, completa o especialista.

Para aqueles que já trabalham em solo inglês, mas que nunca desejaram obter a cidadania britânica, o governo do Reino Unido pode conceder um visto de trabalho. “Este visto de permissão de trabalho provavelmente deverá ser renovado a cada dois, três ou cinco anos a depender da atividade e mediante a apresentação de um pedido do empregador”, analisa o especialista.

Por fim, aqueles que pagam impostos há mais de cinco anos no Reino Unido podem solicitar autorização de residência e cidadania. “Porém, agora esse processo pode levar mais tempo, cerca de um ano, e custar mais caro, cerca de mil libras”, finaliza o advogado Domenico Morra, especialista da RSDV & Avv. Domenico Morra – Cidadania Italiana em processos de dupla cidadania e passaporte italiano.


Conheça cinco principais "ladrões" do seu dinheiro


Segundo o especialista, é importante evitar o uso excessivo do cartão de crédito, com muitos parcelamentos simultâneos 
Créditos: Rupixen/Pixabay


Especialista em finanças do Sicredi destaca as atitudes mais comuns no dia a dia, que levam ao acúmulo de dívidas


Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica que 67,5% das famílias brasileiras estão endividadas. O recorde histórico, registrado em agosto deste ano, é o maior desde 2010. Falta de planejamento financeiro e hábitos pouco saudáveis do consumidor estão entre os fatores que contribuem para o descontrole do orçamento familiar e, consequentemente, para que a conta bancária feche no vermelho no fim do mês.

“A ausência de organização financeira tem um peso significativo nas dívidas acumuladas pelas famílias brasileiras”, destaca Marco Tejeda, gerente da agência da Sicredi Iguaçu PR/SC/SP, em Campinas. A falta de planejamento, ressalta o especialista, vem acompanhada de gastos desnecessários no dia a dia. Tejeda cita como exemplos a falta de atenção com datas de vencimento discriminadas nos boletos, que podem levar a cobranças de multas e juros, e o pagamento de outras taxas, além das compras desnecessárias.

O especialista aconselha que qualquer decisão de gasto venha acompanhada de uma reflexão. “Devemos saber identificar o que precisamos realmente comprar, e o que não necessitamos e consumimos sem precisar. Pode parecer óbvio, mas esse é um dos principais motivos do descontrole financeiro”, afirma.

No levantamento realizado pela CNC, o cartão de crédito é apontado como a principal modalidade de endividamento (77,8%), seguida dos carnês (17,3%) e do financiamento de veículos (10,6%).

Um erro bastante comum do consumidor quanto ao uso do cartão de crédito, exemplifica Tejeda, é o lançamento de várias compras a serem parceladas em um mesmo período. "Embora represente uma facilidade para adquirir produtos ou pagar por um serviço, o cartão de crédito precisa ser utilizado com planejamento", reforça o especialista da Sicredi.

Tejeda lista cinco situações nas quais as famílias mais se endividam. Veja quais são:

1 - Uso excessivo do cartão de crédito, com muitos parcelamentos simultâneos.

2 - Uso do cheque especial, como se o limite fizesse parte do orçamento mensal.

3 - Compra de produtos em promoção, sem que haja necessidade. 

4 - Idas frequentes ao mercado. Recomenda-se a ida uma vez por semana, com a lista de compras em mãos, evitando supérfluos. 

5 - Gastos excessivos em lazer, como baladas, festas e eventos. 

Marco Tejeda recomenda que o consumidor analise os custos fixos, como TV a cabo, internet e celular, e tente negociar com as operadoras. Caso consiga um desconto, destine esse valor e parte da renda para uma reserva financeira, investindo em poupança, por exemplo. Outra dica é diferenciar a necessidade da vontade de comprar. “A família deve entender que existem muitos gastos desnecessários e que um valor pequeno por mês pode representar muito no longo prazo. Além disso, é preciso tornar mais comum o ato de poupar, que é um princípio de uma educação financeira que traz várias vantagens ao consumidor. Um dos benefícios é justamente evitar que se entre na preocupante estatística de endividamento no Brasil e que passe por momentos difíceis, como uma demissão, por exemplo, com mais tranquilidade”, finaliza.

 


Sicredi

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As polarizações podem destruir a sua carreira profissional

Gerir conflitos de pensamentos e crenças é uma competência de profissionais de sucesso


Com as intensas discussões políticas que temos enfrentado em nosso país há algum tempo, temos vivenciado entre amigos, colegas e familiares conversas mais acaloradas onde cada um quer ter mais razão que o outro. Em qualquer tipo de relação ter empatia, ou seja, se colocar no lugar do outro é sempre essencial, além de ter escuta ativa e até mesmo respeito às diferenças e aqui podemos inclusive pontuar quanto à diferença de pensamentos. Se lidamos com pessoas com personalidades, culturas e até mesmo propósito distintos, é preciso maturidade emocional para atuar com diplomacia e mantendo as relações criadas.

Essas polarizações têm sido cada vez mais frequentes dentro das organizações, o que ao ver é péssimo, uma vez que ao invés de caminharmos cada vez mais para ambientes com sinergia, empatia e espírito de equipe, muitas vezes estamos percebendo ambientes de embates e discussões desnecessárias. É preciso ter jogo de cintura para que as divergências não sejam levadas para o lado pessoal, o que irá impactar diretamente no clima organizacional e consequentemente na entrega dos resultados da empresa. Cabe aos líderes construir consenso, coesão e colaboração, constantemente, para que possa além de colher frutos positivos, proporcionar um ambiente de trabalho adequado.

E nesse contexto de polarizações, as redes sociais têm impulsionado tais discussões latentes, uma vez que muitas pessoas usam as redes não só para descontração, mas para emitir opiniões e, pior, partir para agressões e isso tem se estendido para o contato presencial. É importante lembrar que sempre seremos observados, seja por amigos, colegas de trabalho, ou mesmo familiares e isso pode afetar diretamente a nossa credibilidade.

Cabe aos líderes trazer a variedade de pensamentos ao time, que inicialmente incomoda, mas bem gerenciada, gera inclusive a tão falada inovação. Evidentemente você não precisa concordar sempre com o que o outro diz ou acredita. O que não pode acontecer, é você acreditar que apenas a sua ideia, pensamento ou defesa é a mais coerente. Lembre-se que cada um tem uma cultura, seu repertório individual e suas crenças e se tornar intolerante, além de ser desagradável, distância pessoas e ainda irá denegrir a sua imagem, afetando inclusive seu crescimento profissional.

No mundo corporativo é preciso coerência, bom senso e consistente habilidade de gestão de conflitos, uma vez que isso é cada vez mais frequente em nosso dia a dia e é preciso destacar que não é de responsabilidade apenas da liderança mediar tais conflitos, mas uma característica que precisar estar presente do estagiário ao presidente, especialmente àqueles que desejam se destacar na carreira profissional.

Apenas com mente aberta, respeitando as diferenças e se desafiando diariamente que você se torna um profissional e uma pessoa melhor. Então antes de iniciar uma discussão e defender com veemência aquilo que acredita, tente aplicar a falada empatia, ouvir o que outro tem a dizer a promova um bate papo sadio e amistoso. Quem sabe dessa forma você não descobre novos caminhos e mostra na prática o real significado de respeito ao próximo.

 



David Braga - CEO, board advisor e headhunter da Prime Talent. É autor do livro “Contratado ou Demitido – só depende de você” e professor convidado da Fundação Dom Cabral (FDC) para matérias de gestão de pessoas. Ele atua, ainda, como embaixador do ChildFund, eleita, pelo quarto ano consecutivo, uma das 100 melhores ONGs do Brasil, que apoia crianças e adolescentes em extrema vulnerabilidade.


Como viabilizar a solidariedade como ‘nova’ constante nas ações nas esferas pública e privada?

A construção de uma sociedade solidária é um dos objetivos do Brasil, segundo a Constituição da República de 1988. Entretanto, está certo afirmar que a solidariedade costuma se fazer mais presente no país apenas quando algo muito grave acontece e depois volta a dormir no texto legislativo? 

Talvez ocorra maior visibilidade de alguns casos de solidariedade, passando desapercebidos outros tantos "pequenos" atos do dia a dia da vida de inúmeros brasileiros que se engajam em gestos que podem estar: (a) salvando vida de pessoas; (b) auxiliando na promoção de vidas dignas; e (c) gerando bem-estar para muitos.

Esse engajamento, que emana da essência do humano que vê no outro alguém igual em dignidade, deve ser o mais valorizado possível e, assim, comprovar que é possível que a solidariedade seja uma constante nas ações tanto na vida privada quanto na esfera pública; aliás, deve ser a essência desta, uma vez que voltada ao bem comum.

Quais os benefícios de uma solidariedade cotidiana? Como exposto acima, a solidariedade é fonte de vida, de dignidade e bem-estar ao destinatário do ato e, também, para quem pratica; este também se beneficia. Os níveis aumentados de bem-estar e felicidade gerados naquele que apoia outrem já foram comprovados cientificamente.

Por óbvio que cada pessoa poderá auxiliar outra a partir de uma análise prévia de sua condição ou do reconhecimento das funções que exerce, sendo este o convite que agora se faz: no exercício diário de planejamento de vida, que tal incluir minutos de reflexão sobre como ser mais solidário?

Nesta análise, é importante ponderar o impacto dos pequenos atos, reconhecer o que já está sendo feito e verificar se é possível melhorar ou ampliar estes, além de estimular nos outros ações similares. Se a solidariedade faz parte com especial destaque em sua função, reconheça o mérito e o valor disso e saiba o quanto é um agente de transformação da realidade.

Então, aqui se afirma a importância de ações com esse perfil para que não só esse ano, que já está um pouco "avançado", mas também todos os próximos, sejam de humanidade com foco em consideração, empatia, compaixão... enfim, de tudo quanto possível para a realização daquele objetivo.




Aline da Silva Freitas - doutoranda em Direitos Humanos pela Universidade de São Paulo e professora de Direito Público da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas. 

FecomercioSP pede que governo prorrogue medidas de flexibilização para o turismo brasileiro

 Federação entende que medidas emergenciais evitaram impactos ainda maiores sobre o setor, que perdeu 33% do faturamento em meio à pandemia

 
O Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) solicita ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, assim como a secretários da pasta, que estendam as medidas que flexibilizaram remarcações, cancelamentos e reembolsos para companhias aéreas a outros segmentos do turismo por, pelo menos, dois anos.
 
Na prática, isso já aconteceu – embora apenas até outubro – no caso do setor aéreo. No último dia do ano passado, o presidente editou a Medida Provisória (MP) 1.024/2020, que, entre outras providências, prorroga para até 31 de outubro de 2021 a vigência de normas estabelecidas na metade do ano passado, com o objetivo de ajudar o setor aéreo a enfrentar a crise de covid-19. Entre elas, a possibilidade de os reembolsos por passagens canceladas serem feitos em até 12 meses após a data da compra, ou opção de, em vez do ressarcimento, o consumidor poder alterar a data do voo sem multas contratuais.
 
As mesmas regras estavam em vigência, no entanto, para todos os outros segmentos do turismo brasileiro, por meio da MP 948/2020, convertida na Lei 14.046/2020. Essas medidas foram essenciais para que as empresas turísticas não perdessem liquidez e, assim, continuassem operando mesmo em meio aos impactos significativos da pandemia sobre o setor – mantendo negócios e empregos. No entanto, a lei não está mais em vigor.
 
No entendimento da Entidade, as medidas emergenciais foram tão relevantes no ano passado que deveriam ser estendidas agora para outros agentes, como hotéis, locadoras e agências de viagens e de atividades culturais. Além disso, a FecomercioSP pede que uma nova MP seja editada, prorrogando a Lei 14.046/2020 para até dezembro de 2022. A iniciativa ajudaria muito um setor que perdeu R$ 51,5 bilhões em faturamento durante a pandemia de coronavírus, entre março e novembro de 2020, segundo levantamento da Federação. O rombo foi de 33,4% a menos nas receitas do setor em comparação ao mesmo período de 2019.
 
Além de Jair Bolsonaro e Machado Neto, receberam o ofício da FecomercioSP o secretário executivo-adjunto do Ministério do Turismo, Higino Brito Vieira, e o secretário de Advocacia da Concorrência e Competitividade da mesma pasta, Geanluca Lorenzon, e o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa.

4 lições para conseguir crédito em bancos

No período de pandemia, o setor produtivo foi altamente atingido. Diferentemente de outras crises no capital especulativo, a pandemia de Covid-19 gerou uma  crise na produção de matéria prima, que, consequentemente diminuiu a produção industrial de manufaturados, prejudicou o abastecimento no comércio, paralisou o tráfego de produtos e pessoas, e culminou, segundo o ICVA - Índice Cielo de Varejo Ampliado, na queda do consumo de 36,5% durante o período de lockdown e  terminou o ano com queda de 11% em dezembro de 2020.

Podemos destacar três importantes e danosas características das empresas e empresários brasileiros. O primeiro é que o modelo de produção de riqueza no Brasil é dependente de crédito.O segundo é que somos um país com excesso de microempreendedores individuais que na prática são pessoas físicas que têm mais deveres que direitos. E terceiro, as empresas e os empresários nacionais possuem pouco ou até mesmo nenhuma cultura de escrituração contábil e compliance.

 Esses fatores foram determinantes para a dificuldade de tomada de crédito das empresas nesse período e continuará a ser nesse ano. Por isso, escrevemos quatro lições para ter acesso ao crédito junto aos bancos em 2021.

É importante saber que a maioria dos concedentes de crédito avaliam três pontos primordiais do tomador de crédito: a situação econômico-financeira, o  grau de endividamento e a capacidade de geração de resultados, essa lista faz parte da Resolução do Banco Central do Brasil n° 2682. É analisado o fluxo de caixa,  administração e qualidade de controles, pontualidade e atrasos nos pagamentos, contingências e setor de atividade econômica.

 A primeira lição baseia-se em compilar informações públicas da sua situação financeira e, para isso, podemos  acessar a plataforma Registrato do Banco Central- um ambiente virtual em que as pessoas e empresas têm acesso a todas as suas dívidas, empréstimos e contas correntes existentes. É nesse processo que podemos aferir a situação econômico-financeira e o grau de endividamento do tomador. Também é necessário fazer uma pesquisa no CADIN Estadual- Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais e CADIN Federal- Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal, além da análise do score de crédito e cadastro positivo, apontamentos e negativações, protesto nacional e risco do setor que pode ser feito no SPCSerasa.

 Essas são informações de mercado e não podem ser alteradas pelo tomador e nos entregam elementos estratégicos para a segunda lição para conseguir créditos em Bancos:

 Independente da sua qualificação empresarial e porte da sua empresa, há necessidade da demonstração de instrumentos de controle administrativo que, minimamente, são  contratações de um certificado digital, um profissional de contabilidade, a adequação à Lei de Proteção de Dados e adequação à Lei Anticorrupção.

 Até aqui listamos os documentos públicos da sua situação econômico-financeira, os instrumentos mínimos para comprovação de gestão empresarial.

 A terceira está diretamente ligada à escrituração contábil da sua empresa. Recolher guias do contador não é suficiente. A escrituração contábil é um método para registrar os atos administrativos relevantes e tem que ser mais que a simples cópia da movimentação bancária. Deve apresentar um registro preciso dos créditos, obrigações, débitos, contingenciamentos, patrimônio e rúbricas de uma empresa.

Nas duas primeiras lições há uma dependência externa de informações. A escrituração contábil é o primeiro documento produzido e gerenciado pela empresa. É o momento ideal para justificativas acerca do fluxo de caixa, administração e qualidade de controles, pontualidade e atrasos nos pagamentos e contingências. Nessa oportunidade também é necessário o acréscimo das notas explicativas contábeis, métodos que incluem informações de natureza patrimonial, econômica, financeira, legal, física e social. Além disso, deve constar os critérios utilizados na elaboração das demonstrações contábeis e eventos subsequentes ao balanço.

 A quarta lição para conseguir crédito nos bancos está relacionada a “saber pedir” o crédito. Isso significa que o tomador deve ampliar seu rol de possíveis cedentes de crédito. Com as inúmeras fintechs do mercado, as possibilidades e modalidades de crédito são vastas. Estudar as instituições financeiras e suas especificidades, como banco de fomento, banco privado, banco público, banco segmentado e banco cooperado é importante para verificar a vocação do seu empréstimo. Por exemplo, setores específicos, como o turismo e o agronegócio, têm grandes chances de empréstimo nos bancos de fomento e bancos públicos. Já microempreendedores individuais têm mais facilidades em bancos do povo. Quando há uma garantia imobiliária às fintechs oferecem boas condições, cooperativas de crédito são uma opção interessante nos arranjos produtivos locais. 

 


Alexandre Damasio Coelho - presidente da CDL  São Caetano do Sul e advogado.


Taxa de condenação dos que empregam em regime de trabalho escravo é de apenas 4,2%

Estudo realizado pela Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da UFMG aponta, no Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, morosidade e desafios no julgamento de situações análogas à escravidão

 

De acordo com os Relatórios Globais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre 1995 e 2018, mais de 53 mil trabalhadores foram resgatados no Brasil, pelo Ministério do Trabalho, em situações análogas a escravidão e o pagamento de indenizações que somam mais de 100 milhões de reais.

O cenário, porém, está longe de ser positivo. Segundo uma pesquisa realizada pela Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas (CTETP) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram realizadas 3.450 operações de fiscalização de trabalho escravo, entre 2008 e 2019 e mais de 20 mil trabalhadores foram resgatados. Entretanto, apenas 112 pessoas foram responsabilizadas penalmente pelo crime, o que corresponde a 4,2% de todos os acusados.

O estudo teve como objetivo realizar um diagnóstico sobre o funcionamento do sistema de justiça brasileiro na repressão do trabalho análogo à escravidão, com foco na atuação da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho.

A pesquisa, liderada por Carlos Haddad, professor da UFMG e co-fundador do Instituto AJA, analisou 1464 processos criminais e 432 ações civis públicas, iniciados no país nos últimos onze anos e constatou que o número de absolvidos devido à ineficiência probatória chega a 46%.

“É importante lembrarmos neste mês do combate ao trabalho escravo, que há um longo caminho a percorrer para resultados efetivos. A existência de afirmativas como ausência de prova da restrição de liberdade; ausência de prova de dolo; ausência de ofensa à dignidade do trabalhador, dentre outras, ainda protegem a maioria dos incriminados de serem devidamente condenados”, afirma Haddad.

Em relação ao tempo das ações penais, o lapso temporal varia de um a oito anos. O motivo, identificado pela pesquisa é por algumas terem sido propostas meses após a constatação do trabalho escravo. “O clamor provocado pelas reportagens pode gerar atividade inicial imediata no sentido de fazer cessar a prática ilícita, mas não parece ser elemento propulsor de maior celeridade processual, considerando que, em boa parte dos casos, transcorreram-se anos até que a ação judicial fosse promovida”, declara Haddad.

O professor do Instituto AJA, Luís Pedrosa, destaca que a questão de morosidade que atinge todo o judiciário brasileiro atrapalha muito a resolução de casos sobre trabalho análogos à escravidão, nas diversas varas do país: “a demora em geral é causada pela falta de organização e de método nos processos, a pressão popular acelera o andamento num momento inicial”.


Ações propositivas

Uma das ações que pode dar resultados em longo prazo é a identificação dos empregadores que submetem obreiros a condições análogas à de escravo, criada por meio da Portaria MTE 1.234/03, e denominada “Lista Suja”. Uma vez incluído na lista suja, o empregador fica impedido de conseguir créditos.

De acordo com a distribuição da inclusão de empregadores na lista suja por estado da federação, 23,3% dos nomes incluídos são do estado do Pará, 11,8% de Minas Gerais e 11,7% do Mato Grosso. Maranhão e Tocantins representam, respectivamente, 7,7 e 7,5% dos empregadores incluídos na lista suja do trabalho escravo contemporâneo.

Sobre as ações na Justiça do Trabalho, “as sentenças podem estabelecer indenização por danos morais individuais ou coletivos. Os pedidos de indenização por dano moral coletivo são muito mais frequentes e foram encontrados em 80,1% das ações civis públicas. Somente 4% das ações não registraram pedido de dano moral coletivo” afirma o co-fundador do Instituto AJA.

 

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